quinta-feira, 28 de junho de 2007

Artista

Hoje lá vais ser outra vez o cabeça de cartaz da festa do colégio.

Parece que vais ter umas linhas para dizer e uma coreografia para fazer com os demais colegas.

Espero conseguir sair a tempo de te ir ver, desta vez não dependo só de mim, dependo também da existência, ou não, de trabalho para fazer naquele sítio ao pé da biblioteca, aquele onde o pai já te explicou que de vez em quando vai lá trabalhar.

quarta-feira, 27 de junho de 2007

Memória

Naturalmente a minha está mais ocupada do que a tua, ou isto é apenas uma desculpa tosca de quem não se lembra, muitas vezes, de muita coisa... costumo ser um despassarado.

Talvez por isso vá aqui registando as tuas presenças, para mais tarde recordar, mas isso será assunto, possivelmente, para outro post.

O porquê do título do post...

Hoje, enquanto te levava ao colégio, falávamos do período da praia que agora se avizinha e do facto de ires à praia de manhã e os avós, a avó paterna e o avô materno, irem apanhar-te ao colégio para almoçares com eles e dormires a sesta com eles - assim também poupámos na tua alimentação, não a pagando, o que deu para, mais coisa menos coisa, pagar a praia.

Depois disse-te que seria uma boa forma de te preparares para as férias, porque este ano vais ter férias com os pais e com os avós.

Logo após a tua confirmação, sim porque estás entusiasmado com a ideia, lá te disse que também ias estar de férias comigo e com a mãe, onde te informei que iamos estar com outras pessoas.

Depois disse-te que iamos a outro país. Iremos de carro, mas iremos para outro continente, África, com recurso a um barco. Ou seja, disse-te que íamos enfiar o carro dentro de um barco e íamos de férias para um sítio com umas belas praias.

Perguntei-te se sabias que os carros se metem dentro dos barcos para passarmos a água e disse-o convencido que o irías fazer pela primeira vez.

Surpreendeste-me porque disseste:

"Sim sei o que é. Há muito tempo, quando eu tinha três anos fizémos isso pai"

"Ai foi?!?!?"

E puxei pelas lembranças várias, as hipóteses várias e... um grande nada.

Deixei-te no colégio e fui trabalhar... hoje tinha de ir a Setúbal. Fiz o que tinha a fazer e quando regressava ao escritório passei junto ao Rio Sado...e precisamente antes de virar à esquerda, deixando de ter a companhia do rio, vejo um Ferry-boat... e fez-se luz na minha memória...

:)

De facto, quando tinhas três anos, um dia decidimos passear para os lados da Comporta e fizémos a passagem de Setúbal para Troia, enfiando o carro no barco...

segunda-feira, 25 de junho de 2007

E lá tinha de ser...

Fomos ver o Quarteto Fantástico e o Surfista Prateado ao cinema.

Foi giro.

A mãe aproveitou para fazer coisas de gaja, ver montras e ir às compras...

Depois do filme era verem-nos a fazer a pose do surfista prateado nas escadas rolantes...foi muito divertido :)

Às vezes penso que ainda bem que não penso nas figuras que faço... porque a recompensa de rirmos juntos é superior à figura de parvo que tantas vezes faço. Ou não...

=)

domingo, 24 de junho de 2007

Caminhar


Gosto particularmente desta foto.


Caminhamos juntos, lado a lado.


Fazemos uma ponte de um para o outro por intermédio dos nossos braços.


A mãe, para mim, captou um momento extraordinário.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Estreias


Andas numa de estreias...sempre que há um filme novo lá vais tu.


Hoje é o Shrek.


O Terceiro.


Neste momento estás com a mãe no cinema e efiz uma pausa no trabalho para escrever aqui e deixar a presença e ao mesmo tempo o lamento por não estar convosco...


Para ti poderá ser melhor...assim eu arranje tempo para o ver, ainda tenho o filme dos Fantastic 4 em atraso.


Agora vou dedicar-me ao trabalho, vejo-te daqui a pouco.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Reclamações...

Todas as crianças reclamam...a forma mais habitual de reclamarem são as famosas birras.

