quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Beleza

Ele há momentos de pura beleza... há pessoas que dizem que o bom é aproveitar as pequenas coisas da vida, pois estas que descrevo não sei se são grandes ou pequenas, mas foram belas e bastante prazenteiras.

Ontem fui eu apanhar-te ao colégio, foi a segunda vez este ano.

Como não tinha de fazer o jantar porque íamos jantar com os meus pais, muni-me do livro que te trouxe da biblioteca e que nos acompanhava nas leituras de dormir há dois dias.

Depois de te apanhar no colégio decidi rumar a um parque infantil. Lá pudeste balouçar, escorregar, pular, correr, encontrar um rapaz do teu colégio com quem meteste conversa... e depois disse-te para irmos.

Manifestaste que achavas que tinha sido pouco tempo e eu respondi-te que ainda não terminara, que ainda íamos fazer mais coisas, embora diferentes das habituais.

Levei-te de carro até próximo desta esplanada para aí irmos degustar um gelado.

Frequentemente dizem-nos que devemos fazer uma pausa, devemos aproveitar as coisas que temos próximos de nós, mas nem sempre o fazemos. Ontem estava decidido a fazê-lo...

Sentámo-nos a comer um gelado, pedimos três, um para cada e um outro para dividirmos.

Depois de comer o meu gelado comecei a ler-te o livro enquanto comias o teu gelado.

O cenário era óptimo, quase sem vento, um sol que nos aquecia a alma, um livro de que tu gostavas e a nossa companhia.

Depois de comermos o último gelado a dois, decidi perguntar-te se querias vir para o meu colo para ler-te mais um pouco do livro. Depois de ler outro capítulo parei.

Fui pagar a conta e fomos andar para junto do rio...

Bom eu fui andar, tu foste correr muito divertido pelo paredão junto ao rio.

Adoraste fazer este programa diferente, mais relaxante, mas também ele divertido, e eu também... o cenário era óptimo, foi divertido, relaxante e unificador das nossas pessoas.

Um dia destes repetimos.

Idas à Bola...

Depois de deixarem comentários na nossa ida à bola o fim-de-semana que passou pus-me a pensar... quantas vezes é que já fomos ver o Sporting juntos.

Hoje se te quisesse levar com dois anos, a idade da primeira ida à bola, não te deixavam entrar, agora só deixam entrar crianças com mais de três anos... não compreendo que o façam nos jogos ditos normais, sem envolver risco... a ida à bola pode ser uma forma de diversão familiar... ou não.

Bem pensei e apercebi-me que já fomos à bola quatro vezes (pelo menos são as de que me lembro), fomos ver:

  1. Sporting vs Académica de Coimbra
  2. Sporting vs Inter de Milão
  3. Sporting vs ???
  4. Sporting vs Vitória de Setúbal

Aconteceram sempre coisas engraçadas a saber:

  1. Neste jogo fomos em estilo passeio, fomos nós, os avós paternos, o padrinho J., a prima J. os pais dela e os avós maternos dela. O resultado foi de 0-1, ou seja, o Sporting perdeu e ditou o despedimento do Peseiro como treinador do Sporting. Divertiste-te porque tinhas a companhia da prima e porque ficámos próximo da claque do Académica e apreciaste a festa que eles fizeram.
  2. Neste jogo de apresentação da equipa para a época 2006/2007 chegámos ao estádio para ver a festa e dez minutos antes do jogo adormeceste. Acordaste a quinze minutos do fim do jogo com um mau humor incrível e não consegui ver o fogo de artifício.
  3. Foi no último jogo da época em Alvalade. Estiveste sempre acordado. Comeste um cachorro quente e à saída pão com chouriço, o segundo então foi uma surpresa não pelo chouriço, mas pelo facto de habitualmente só quereres miolo, mas a fome era tal que marchou tudo. O jogo foi bom, com muitos golos, 3 ou 4, com direito à onda, enfim o ambiente foi de festa e divertiste-te imenso.
  4. Este último originou o Post anterior.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

POST esquecido com o título "LIMITES"

Tinha-me esquecido de deixar este POST por aqui.

