quarta-feira, 30 de abril de 2008

Diverte-te

E vais ao Zoo, esquecia-me de dizer, disse-te via telefone para te divertires e mandares cumprimentos aos leões!

Ao 10º dia

De quando em vez a mãe tem destas que acha excelentes, eu sempre as achei excessivas, tira férias e tira-te da rotina para tu estares de férias também.

Se fizessem férias eu achava até bom, apenas lamentava não o poder fazer, por duas ordens de razões, a menor, pouco disponibilidade no meu trabalho para tirar, sem mais, duas semanas de descanso nesta altura do ano; a maior, a mãe deixar-me agarrar em ti e irmos para qualquer lado.

Mas a mãe tira-te do colégio e mete-se em casa e isto para mim é algo sem qualquer senso.

O título deve-se ao facto de ao décimo dia, se tirarmos o fim-de-semana será ao oitavo dia, vais sair de casa... pois é, ontem parece que foste cortar a franja do cabelo e foste à biblioteca rodar de filmes e livros, mas o resto do dia estiveste como no resto do tempo, passaste os dias fechado em casa, de pijama, sobretudo de volta da PS2 ou do PC.

A mãe não tem estado a pastar, de facto, começou a passada 5ª ou 6ª feira a tarefa que se propusera fazer no sábado antes do teu aniversário, arrumar-te o quarto e essa tarefa durou até segunda-feira à noite. Bom ainda não está terminada, mas agora já dormes no teu quarto.

Mas esta coisa de te tirar da rotina sem qualquer objectivo senão estares debaixo da asa dela, sem fazeres nada, literalmente, a não ser ver TV, jogar, brincar mas pouco, deixa-me aborrecido.

Esta semana ficou de te levar segunda-feira ao colégio para fazeres a prenda do dia da mãe. Não te levou e susentou essa decisão, que eu já adivinhava, num "ele (tu) não quis ir".

E pergunto-me para quê isto? Porquê?

O que é que, para além da crescenda "mãezite aguda" que cria, isto serve?

É no teu interesse que ela faz isto?

Será isto razoável D.?

Hoje, entre outras coisas passaste a recusar que eu te vestisse e porque em episódio anterior a mãe em vez de me apoiar no sentido de te dizer que ser um ou outro seria a mesma coisa, disse "se ele não quer porque é que o estás a aborrecer!" agora recusas que te dispa e vista o pijama, acto que muitas vezes era dos poucos que tinha acesso no teu dia a dia.

É óbvio que achava bestial que estivesses de férias, daquelas em que se fazem coisas juntos, estar em casa era possibilidade, mas 8 dias seguidos (só no fim de semana é que saímos a três e a dois conforme escreverei mais tarde...), 8 dias... não vejo bom senso nisto, não vejo, gostava de ver, mas não vejo.

Ah também saíste terça-feira, dia do teu aniversário!

sábado, 26 de abril de 2008

Hoje, melhor ontem

:)

Isto da meia-noite tem disto, ontem dia da liberdade fomos ao freeport com a prima J e o primo G ver a exposição dos dinossauros.

Gostaste imenso, tanto que até tiveste algum medo, eu com a mania de me pôr à vossa altura desci ao vosso nível e percebi que o respeito e o receio aumentaram. :) Ser pequeno não é fácil.

Depois estive a olhar pelos três enquanto a mãe e a minha prima tratavam de fazer compras, era ver-vos no chão, a correr, a pular, a interagir comigo, um fartote para quem estava a assistir, ou seja para mim pelo menos.

A confirmação de que as conversas nos olhos fazem muito bem e resultam, o primo G. estava acelarado e a mãe dizia que nessas alturas nõ havia nada a fazer, eu achei que sim e pedi-lhe a atenção. pedi-lhe para que me olhasse nos olhos e depois disse-lhe, "G. escuta-me e olha para os meus olhos, vais poder brincar com este limite assim se saires do limite eu meto-te parao ao meu lado e não podes brincar mais, fiz-me entender?" Ele acenou, saiu de ao pé de mim e esteve uns bons cinco minutos a correr dentro do limite que lhe dei. Depois quis perceber se eu estava esquecido e saiu, quando o fez disse-lhe calmamente "lembraste que eu te disse que se saísses do limite ficavas ao pé de mim" e ali ficou mais um pouco até que fomos embora.