O Eduardo Sá, pessoa cuja figura e voz, sobretudo esta, não aprecio, mas muito gosto do conteúdo dos seus livros e ensinamentos, diz que uma criança que faça birras é uma criança que merece uma etiqueta de "criança de qualidade" ou coisa similar.

Tu como todas as crianças fazes/tens birras.

Mas poucas.

Agradeço, creio que com razão, ao Eduardo esse facto, mas claro também a mim e à mãe.

Recordo plenamente de uma das primeiras birras, se não a primeira que fizeste. Ainda não falavas sequer.

A birra surgiu ao almoço, recusavas comer, viravas a boca, emitias a tua reclamação falando o teu "bébês" e eu lembrei-me do que lera escrito pelo Eduardo. Em vez de insistir e perder a calma, em vez de me zangar, em vez de me irritar fiz o seguinte:

Virei-te para mim, para ficarmos a olhar um para o outro de frente, e disse-te qualquer coisa como, ok filho deves estar irritado com alguma coisa que o pai não entende, mas sou todo ouvidos e por isso trata de reclamar diz lá de tua justiça.

E tu falavas e falavas, ou seja, ias palrando e palrando gesticulando e eu ia dizendo que te ouvia, para continuares...a dada altura percebi que o volume palavras de "bébês" por segundo diminuira substancialmente e aí foi a minha vez.

Pedi para que me olhasses no olhos e disse-te que o pai estava ali sem compreender o que motivava a birra, mas estava disposto a ouvir-te, como o fiz, que tinha tido imenso trabalho a fazer o almoço dele e por isso não compreendia porque recusavas comer, que a tua recusa me deixava triste, porque entendia que face às refeições tomadas antes desta ele deveria estar com fome, pelo que, incompreendia a recusa. Rematei dizendo-te que agora ia retomar o dar-te a sopa e que, caso não tivesses fome não precisavas de comer, apenas não te iria dar mais nada, aceitava que não tivesses fome.

Tudo isto fui falando nos olhos, calmamente.

Resultado, abriste a boca para comer a sopa, que acabaste, comeste o que vem a seguir (denominação que usas para o 2º prato) e a fruta.

Hoje sempre que tens uma birra tento ter o mesmo tempo e calma que tive nesta primeira vez. Não raras vezes, meto-te no colo e peço para que me fales nos olhos o que motiva a birra, porque é a falar que nos entendemos, e depois de te ouvir, falo-te eu nos olhos.

Não sei se por isto se por outra coisa que nada tem a ver, tu és uma criança que raramente faz uma birra.

As reclamações já apresentas por escrito e em papel de 25 linhas, como aquela em que por sentires que temos tido menos tempo junto, reclamaste que te fosse apanhar ao colégio.

A ver vamos se é hoje que o consigo fazer.

segunda-feira, 18 de junho de 2007

Fantastic 4 e o Surfista Prateado

Hoje, a caminho do colégio a conversa foi sempre em torno dos Fantastic 4, do Surfista Prateado... enfim estás deveras entusiasmado com a ideia de ires rever o filme comigo depois de o teres visto enquanto estiveste de férias com a mãe.

Como se eu precisasse de ser convencido disseste:

"Vais ver o filme é emocionante (estas palavras q usas) tem lutas, tem porrada, tem coisas a destruirem-se..."

Definitivamente um filme de rapazes.

:)

Em viagem

Ontem, enquanto regressávamos do Algarve e nos entretínhamos a falar das mais varíadas coisas a dada altura assumiste o papel de pai natal.

Depois de longas divagações e perguntas sobre brinquedos, empréstimos de renas para passarmos por cima do trânsito e empréstimo de renas para a carrinha da mãe ter mais cavalos e acelerar mais depressa...perguntei-te:

"Quantos anos tens pai natal?"

"Doze." :)

"Doze são poucos... então ainda és uma criança pai natal!"

"Sessenta. Tenho sessenta anos."

"Ah! Assim está bem, explica as tuas barbas brancas."

"E o que é que trazes aí ao colo?" - referindo-me ao teu cão...