Escrevi-o no Algarve onde tinha computador, mas não Internet para o colocar online... entretanto tropecei nele hoje.

Ainda vou a tempo de deixar a presença... Aqui fica,

Dos limites...

Vamos ter dificuldades em definir-te limites curtos quando, adolescente, pedires para definirmos a que horas podes chegar... a razão?!?

Bem, depois de termos ido no dia 12.08 contigo ao cinema ver os TRANSFORMERS, filme que aliás já visionaras com o avô materno, e como dizia/escrevia, depois de termos ido ver o dito filme contigo à última sessão de cinema, que começou às 00:20 e terminou pelas lindas 03:00 horas...

Já te imagino a dizer:

“Ó cota (bem na altura deve existir uma outra qualquer palavra para me definir) então quando eu tinha quatro anos saía até às três da matina e agora armas-te em cortes (séria probabilidade desta também não existir) e não me queres deixar chegar à meia-noite!?!?”

Noite diferente

Depois de te preparar para dormir e antes de ir jogar à bola, deitei-te na cama para te ler a história.

Pediste o teu cão.

Disse-te que não que ia apenas ler a história e que depois logo te o dava quando acabasse de ler para ires dormir.

Li a história e quando era para me ir embora... não havia cão.

A mãe olhou para mim, eu olhei para ela, e ela perguntou-me se eu tinha escondido o cão... sim porque eu já verifiquei que se não tiveres o cão não chuchas no dedo e então já disee que o cão qualquer dia desaparece. A mãe pensava que era ontem...

Não. Respondi.

O cão ficara no colégio esquecido por ti e pela mãe... ainda bem que não fui eu, pensei, porque senão não faltava a estória habitual de que sou um distraído.

Desataste a chorar por quereres o cão...

Lá te acalmei e desatei a contar-te estórias (inventadas) de meninos e meninas a quem tinha acontecido o mesmo, estórias que escutaste com atenção. Depois contei-te a estória da minha emancipação de crinaça, ou seja, como deixei a chucha e... porque te revelavas mais calmo e o relógio impunha, despedi-me e fui jogar à bola.

Quando cheguei estavas a dormir, a mãe esclareceu-me que fora dificil e que só há pouco adormeceras.

Durante a noite o acidente na cama era esperado... a mãe acordou (eu nem te ouvi face ao meu cansaço), trocou-te de pijama e deitou-te na nossa cama, colocaste o braço na minha almofada e deixaste-te de dormir.

De manhã demos-te os parabéns e perguntamos-te se tinha sido dificil...

"Não, é só deitarmo-nos assim, depois viramos um pouco assim e depois para o outro lado e deixamo-nos de dormir."

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Reencontro

Vieste mais cedo do que contava, pensava que vinhas depois de jantar vieste depois de almoço, consequência andei a correr para acabar as obras lá por casa.

Quando nos reencontrámos foi grande o abraço... é sempre extraordinário o que parece cresceres quando estás fora, desenvolto na lingua, cheio de energia.

Quando ia sair para Lisboa, para ir a Alvalade ver o Sporting, disseste que querias ir comigo e com o Padrinho J., o meu irmão, e lá fomos os três...

Pese o resultado do meu clube, a noite foi bem divertida, aliás não fosses tu e teria "sofrido" mais com o espetáculo do futebol. Assim estive sempre entretido a entreter-te, é que aos 17 ms de jogo já estavas a dizer

"Quero ir para casa..."


Mensagem

Enquanto a mãe te foi apanhar e passar o fim-de-semana contigo eu fiquei em casa a mudar o aspecto da sala.

Estava eu nas pinturas da parede enquanto ia pensando na vida, porque isto de se estar sozinho permite-nos pensar calmamente nas coisas, e eis que quando sou assaltado por saudades tuas...

Como sempre um sorriso percurreu-me e lembrei-me de dar outro uso ao pincel...

Agarrei no telemóvel que agora tem máquina fotográfica e também faz videos e decidi enviar-te um MMS, ou o mesmo será dizer uma mensagem com uma foto e texto.