Gosto de sentir que a calma e a conversa podem resultar, dá trabalho, sim! Era mais fácil chatear-me, refilar, zangar, mas assim o efeito é melhor, mais duradouro e não gera stress, nem a mim, nem a vocês.

Depois a dada altura numa loja estavam vocês a brincar aos leões, tu eras o leão, a J era a Leoa e o G, o mais novo, a cria. Depois andavam de gatas de um lado para o outro, a usar a parte de baixo de um expositor para fazer de gruta, onde se esconderam porque estava a chover e a dada altura estavam a caçar ao que perguntei:

"E estão a caçar o quê?"

"Um elefante!" - respondeu a J. Eu imaginei que grande presa eles arranjaram, não havia animal maior para caçarem.

Como o "almoço" foi farto, sempre era um elefante, depois de terem estado a comer a J. virou-se para vocês e disse:

"Agora vou guardar o que sobrou ali na despensa!"

E eu não evitei as gargalhadas... :)

Humor infantil

Disseste:

"Olha supostamente monsieur!"

E os outros dois desataram a gargalhar, contigo a acompanhá-los durante uns bons segundos... com direito a repetição e a renovação das risadas.

Estou a ficar velho, só pode! :)

O aniversário

O dia foi programado com alguma antecedência, a mãe ligou para o local onde querias ir com os teus colegas, falou com a Educadora do Colegio, esta com os pais dos teus colegas, depois falou com os donos do colégio e lá conseguiu reunir cinergias para levar ávante o teu desejo.

O que querias, simples, ir ao KNOJO, exposição do pavilhão do conhecimento, com os teus colegas.

Nenhum dos pais se opôs a que os filhos fossem.

Os donos do colégio disponibilizaram uma carrinha do colégio para vos levar.

Os teus pais disponibilizaram-se em tirar o dia de trabalho para passar o dia contigo e, no que tu desejavas, a pagar a entrada dos teus amigos, bem como, fornecemos o v/ lanche (chipicaos e leite com chocolate ou sumo - fizeram sucesso).

Saí de casa cedo para ir apanhar os avós ao aeroporto de Lisboa, porque eles chegavam das suas "férias" em cabo-verde, depois regressei depressa a casa e acabaras de acordar.

Recebeste da mãe um duende verde, a tua PS2 e um jogo PS2 "Star Wars III - Revenge of the Sith".

Eu dei-te a minha primeira prenda, um jogo para PC da "LEGO Star Wars 2 - The Original Trilogy".

Perguntaste-me se não te dava nenhum boneco, disse que ainda tinha uma coisa para te dar, mas que depois logo o faria. Bem que não me largaste com as perguntas "E o que é pai? Quando é que me dás pai?"

Dissemos-te que íamos ao colégio e tu acrescentaste "fazer a minha festa com eles..." e sabíamos que chegaríamos lá e os teus colegas saberiam que iam a Lisboa ao KNOJO.

Chegados não estavam na sala onde estás habitualmente, estavam numa outra sala onde existe uma TV para vocês passarem tempos "mortos" e mal entraste os teus colegas cantaram-te os parabéns. nem tu nem nós esperávamos tamanha recepção, foi muito bonito o momento.

Depois tratámos de agarrar os teus dois amigos preferidos e levámo-los connosco no carro até Lisboa, os demais iam na carrinha do colégio.

No caminho foste sempre no pagode com eles e o barulho era tal, a diversão, a excitação que eu proferi, com um sorriso nos lábios, a seguinte afirmação à mãe, "lembrar no futuro, nunca ter três filhos!" Ela disse que "ou então comprar uma daquelas carrinhas muito compridas e pô-los lá atrás!"

Lá foram o caminho inteiro na palaçada, sendo que as piadas escatológicas estão na ordem do dia, a simples afirmação de "chi-chi", "pum" ou "có-có" fazem com que a risada seja bem sonora e prolongada.

Chegados ao local conduzimos 27 crianças, dois pais e duas educadoras para as proximidades do pavilhão atlântico onde almoçámos na rua.

Almoçados fomos para dentro do pavilão do conhecimento.

Vocês começaram pela casa inacabada, onde se divertiram imenso. Depois tratámos de ir ver a exposição do Knojo.

Cerca das 15:30 tratámos de tomar lanche e logo após rumar à margem sul, onde fomos ao colégio partir o primeiro bolo de aniversário, também ele feito pela mãe.