"É uma rena, é uma rena que morreu!"

Gargalhada geral do pai e da mãe... :))

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Escatologia

Quando leres isto e te munires de um dicionário para esclarecer o significado dirás "pronto (espero que não digas prontos, prontos não se diz) desta é que se passou", mas não.

Por ter precorrido outras paragens em que se fala do controlo de esfincteres (outra para ires ver...) lembrei-me de duas situações.

A primeira, relativa a ti, reporta-se à lembrança como desde cedo aprendeste a relação directa entre o comer os legumes/vegetais e o conseguir evacuar sem dificuldade... como tu dizias "tenho de comer os legumes para fazer redondo".

Fazer redondo, era evacuar sem dificuldade.

Quando tinhs prisão de ventre a mesma estava habitualmente associada à não ingestão da sopa na totalidade ou com "poucos verdes"...

Com isto tornaste-te numa criança que come todo o tipo de legumes na sopa sem serem passados, nabiça, agriões, cenouras, batatas, baldroegas, couve, etc, etc.

A segunda, relativa a uma colega tua.

Um dia esperava-te no colégio acompanhado com os teus colegas quando a F. se dirigiu a mim e meteu conversa:

"Sabes eu já tive na barriga da mãe?!?", disse ela.

"Ah foi?"

"Sim. E eu fazia cócó na barriga da minha mãe..."

"Pois era" - disse-lhe eu já divertido.

"Sabes eu fazia cócó na barriga da minha mãe porque ela tinha uma sanita".

"Pois é minha linda, pois é..." - foi o que consegui dizer no meio de umas risadas valentes que não consegui evitar... :)

Bela vida

De manhã piscina e de tarde praia...

Sim Srª, e eu aqui a bulir, quero ter quatro anos outra vez!

;)

terça-feira, 12 de junho de 2007

Independência

Recebeste 5 € da bisavó B. com a indicação de que era para fazeres o que quisesses com o dinheiro.

Consequência...

"Pai a avó deu-me dinheiro para fazer o que quiser. Pa comprar homens-aranhas, fantastic 4... o que quiser pai. O que quiser..."

"OK" respondi eu.

E hoje, quando falava com a mãe ao telefone, quiseste falar comigo duas vezes distintas e apenas para dizer o seguinte:

Primeiro, "Pai estou a comer massa à carbonara".

Segundo, "Pai comprei o Harry (o novo duende do Homem-Aranha 3) sem máscara".

A independência tem destas coisas...

Férias

Estivémos de férias no Alentejo.

Tirei um dia de férias gozei quatro na tua companhia e na da mãe.

Apesar do tempo não estar extraordinário, aproveitámos bem a possibilidade de dar uns mergulhos na piscina.

Apanhámos morangos juntos, vimos pintos de galinha, passeámos, inevitavelmente bricámos "aos homens-aranhas", às lutas (que consiste numa coisa próxima da capoeira), e brincámos ao zugór (inspirado no filme Tarzan 2, consiste em figir que uma criatura terrível nos pressegue, o ZUGÓR, e trata de correr e esconder, o papel de zugór ficou destinado à mãe).

Eu e a mãe deslocámo-nos a Évora, mas quiseste ficar com os avós paternos, pelo que, eu e a mãe pudémos passear um pouco a dois.

No domingo fizémos um pequeno passeio pedestre que muito apreciaste e nós também.

Regressámos no Domingo, já noite.

Foram bons momentos de descanso.

Agora eu fiquei por aqui a trabalhar e tu foste com a mãe para o Algarve passar esta semana de férias.

Acordar sem ti em casa é muito diferente, foi mais difícil sair da cama. ;)

quinta-feira, 7 de junho de 2007

Depois da tempestade...

O descanço.

Não sem antes ter de trabalhar hoje um pouco de manhã.

Depois de ontem ter adiado para hoje o que tenho de terminar amanhã... já acabei o deadline que tinha de cumprir e estou apto a tirar o dia de amanhã para podermos descansar durante quatro dias, ou três e meio ;)

Ontem fomos ao Pinhal Novo às festas da cidade com a prima J e o primo G.