A foto não foi esta foi outra, em que eu aparecia ao lado da mensagem, aqui deixo como recordação a foto sem o pai, no texto escrevi

"leiam as letras ao ... sff"


Tu respondeste com outro MMS, uma foto tua de braços abertos a mandar-me um abraço.

Sorri.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Saudades

Conversa telefónica ontem à noite:

"Mãe tenho tantas, tantas, tantas, tantas, tantas, tantas saudades tuas".

Uma risada dos avós maternos, que infelizmente não têm areia na camioneta para mais, e em vez de conforto sentiste-te melindrado, faltou-te o colo e o afecto, desataste num pranto a chorar e a pedir que te fossemos apanhar porque já não querias estar de férias.

De seguida ligamos para saber se estavas mais calmo, a resposta é de que sim porque o avô disse-te que agora estava triste porque te querias vir embora e tu tinhas serenado.

#*!"&% de chantagem emocional, não há capacidade para mais, que %#&!"*

Fazem o mesmo que os pais do avô materno faziam à tua mãe, detesto que isto aconteça e mais ainda porque nada posso fazer a esta distância... fico de humor alterado pela forma como os avós reagiram e tento pensar cinquenta vezes na máxima de que "todos somos os melhores pais (neste caso avós) que sabemos ser, todos damos o nosso melhor"...

Hoje, lá vai a mãe ter contigo de comboio e eu ficarei por aqui a zelar pelo finalizar das pinturas e alterações de decoração, limpeza caseira, etc... muito esperando o teu regresso.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O Joaquim

Não não é um novo amigo..., pelo menos não é de carne e osso..., bom e também não se poderá considerar um amigo.


O Joaquim é uma máquina que também tem o nome de uma mulher, mas tu provavelmente pela fase de identificação com o masculino preferes a voz masculina.


O Joaquim é a máquina GPS do avô paterno.


Quando estiveste de férias com eles acompanhavas os percursos de automóvel de máquina GPS no colo verificando o caminho e informando os avós que o Joaquim iria falar ou mesmo antecipando a sonorização de coisas como as bombas de gasolina.


Eu e a mãe demos por ti a fazer-nos a indicação do caminho para o colégio ou para casa em jeito de Joaquim:


"Dentro de 300 mts vire à esquerda"


"Vire à esquerda"


Aqui fica uma foto vossa.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Elogio

Antes de ires de férias... creio que foi no dia em que fiz os peitos de frango recheados com banana, decidiste elogiar-me.

Nunca pensei que pudesse apreciar ser comparado a um rato, é que enquanto comias disseste:

"Pai cozinhas como o Ratatouille!!! Como o ratatouille não, o Remy, o rato!!!"

Obrigado ;)

100

Vinha aqui deixar outra lembrança da tua presença e... verifico que será a mensagem nº 100.

A centésima mensagem escrita das milhares de lembrança que não escrevi mas que me fizeram sorrir.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Natação

Este fim de semana que passou lá começaste a natação sozinho.

No fim de semana anterior tínhamos ido à piscina para te dar a conhecer as novas rotinas e onde ias ter as aulas com a professora.

Logo aí, nesse dia, expressaste o desejo de ir à natação. Respondi-te que não iamos preparados para tal, não tinhas calções de banho, touca, etc.

Este fim-de-semana começaste e que prazer que foi...

Senti-me deveras orgulhoso por te ver autónomo, nem pinga de tristeza por já não te acompanhar, antes um orgulho imenso por te ver a ir sozinho no meio dos teus pares para teres uma aula, de te ver sozinho e confiante, de te ver sozinho e a sorrir, de te ver sozinho, mas feliz.

Filmei uns poucos minutos da aula, depois fiquei sem bateria no telemóvel (nunca pensei ir utilizar tantas vezes a dita câmara), mas confesso que a dada altura senti que tinha um sorriso imenso de te ver, pensei,

"porra devia ter alguém a fotografar esta cara porque não a devo fazer nem quando termino de fazer amor com a S. (a mãe)".

