sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Telefonema

- "Olá filho, estás bom?"

-"Quando é que me vens buscar?"

:-)

Bom, parece-me que o teu ser já pede para ser resgatado das férias.

Por essa razão, sim as imensas saudades que sinto não influenciam nada..., sem que o saibas vamos antecipar a chegada junto de ti.

Em vez de amanhã eu ir sozinho apanhar-te, porque a mãe amanhã trabalha, vamos hoje de noite e voltamos amanhã cedo, para a mãe poder ir trabalhar.

E se estás farto de férias nada como fazer um balanço:

3ª - brincar com o primo A.

4ª - Ida a Évora com os avós ver o Ratatui (pela terceira vez)

5ª - Ida ao Monte Selvagem com os avós e a prima J. que foi ter contigo acompanhada dos avós dela os tios J. e T.

6ª - brincar com o primo A.

Com tanta actividade ficas cansado, claro, diz a avó que hoje, depois do almoço, te viraste para ela e disseste:

"Avó tenho os olhos muito pesados a quererem fechar... vou dormir".

Neste momento mal vejo a hora de voltar a ver-te... sinto a falta do teu sorriso.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Tenho saudades tuas

Disseste-o ontem ao telefone.

Eu também.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Férias

Neste momento estás de férias com os avós paternos no Alentejo.

Ontem, quando te fomos deixar, estiveste quase para não ficar.

Querias que eu e a mãe ficássemos contigo, mas não podemos porque ambos estamos a trabalhar, e então expressaste a tua tristeza chorando durante, seguramente, mais de cinco minutos... chegou à fase em que tive de rugir e mostrar que os pais também se zangam. Terminou o choro.

Disse-te depois que mesmo que quisesses ficar já não ficarias.

Deixaste-te de dormir, parte do choro/reclamação já era o sono a falar...

Quando acordaste estavas visivelmente mais bem disposto. Depois de jantarmos vieste ter comigo e calmamente pediste-me para ficar, disseste que era mesmo isso que querias e disseste que ias ficar bem.

Olhei-te e disse-te que ia pensar e que já falava contigo.

Depois sentei-me e coloquei-te no meu colo, para ter-mos uma daquelas conversas de olhos nos olhos e expliquei-te porque é que ia aceitar que ficasses e ia voltar atrás na minha decisão. Não faz sentido manter uma decisão porque sim, cegamente, e a forma calma como pediste e mostraste o teu desejo, ou seja sem fitas, foi mais do que suficiente para me convencer a mudar a decisão.

Depois disseste que me ias dar um abraço para eu sentir as saudades que tu ias ter de mim... abraçaste-me com imensa força, fiz o mesmo e ainda agora sinto os teus braços envolverem-me com a determinação de quem diz "amo-te".

E eu também te amo e sinto a tua ausência física.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O chegar de uma morte anuciada...

Pois é, estás a crescer...

Com isso vão morrendo algumas coisas que não poderemos voltar a viver juntos.

Estou certo de que outras aparecerão, e dai tentar todos os dias viver o mais e melhor possível contigo mas, confesso, que dou maior relevância àquelas que sei poderem desaparecer a curto prazo.

Vem isto à laia de ter recebido um telefonema a avisar que ias mudar de classe na natação, passando a ires sozinho, sem mim! :(

Que tristeza... eu já tinha previsto isto e já tinha mesmo comentado algures em presença anterior..., mas sabê-lo agora como algo definitivo custou-me...

A felicidade de te ver crescer também tem estes momentos de tristeza, mas estou certo de que terei imenso prazer em despachar-te para ires para a natação, depois em tomar banho contigo (ok os outros pais não o fazem, s eu fá-lo-ei como forma de manter a proximidade) e, naturalmente, no meio ver-te a progredir na arte de nadar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Reencontro

Foi correndo para mim de braços abertos e com o teu lindo sorriso, que ontem nos reencontrámos depois do teu pequeno período de férias com os avós.

Creio que foi a primeira vez que entre mim e a mãe, decidiste correr na minha direcção. Foi bom...

Depois querias colo para me abraçares e como eram firmes os teus abraços.