Os avós paternos foram connosco e tu estavas excitadíssimo com a presença do avô que habitualmente não nos acompanha nestas aventuras.

Divertiste-te num insuflável do Harry Potter e de seguida o avô quis por-te aos pulos numas camas elásticas que por ali existiam.

E lá foste, "pular como o homem-aranha".

Agora deixo o POST e vou de férias.

MÁI NADA!

quarta-feira, 6 de junho de 2007

Nas tuas mãos

De há algum tempo a esta parte duas coisas te acompanham as mãos.

Ambas necessárias, hoje e amanhã, ou pelo menos o que elas para mim simbolizam.


Muitas vezes tens as mãos com bonecos, sejam figuras do SPIDER-MAN, sejam dos FANTASTIC 4, sejam os POWER RANGERS, portanto, tudo brinquedos típicos de rapaz - confesso alguma aversão às BARBIES que mais não são do que o equivalente ao que usas, mas maioritariamente para raparigas.


Estes bonecos representam o lado da brincadeira, da diversão que sempre te deverá acompanhar, pelo menos assim o espero.


Muitas vezes levas nas mão livros, seja porque tens o hábito de os ir buscar e entregar à biblioteca municipal, seja porque os levas para o colégio para a educadora ler, seja porque levas um livro para mostrar e leres com terceiro.


De frisar que a leitura sempre te acompanhou desde cedo. O primeiro livro que tiveste foi a avó paterna que te o ofereceu, cedo, apenas meses, e desde cedo contactaste com eles, talvez a razão porque aprendeste cedo a folhear um livro o que leva a que, até hoje, nenhum livro tenha sido por ti destruído, ou se quisermos, carinhosamente rasgado...


Por vezes, estas duas coisas andam ao mesmo tempo contigo, fica este instantâneo de um momento desses que me deu particular prazer fotografar (a este respeito dizer que nunca pensei utilizar uma máq. fotográfica de um telemóvel meu, o dito serve para telefonar...).

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Fim de Semana

Ele há alturas em que o prazer de se ser familia existe verdadeiramente, este fim de semana foi assim filho. Pena que por vezes não existam mais iguais.

Sexta-feira, dia da criança, lá fomos passear à feira-do-livro, onde quiseste procurar o livro do Homem-aranha 3... ninguém imaginaria ;) , depois de o encontrares viraste-te para nós e disseste que estavas cansado e querias ir para casa, querias ir dormir e que te lessem a história do Homem-aranha 3.

A caminho de casa adormeceste de tão cansado que estavas, nem deu para te oferecer o meu livro, a "Bruxa Mimi e o Dragão da Meia Noite", muito menos para ouvires uma história, foi tirar as calças e deixar-te na cama.

Sábado de manhã acordaste depressa, bastou dizer-te que tinha a minha prenda do dia da criança ali, saltaste logo da cama. :)

Depois fomos à natação e aí evoluíste mais um pouco, com uma felicidade que se mistura com um sentimento de perda futura, pela primeira vez conseguiste ficar só com a instrutora da natação enquanto eu fico distante a ver os exercícios.

Os outros pais atrasaram-se, então estivemos 10 mts dentro de água sozinhos com a R. Depois as outras crianças chegaram e voltámos a estar juntos, e a divertir-nos.

Depois do almoço, espetáculo da Leopoldina, em que te divertiste, e eu à imagem do cinema, passei a segunda parte do espectáculo de olhos fechados... isto anda mesmo mau. :)

Acabada a Leopoldina fomos à festa do aniversário da Prima J., com quem interages muito bem. Foi até às 22:00 horas sempre a brincar, pular, dava gosto ver-te independente a brincar com os primos e amigos dos primos, nem querias saber de nós... e ainda bem, por ti, claro.

Entrado no carro adormeceste e foi a mesma história, tirar calças na cama e ópa, até amanhã.

Domingo tinhamos uma actividade no Alentejo com os Colegas da tua sala do colégio, os educadores e o E.

O E. é o prof de ginástica e faz também a animação no teu colégio, os putos e tu adoram-no.