E não podia ter, porque o tipo de felicidade é diferente, mas é imenso... o arrebatamento foi excepcional, fiquei muito feliz por ti, mas também por mim porque sei que grande parte daquilo que te permitiu enfrentar este novo desafio da forma que o fizeste foi o encorajar da tua autonomia.

Considero que uns pais brilhantes não são aqueles que evitam que os filhos caiam, nem aqueles que constantemente dizem "cuidado que vais cair"... isto ou faz com que a autonomia e confiança não vingue ou cria pessoas medrosas.

Considero que um pai brilhante dirá ao filho "atenção ao caminho", mas depois deixará a sua cria tomar o caminho que quer tendo como única função estar ali para receber o seu filho se a coisa correr mal, não para evitar que corra mal.

No fundo senti-me orgulhoso por ambos, dizer o contrário seria mentir, por mim por saber que a piscina é um trabalho sobretudo meu, por ti porque verifico que tens asas e começas a esfoaçar.

PARABÉNS!

Férias

Este ano estás a gozar "à brava" as férias com os avós.

Este Sábado arrancaste decidido com os avós maternos direito ao Algarve.

A mãe, essa, anda stressada com a vida profissional e com o facto de não te ter por perto. De facto, a mãe de cada vez que falamos dez minutos diz que sente falta de ti e depois pergunta-me,

"E tu não sentes falta dele? Não dizes nada..."

Pois é, não digo, mas isso não quer dizer que não sinta a tua ausência... apenas sinto-o de uma forma diferente em que não me lamento de não te ver, não desespero por saber o que fizeste, comeste, etc.

As saudades que sinto guardo-as dentro de mim como momentos reconfortantes, de cada vez que me lembro de ti sorriu em vez de ficar triste... é que tu vieste ao mundo de dentro de mim, mas a tua pessoa não é uma extensão de mim.

Em tempos li isto e fez-me muito sentido, sinto que esta deverá ser a perspectiva do que é a paternidade e do que são os filhos, partilho-o agora contigo:

"Os teus filhos não são os teus filhos.
São os filhos e filhas do desejo da Vida por si própria.
Vêm através de ti, mas não de ti,
E embora estejam contigo não te pertencem.

Podes dar-lhes o teu amor, mas não os teus pensamentos,
Porque eles têm os seus próprios pensamentos.
Podes alojar-lhes os corpos mas não as almas,
Porque as almas deles vivem na casa do amanhã, que tu não podes visitar nem sequer em sonhos.
Podes lutar por ser como eles, mas não tentes fazê-los ser como tu.
Porque a vida não anda para trás nem espera pelo passado

Tu és o arco a partir do qual são disparados os teus filhos como setas vivas.
O arqueiro vê o alvo no caminho do infinito, e arqueia-te com a Sua força para que a Sua flecha possa ir longe e veloz.
Deixa que o teu arquear às mãos do arqueiro seja de satisfação;
Porque assim como Ele ama a seta que voa, ama também o arco que é firme."


De Alfred A. Knopf - The Prophet - 1951, retiado de "O CAMINHO MENOS PERCORRIDO" de M.Scott Peck

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Dia de Surf


Foi um filme que a mãe não quis ver e nós fomos... resultado ADORÁMOS!


A tal ponto que a mãe ficou cheia de remorsos por não ter querido ir ver.


Dizia ela "Ah, mais um filme com pinguins, deve ser do género do Happy Feet".


Passeio vespertino

Ontem saí mais cedo.


Fui apanhar-te ao colégio, local onde ainda não pusera os pés este ano por ser o padrinho J. quem te leva agora pela manhã.


Ontem decidi apanhar-te e ver a tua nova sala, agora é a amarela, vi o novo espaço de recreio e naturalmente soube-me bem apanhar-te. Tu ficaste todo contente de me mostrar a nova sala.


Tínhamos como programa ir andar de bicicleta com o A., mas este teve de ir para Lisboa trabalhar e não poderia vir... ficámos os dois e decidimos ambos ir.