Cantaste os parabéns com os teus colegas, apareceram ainda os teus primos P. e G., o padrinho J. e um pouco mais tarde os avós paternos.

Depois de comido o bolo foste abrir as prendas dos teus amigos onde retive:

  1. Um chapéu do homem aranha 3;
  2. Um lego do homem-aranha 3;
  3. Um jogo "A árvore";
  4. Uma t-shirt do Sporting (acertaram no clube);
  5. Uma mala de ferramentas;
  6. Dois ou três livros

e mais algumas coisas que não recordo.

Brincaste com os teus amigos um pouco no recreio e fomos para casa.

Equanto faziamos tempo para depois ir jantar com os avós e os padrinhos recebeste várias chamadas e foi giro ver-te encher a boca e a alma para dizeres que fazias CINCO ANOS!

Chiça, já é uma mão cheia de anos, parabéns!

terça-feira, 22 de abril de 2008

PARABÉNS

Nasceste há cinco anos, pelas 19:05 horas, 52 cms, 3,775 kgs, não mais esqueci, como nunca mais o meu mundo foi igual ao que conhecera.

Trouxeste-me uma forma de ver o mundo diferente, uma serenidade que não conhecia, uma paciência que imaginei perdida, a calma de saber que incondicionalemente apenas se amam os filhos, e isso poderás gravar onde quiseres para quando um dia, zangado comigo, duvidares, poderes reler aquilo que te vou repetindo todos os dias, porque todos os dias nos sabe bem sabermo-nos amados e eu não me limito a tratar de te fazer sentir na pele isso, trato de te o dizer também.

Há cinco anos atrás não sabia bem o que era darmo-nos a alguém sem desejar nada em troca, sem querer ser recompensado, sem esperar nada, minto esperava e espero um sorriso de ti.

E que lindo é o teu sorriso.

Hoje face à situação de quase separação da mãe o que mais temo é retirar-te esse sorriso, a responsabilidade do fim da relação não é algo de meu, ou apenas meu, não é minha responsabilidade exclusiva, fui eu que disse BASTA e assumo essa responsabilidade, mas a única responsabilidade que espero não carregar nos ombros é a de te ver perder o sorriso.

Contudo, hoje, acredito que por muito conturbado que possa ser este período inicial que se avizinha, a realidade é que ele será como o teu nascimento, será um momento de dor, de angústia, de incerteza, mas depois..., depois tudo passará a correr melhor, tu e eu ganharemos espaço para a nossa familia, ainda que as pernoitas sejam sempre menores do que eu desejava, mas depois as rotinas criar-se-ão e quando dermos por nós passaram mais cinco e estaremos ambos felizes lado a lado sabendo que uma coisa nos une indelevelmente, o nosso amor.

Por isso hoje trata de te divertir e de gozar os teus cinco anos. PARABÉNS, muitos parabéns.

Sê feliz!

domingo, 20 de abril de 2008

Vocês são uns malandrecos

Frase com que nos brindaste quando não revelámos o que vamos fazer para o teu dia de anos.

Hábitos televisivos


Agora pela manhã é o canal PANDA que te acompanha, demorou algum tempo a formatação para te assemelhares aos demais, mas "as crónicas de digata" fazem furor, e eu até acho muito bem porque um dos heróis tem o meu nome, por isso, nada a opor quando pela manhã pedes para pôr o canal panda.

A única coisa que não gosto no dito canal é o banho de publicidade que vocês levam. Banho esse que, entre outras coisas, tem reflexo em actos tão simples como a compra de uns sapatos.

Entretanto como o PANDA É FIXE, quando há dias viste o dito boneco quiseste logo tirar uma foto com o novo "amigo".

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Vibrar a dois

Ontem fomos às compras para ti, estavas a precisar de roupa, melhor de alguns tipos de peças de roupa, que não encontrámos. Nada como ir ao Centro Comercial no momento em que decorre um jogo de televisão em que a maioria das pessoas está em casa a ver.

O Centro estava despido de gente, mas para fazermos compras estava óptimo.

Ainda encontrámos uma pessoa amiga do pai que estava na mesma onda, compras, apesar de ser um grande aficionado do Sporting.

Quando jantávamos soube que o Sporting estava a perder 2-0 com o Benfica.

A mãe tratou de vincar várias vezes o resultado, ao que tu ias respondendo,

"Não faz mal que nós somos do Sporting na mesma não é pai?!?"