Chegado a casa quiseste, naturalmente, ver se tudo estava no sítio. Foste à sala e de seguida ao teu quarto onde te esperavam os lençóis do homem-aranha, como havias pedido num telefonema que pediras aos avós para fazer à mãe.

Brincámos os três primeiro, depois bricámos os dois com os bonecos (action-figures do homem-aranha) e depois li-te uma pequena estória, a grande ficou para a mãe que uma vez mais se deixou de dormir contigo.

Bem-vindo!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Telefonema

"Pai queres vir dar um mergulho?"

"Gostava..., mas estou longe e a trabalhar por isso não posso."

"Pai estou aqui com o T." e depois de umas vozes do Tio A. "Pai estou aqui cheio de míudas."

Risos.

"Então tu ligas-me para me fazer inveja..."

"Tchau, tchau, beijinhos."

E este foi o teu telefonema de ontem directamente da praia, algures no Algarve, onde estavas com o tio A. e o irmão o T., bem como acompanhado pela prima do pai.

Ficaste com os avós paternos na casa do meu padrinho com o a prima S. e o namorado o Tio A., vens hoje para cima e já deves dormir em casa.

Apesar de saber bem estar um tempo só com a mãe, a realidade é que sentimos a tua falta e não raras vezes lembramo-nos de ti, mesmo naquelas coisas que pareceriam, à primeira vista, insignificantes...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Marrocos


Este ano foi o nosso destino de férias.

Previamos que fosse cansativo porque iríamos fazer muitos kms de carro e a previsão foi acertada, ficaste farto de andar de carro.

No dia em que fomos para Marrocos apanhámos o início do mês de Agosto, os imensos emigrantes Marroquinos estavam desejando de regressar à terra natal... este era o aspecto...


A viagem começou no Algarve, às 09:00 horas da manhã, de onde saímos e chegámos ao destino, MOHAMMEDIA, depois das 03:00 horas do dia seguinte.

Estivémos em ALGECIRAS cerca de seis horas só para embarcar. Depois de almoçarmos fomos para dentro do carro e estivémos dentro dele, parados, gozando do conforto do A/C cerca de duas horas.

Depois de passarmos de barco para o continente Africano tivémos de suportar uma entrada em Marrocos complicada, primeiro porque existia muita gente a tentar entrar em Marrocos, depois havia uma qualquer festa em TÂNGER, com fogo de artifício e tudo, que fez com que a coisa fosse ainda mais complicada. Em jeito de brincadeira dissémos que o fogo foi em nossa honra.

O trânsito estava caótico. O meu seguro não era válido em Marrocos, facto que apenas soube quando cheguei a TÂNGER, mas isso não me impediu de seguir o brocardo "em Roma sê romano" e não tardou muito para que a mãe dissesse que eu era um autêntico marroquino ou pior do que eles, ao que ia respondendo "eu conduzo em Lisboa, estes tipos devem pensar que eu não estou habituado a isto"... e então lá passaste tu e a mãe a chamar-me de Marroquino o resto das férias.


Depois lá nos metemos na Auto-estrada a caminho do destino.

Quase a chegar ias a dormir, desataste a chorar, inconsolável, porque te doía o rabo... então decidimos quebrar a regra da segurança, a primeira vez, e passaste para o colo da mãe, única forma de te calar.

Apesar do cansaço das deslocações, creio que o balanço foi positivo, estiveste com outras crianças, umas mais velhas e outras mais novas, com quem interagiste perfeitamente; viste um país diferente; viste uma cultura diferente (algumas mulheres tomavam banho na praia totalmente vestidas, como o pai tentou convencer a mãe que teria de ir para a praia antes das férias); viste locais onde os Portugueses passaram há muitos anos.


Aqui tomávamos banho juntos, somos as cabecinhas que estão juntas próximo da espuma da onda,Aqui vías o pôr do sol com a mãe,



Apesar do balanço positivo, penso eu, sei que não o sentes no imediato, agora o que sentes é cansaço ao andar de carro, saturas-te com muito mais facilidade, mas estou certo de que um dia recordarás com prazer os momentos que passámos em Marrocos.

terça-feira, 7 de agosto de 2007

Pfffrrrrrr

Foi com este som e com a língua de fora, seguido de um "Adeus Marroquinos" que tu te despediste de Ceuta e do continente africano...