Tirei a bicicleta do suporte e o pneu dianteiro não tinha ar, pensei que estivesse a precisar de ser cheio, mas não... estava furado.


Lá estive a mudar a câmara de ar do pneu e depois até me destes umas bombadas de ar para encher o pneu. Cansaste-te depressa e lá enchi o resto.


Lavei as mãos, apanhei a tua cadeira, que instalei no suporte, e lá fomos nós passear.


Passeámos junto ao rio e parámos junto à biblioteca onde existem as ondinhas que subimos e descemos vezes sem conta. Depois, depois foi regressar a casa dar por bem empregue o tempo e colocar-te em frente ao computador, que pediras para jogar, enquanto finalizava o jantar.


E que jantar, peito de frango recheados com banana. Muito bom, disseste tu.

Pequeno Almoço e Deitar

Tomas sempre uma refeição ao início do dia e outra antes de dormir.

Em tempos os iogurtes imperavam, danoninhos, yocos, yoco para misturar.

Depois passaste a comer Cerelac.

Depois intermiaste a coisa.

Um dia, lá para o Inverno do ano passado passaste a beber leite com chocolate.

Dois ou três meses depois voltaste para os iogurtes e para a Cerelac.

Agora de há uma semana a esta parte comes iogurtes com pedaços de ananás à noite e de manhã ao acordar danoninhos de amora, morango e morango e banana (por esta ordem sempre).

Quer o pequeno almoço quer a "ceia" são acompanhadas de "fofinhos", acho que é assim que chamam aqueles croissants pequenos que comes, barrados com queijo "QUERU" ou queijo "QUERU com presunto".

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Pugilista

Pois é...

Os genes masculinos e a testosterona "andem aí".

De há algum tempo a esta parte as brincadeiras contigo envolvem o cofronto físico, as brincadeiras são feitas de lutas, sejam entre bonecos (homem-aranha, power-rangers, transformers, tartarugas-ninja) sejam no colégio com os Colegas, sejam entre nós.

Já no natal passado te percaveste para a actividade de luta contra o pai, pediste umas luvas de boxe do homem-aranha.

De vez em quando lá te entusiasmas e pregas-me um soco ou um pontapé mais a sério, claro que sem o quereres, e logo dizes perante a minha queixa,

"Desculpa pai, foi sem o querer, a sério pai, foi sem querer!"

Mas, lá tenho de desempenhar o meu papel e relembrar-te que estamos apenas a brincar e não podemos dar socos e pontapés a sério, ao que respondes,

"Eu sei pai, eu sei!"

Este momento retive-o há algum tempo enquanto brincávamos, repara nas luvas e pijama do Homem-aranha.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Dotes de cantor - parte 2

Em tempos escrevi aqui http://diariotuapresenca.blogspot.com/2007/01/os-meus-dotes-de-cantor.html

Aquilo que ambos sabemos, que não sei cantar.

O fim de semana passado fomos casar a C., que trabalha com o pai, e a dada altura o pai e o meu colega J. fomos chamados para ir cantar...

É certo que não fomos sós, acompanharam-nos o noivo e o padrinho da noiva..., o objectivo era assassinar uma música que jamais ouvira, de um cantor que nenhuma música conheço, o TONY CARREIRA.

É lecas.

A música, acho que se intitula "Ai destino, ai destino" pelo menos esta foi a única parte em que cantei... :-)

E porque é que eu falo de mim aqui... porque tu quando ouviste o pai cantar ficaste com o ar mais chateado/decepcionado do mundo.

Eu de olhar para a tua cara ainda me divertia mais, não porque te goste de ver de má cara mas, porque adivinhava a resposta à pergunta,

"Porque é que estás com essa cara?"

"Porque o pai não sabe cantar!"

:)

Como dizia o meu colega J.

"Anda um pai a cuidar durante quatro anos da sua imagem perante um filho para depois a arruinar em cinco minutos".

Já imaginaste?!?

Agora o rapaz com quem mais brincas é o D.

Antigamente também brincavas muito com o D.F.