"Claro D., mesmo que o Sporting perca o pai será sempre do Sporting e tu farás o que entenderes, serás do que quiseres."

Jantados fomos para casa, depois de chegarmos a casa tratei de arrumar algumas compras, separando o material reciclável do produto comprado, e enquanto o fazia decidi ligar a TV para ver o jogo, decorria o minuto 55/60 da 2ª parte.

A mãe entretanto apareceu contigo e a primeira afirmação foi,

"Olha aqui D." - apontando para o local do resultado - "já viste quanto é que está?"

"0-2" - respondeste tu.

"E quem é que está a ganhar?"

"O Benfica" - disseste num tom murcho - "mas eu e o pai somos do Sporting na mesma" - remataste.

E depois foram brincar.

Eu com o remate do Moutinho ao poste pensei "se uma bola entra ainda conseguem dar a volta ao jogo" e pouco depois a bola entra e eu explodi a raiva e zanga acumulada de um dia frustrante num efusivo "toma lá!".

A mãe veio lá de dentro atrás de ti a queixar-se que ainda assustava alguém e tu vinhas com um sorriso nos lábios.

Depois foste embora brincando com a mãe e pouco tempo depois, EMPATE, festa minha de novo, que depois vieste ver.

Depois ficaste a ver o jogo aplicando comentários como

"Grande frango do guarda-redes", "O Sporting é que é bom", e outros que não me recordo, mas estes foram refreados com um "não foi frango filho, o Quim não conseguia defender, só é frango quando o guarda-redes podia fazer muito melhor do que fez" e "agora o Sporting está a ser melhor, mas não quer dizer que seja o melhor" - se isto pode parecer inverosímil a quem nos lê, quem me conhece sabe que gosto do Sporting, mas não sou doente do Sporting, aliás a única doença que devo ter é contigo, porque aí sim és o melhor ;-)

Depois veio o 3-2, que comemorámos juntos com um cinco de grande reporte técnico.

O 3-3 foi vivido com calma, o anúncio de que foi um grande golo e que a responsabilidade da defesa em não conseguir afastar a bola da zona não tira qualquer mérito ao golo que foi muito bom.

Mas o melhor estava para vir, nesta altura estavas sentado ao meu lado e davas pequenos saltinhos no sofá, quiçá absorvendo o meu nervoso miudinho que no sossego do sofá não exteriorizava., e o melhor chegou com um golo com uma pitada de sorte.

4-3, com uma festança em grande gritando mesmo como se no estádio estivéssemos, e ontem o vizinho de cima, Benfiquista barulhento, naturalmente, não se fazia ouvir.

E para terminar em grande alegria o 5-3, novo festejo a dois.

Depois de tudo isto lembrei-me como é bom por vezes sabermos ser pacientes, acreditar que as coisas podem melhorar se lutarmos por elas e tivermos desejo de lutar por elas, e depois, naturalmente, pensei que esta noite teria sido o melhor tónico para que o teu gosto pelo Sporting subsista, apesar das investidas maternais e do avô materno.

Independentemente disso, foi um final de dia óptimo, e quando isto é dito não deixo de pensar que, se o melhor do meu dia foi um jogo de futebol, as coisas vão mesmo mal...

Consulta de rotina

Hoje temos a tua consulta de rotina, de manhã disseste-me logo que não era preciso lanche para o colégio e que não era preciso levar o cão porque não dormias a sesta. :-)

A consulta de hoje foi marcada pela mãe, que quando a marcou nem me consultou sobre a minha disponibildade ou não e inquirida sobre tal fato disse-me que alguém a tinha de marcar e que se eu não pudesse podia sempre ser alterada.

A marcação foi no início de Fevereiro.

Ontem ligaram-me da clínica para confirmar a consulta de hoje, disse-lhes que estavámos cientes, mas de facto eu não estava.

Não tendo apontado na minha agenda o dia e hora da consulta a coisa passou-me, ontem pensei porque é que a mãe não me informara, mas a resposta foi elucidativa:

"Já te tinha dito quando a marquei, não tenho de ser o teu Post-it, se te lembras da tua bola também te devias lembrar da consulta do D."

E de nada serviria dizer que habitualmente lembram-me com mensagens que há jogo, que muitas vezes só na véspera ou quase do jogo do Sporting em casa é que me apercebo que vai haver jogo nesse fim-de-semana, mas dizer-lhe isto era alimentar uma fogueira que quero apagar.