Foi o dia inteiro em actividades, brincadeiras, diversão.

Correu tudo muito bem, soube bem estar ali em família e no meio de outras familias, foi bom ver outro tipo de interacções e foi bom perceber que afinal tu és parte daquilo que somos e te damos, porque bastava olhar para algumas interacções pais/filhos para compreender o comportamento de alguns dos teus colegas.

De deixar uma nota também para o facto de teres feito RAPEL sozinho num local em que houve muito adulto que voltou para trás, parabéns! Não foste o único, mas foste um dos que fez e se divertiu com isso.

Depois...bom depois fomos para casa de carro e, naturalmente, dormiste... depois o pai achou que ias acordar e a mãe achou que ias durar até ao dia seguinte...

Desta vez acertei eu, acordaste ainda jantaste qualquer coisa e depois "brincámos aos homens-aranhas" e... quando dei pelas horas eram 23:35.

Foi enfiar-te na cama e ler a história... imaginas qual é que pediste?

...

Essa mesmo, :) "O Homem-aranha 3 - o Álbum do Filme"

sexta-feira, 1 de junho de 2007

Dia da criança = Dia do consumismo

Vem este título à laia da conversa que tivémos ontem quando cheguei a casa... Ainda não mal tinha tirado o casaco já ouvia,

- Compraste-me prenda para o dia da criança?

- Porquê, filho? - retorqui.

- Porque sim, porque amanhã é o meu dia, é o dia da criança e as crianças ganham prendas.

- Então filho, o que é que compraste para o pai?

- Tu já não és criança, tu és um adulto.

- Verdade, mas todos os adultos também são crianças, e por exemplo, a mãe muitas vezes diz ao pai que ele está a ser criança...

Deixei-te na sala e encetei a minha fuga para o quarto, com o objectivo de mudar de roupa para irmos jantar com os avós, mas, como todas as pequenas fugas, lá fui apanhado pela conversa de novo. Agora, já dentro do carro e a caminho dos avós, re-iniciaste,

- Sabes pai, amanhã é o dia da criança e por isso vais ter de fazer-me ou comprar-me uma prenda.

- Ai é?

- É assim e não tens mais nada a fazer!!

Ora toma para não arranjares mais uma volta a dar, aqui não há volta a dar...

Esta manhã acordaste cedo, pudera, a mãe ontem disse que te oferecia a prenda quando tu acordasses...e tu, claro, acordaste cedo.

E depois fez-se luz sobre o porquê da atitude do dia anterior..., para além de um boneco (o COISA dos Fantastic 4) ainda recebeste uma t-shirt (com motivo de piratas) e um pólo (cor-de-rosa).

Naturalmente, fiquei danado com a situação.

Sempre me deu confusão a falta de bom senso e meio termo da mãe.

Não me aborrece que a mãe te dê hoje muita coisa, porque sim, aborrece-me porque entre outras coisas eu muitas vezes deixo de dar coisas porque acho ridículo o número de coisas que te são compradas... sinto que a falta de bom senso impera e isso hoje pode produzir frases engraçadas às quais achamos graça, como a que tiveste ontem, mas amanhã quando te quiserem (ou tiverem que...) dizer não, não sei como vai ser, não sei não...

Eu quando era criança também gostava de receber a prenda do dia da criança, quem não gosta, mas uma coisa é recebermos uma prenda/lembrança dos pais, outra é recebermos prendas de cada um dos membros da família porque tem que ser e não há nada a fazer...

Havia coisa a fazer sem ser comprar ou fazer...podia, por exemplo, não te dar nada e dizer que a mãe já comprou o presente mas, uma vez que a mãe, face à expressão do meu desagrado, fez questão de vincar que aquelas eram as prendas dela, eu que oferecesse a minha, hoje vou iniciar uma tradição que manterei nos anos posteriores.

Hoje, ofereço-te um livro.

E faço-o porque és criança, porque se fosses adulto e dir-te-ia que gosto de oferecer quando calha, quando me lembro, não quando tem de ser, porque o ter de ser tira toda a piada e toda a magia ao acto de oferendar.