O D.F. continua a querer brincar contigo e ontem tu manifestavas que estavas farto de dizer ao D.F. que não querias brincar com ele.

Eu e a mãe lá tentámos fazer-te pensar se fosse ao contrário tu também não gostarias, que também ficarias triste se fosses rejeitado e os teus amigos não quisessem brincar contigo.

Tu lá ias dizendo que tinhas brincado um bocado, mas não querias brincar sempre com ele e que ele não te largava.

Disseste que já te tinhas chateado com ele e lhe tinhas dito para ele te largar.

Insistimos na tese de o aceitares também e de tentarem brincar os três tu o D. e o D.F.

E então disseste:

"Vocês já imaginaram o que é andar um dia inteiro a ser perseguido por alguém?!?"

Foi a tua forma de dizer "I rest my case" ou em português "E mais não digo". :))

Ajuda externa

Quarta-feira fui surpreendido por uma ajuda externa na realização destes posts, mas a ajuda não é motivada senão pelo meu hábito de apontar as coisas para depois as escrever aqui. Explicando...

Quando tu dizes alguma coisa que mais tarde quero recordar escrevo-o num papel. Assim, não raras vezes, quando estamos em família tu dizes algo e eu arranco e vou escrever num papel. A mãe vê-me a escrever, mas nunca me perguntou porquê... e ainda bem.

Mas, este meu hábito fez com que a mãe no dia 05 tivesse registado uma conversa que tiveste com ela e me a tivesse exibido. Bom lido o assunto versado na conversa prespectivo uma forma de me chamar a atenção para a minha arrumação desarrumada, mas considerando-me bem mais organizado e arrumado do que a mãe, não retive a mensagem como uma crítica.

Então reza assim o que ela escreveu, textualmente:

"FRASE DO DIA.

Daniel para a mãe:

"Já viste que o pai é mesmo parecido comigo?"

(olhar inquiridor da mãe, ao que ele replica)

"Desarruma tudo!"

05/09/2007, 17:30 horas"

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Discussão astronómica...

Depois de jantar, nem sei porquê, lembraste-te dos gelados que havias comprado com a mãe e perguntaste se podias comer um.

"Depois da fruta podes" - respondemos em uníssono.

Lá fui buscar os perna de paus, um para ti outro para mim, sentei-me e entreguei-te os autocolantes que acompanhavam os gelados.

Pediste-me ajuda para abrir o gelado e os autocolantes, nem te esqueceste das palavras mágicas. Agarrei primeiro nos autocolantes e depois no gelado.

Nos autocolantes vinha um que tinha umas estrelas fluroscentes. A mãe de saída da sala apagou a luz para veres as ditas estrelas, mas mal se viam ao que te informei,

"Para veres as estrelas primeiro elas têm de apanhar luz do sol para concentrarem a energia e depois brilharem..."

"E não pode ser a luz do candeeiro?" - perguntaste-me tu.

"Acho que não! Acho que tem de ser a luz do sol e a luz do candeeiro não é igual à do sol." e continuei para dar mais alguns conhecimentos à tua pessoa, "O sol é como uma bola de fogo que tem imensa energia e que manda luz e calor para o espaço."

"Somos os que estamos mais próximos do Sol?"

"Não filho, o planeta mais próximo do sol é Mercúrio e se vivêssemos lá morreríamos porque é muito quente."

"Então quem vive lá morreu?"

"Não filho, porque nunca viveu lá ninguém. Aliás, a Terra é o único planeta onde conhecemos e sabemos que há vida... até pode existir num outro planeta muito longe de nós, mas como ficam todos muito longe é impossível saber se há, ou não, vida num outro planeta."

A mãe aqui entrou na conversa e falou na dificuldade de viajar no espaço e da necessidade de se viajar a muita velocidade para chegar a lugares longínquos... e eu aproveitei e disse,

"Olha filho, podes aproveitar e tentar inventar uma máquina que consiga viajar muito depressa no espaço porque ainda ninguém a inventou!"

Olhaste para mim com ar interessado e replicaste,

"Boa, vou inventar uma máquina dessas com o avô...!"

