Uau! Foi a minha primeira reacção.
Começaras a conversa a caminho da casa da C., a dada altura lembraste-te de me perguntar se Jesus Cristo revivera na Páscoa!
Lá na minha, confesso, parca formação religiosa disse que sim, que morrera e que depois teria resuscitado, que isso será impossivel para qualquer pessoa (não te dê a ideia de experimentar ressuscitar) e que se tal tivesse acontecido seria porque de facto ele seria o filho de Deus enviado à terra, como a igreja cristã diz.
Depois de mais algumas perguntas, que não recordo agora, lá te disse que eu não era grande entendido na matéria, mas que, amanhã, sábado, iriamos almoçar com a avó A. e que o Padre J. almoçava connosco, logo ele seria a pessoa indicada para te explicar todas as questões que me colocaste porque a profissão dele, a vida dele, era essa, difundir a doutrina cristã.
Depois de uns breves momentos de silêncio, a afirmação:
"Sabes pai, quero ser padre!"
"Muito bem filho" - pensando ao mesmo tempo que iria deitar por terra o sonho no instante - "Sabes uma coisa sobre os padres? Eles não podem ter namoradas! Eles não podem namorar com nenhuma miúda!"
"A sério???" - disseste em tom de que estarias com uma cara de espanto.
"A sério, os padres não podem ter nem namoradas nem filhos."
"Então já não quero ser padre!"
E com o risco de poder ver-te enveredar por uma carreira religiosa lembrei-me dos protestantes e disse-te que há padres que podem ter mulher e filhos..., mas o choque de não poderes ter namorada foi muito forte parece que a carreira religiosa foi colocada de parte, resta-me pagar por ter desviado mais um crente dos seminários.
Amanhã quando almoçarmos a ver se te meto a falar destes temas com o Padre! :-)