"Que avô?" - perguntei eu.

"O R." - o avô paterno.

"Porquê?"

"Olha" iniciaste a frase encolhendo os ombros e fazendo uma expressão de quem diz qualquer coisa mais do que sabida, "Porque ele sabe fazer tudo!"

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cansado

Andas tão cansado de sair de casa e de andar de um lado para o outro que ontem fizeste uma fita descomunal para ir jantar ao Avô Z.

Choraste imenso qual reclamção pujante de quem se sente injustiçado.

Depois... bom, depois lá venceu o argumento da força e não a força dos argumentos, porque nada te demoveu de manter a reclamação.

No fim terminou quando a meio da reclamação decidiste agir sobre o fecho do cinto de segurança da cadeira. Nesse momento o pai rugiu e disse-te que se tentasses retirar de novo o fecho do cinto, para além de muito zangado, iria retirar-te da cadeira e dar-te uma palmada, coisa que até ao momento não sabes o que é...

A reclamação foi substituída por um soluçar e por manifestações de descontrolo emocional com desejo que eu te abraçasse...

Apesar de não te abraçar lá te disse que, apesar de chateado com o comportamento, não deixava de gostar de ti, não deixava de te amar, mas tudo tinha um limite.

Se eu aceitava que continuasses a chorar o resto do dia (acredita que consigo suportar o choro típico da fita porque sei que não te dói nada, apenas estás a reclamar) não poderia aceitar que pusesses a tua segurança em risco.

Depois de chegados ao avô não te decidiste a parar, não!... Talvez porque te recebi cedo demais no meu colo decidiste continuar com o cenário.

Agora não querias comer.

Voltaste a falhar no campo ou no tipo de reclamação...

Se há coisa que não me custa mesmo nada é que não comas... custar-me-ia imenso se quisesses comer e eu não tivesse para te dar. Agora não quereres porque não queres... nunca me aborreceu. Então, como sempre nestas situações, lá te dissémos, "Não queres comer?! Tudo bem, não comas! Mas a seguir não há gelado de sobremesa, nem há, quando chegares a casa, nada para além do que é habitual para ir dormir... entendido?!"

E assim, decides mudar de estratégia. Comeste...

Depois, depois começaste a aligeirar o mau humor e voltaste a ser o filho que compreende que fazer fita é o caminho que deves traçar quando queres que alguma coisa não aconteça.

Por último lá reconheceste, uma vez mais, que afinal sair de casa não é assim tão mau..., bom ir ao parque às 22:30 horas também deve ter ajudado.

:)

Surpresa...

Quando chegaste a casa no sábado, regressado das férias, tinhas algumas alterações em casa, umas paredes com cores diferentes e apenas uma divisão da casa arrumada...

Manifestaste apreço pelas alterações e depois...disseste:

"Porque é que andam a ler o jornal assim?"

A pergunta resultou do facto de olhares para o chão e veres estendidos jornais para proteger o chão das pinturas que decorriam...

Depois de sorrirmos lá te explicámos o que faziam os jornais no chão.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Identificação

Agora andas numa fase de identificação com o género masculino em geral e o pai em particular.

Ontem quando te levei à casa de banho para mandares uma mija, ou então se preferires, para mictares, depois de teres terminado aproveitei e também eu puxei do pénis para o fazer.

Olhavas para o meu pénis e a dada altura disseste:

"Pai já viste" enquanto aproximavas o dedo do meu pénis "temos veias iguais, aqui olha!" e enquanto o dizias ias passando o dedo por cima da dita veia.

"Pois é filho, todos temos veias aí".

"Pai... assim devagarinho posso mexer na tua pila,... não posso?"

"Podes filho, devagarinho podes." Risada minha...

"Porque é que te estás a rir?"

:-)

Será que agora percebes ou vais ter de ser pai para perceberes?!? :))

Regresso

Hoje retornaste ao colégio e à rotina escolar.

A diferença foi que não fui eu nem a mãe que te levámos. Foste com o padrinho J. no carro do leão.