Por isso fico feliz de ter este Post-it electrónico, para mais tarde recordar com maior detalhe muitas das coisas que fomos vivendo.

terça-feira, 15 de abril de 2008

Descobri...

Eternidade: Amor:

...(verdade seja dita que também ainda não os procurara) os simbolos da eternidade e do amor. Abençoada internet.

Espero gravá-los dentro em breve, porque sinceramente filho preciso de encerrar este ciclo e iniciar outro em que passarei a constituir uma familia contigo, ainda que pernoites poucas vezes comigo.

Estereótipos

As sociedades estão cheios deles, no fundo são pré-conceitos que temos das mais variadas coisas.

Por exemplo, os homens usam cabelo curto, as mulheres longo, estes são dois estereótipos muito presentes nas pessoas e os quais marcam presença nas nossas idas aos parques infantis.

Não chega que tenhas cara de rapaz, que envergues t-shirts do homem-aranha, que tenhas tartarugas-ninjas nas mãos, que fales com um timbre de voz em tudo similar a um rapaz, não!

O que conta é o cabelo comprido...

Então sempre que vamos a um parque infantil lá temos de ouvir umas alminhas dizer:

"Anda, deixa a menina andar no baloiço!"

E lá temos, ou tu ou eu de responder:

"Não é uma menina é um menino, D. de nome."

Porra, será que o pessoal não consegue olhar para mais nada a não ser o cabelo?

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Outra missão...


Que não me importava de fazer mais vezes, trata-se de me emprestares o teu dedo para fazer os depósitos bancários na minha conta.

Missão reciclagem

Habitualmente o lixo lá de casa sou eu que o despejo, mas há um lixo especial que aprendes que pode ser reutilizado, então de quando em vez, melhor, duas a três vezes por semana viro-me para ti e digo-te:

"Hoje temos uma missão! Sabes qual é?"

"A missão reciclagem."


Sempre que digo que temos uma missão é para anunciar que temos de ir à rua colocar o plástico, o papel e o vidro nos respectivos depósitos.

Antigamente não gostavas do barulho do vidro a cair e partir, hoje, perguntas-me se há vidro para seres tu a colocá-lo no sítio.

domingo, 13 de abril de 2008

Sociável

Aprecio imenso as tuas capacidades de sociabilidade.

Sempre que vais a um parque infantil tratas de vir de lá com mais um "amigo" ou "amiga".


Esta descobriste que era a Mariana e tinha 8 anos, foi há oito dias atrás.


sexta-feira, 11 de abril de 2008

Aniversário - 03

"Depois de jantar deito-me para fazer anos mais depressa... o tempo quando estamos a dormir passa mais depressa, não é?!?"

Aniversário - 02

Perguntado sobre o que querias fazer,

"Vamos todos ao Knojo e depois queremos todos um lanche... um compal de pêssego para cada um e um chipicao."

Aniversário - 01

"22 é antes ou depois de 30?"

"Antes..."

"Boa!!! Faço anos antes do M."

Fazer anos antes dos outros é sempre motivo de felicidade para ti, não raras vezes envolves-te em discussões sobre quem é o mais velho.

Na tua idade um mês ainda é muito tempo...

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Desejo dos filhos

Os filhos desejam sempre que os seus pais estejam juntos, mesmo quando as coisas correm mal esse é o vosso desejo, também foi o meu.

Sei que para ti, quando acontecer a minha separação da mãe, vai ser dificil. Não dúvido, nada mesmo.

Para mim também o será sair do teu dia-a-dia, acredita-me.

Mas, hoje sinto vergonha daquilo que eu e a tua mãe te mostrámos ser uma relação entre duas pessoas que vivem em comum. Há muito que não namoramos, mesmo antes eram frequentes períodos grandes sem um beijo para além do que servia como cumprimento.

Porque me lembrei disto?

Segunda-feira, dia 07, agarraste na minha escova de dentes e na escova de dentes da mãe e meteste-as uma a tocar na outra e davas beijos no ar... peguntei-te:

"O que é que se passa aí?"

"É o pai e a mãe a namorar!"

Claro que esta imagem concretiza bem a ideia de um namoro, mas futuramente poderá mto bem ser a expressão de um desejo, sendo que a minha escova de dentes um dia deixará de ladiar a tua na casa da mãe, estará a ladear a minha, na nossa casa.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Azar de uns, sorte de outros

Mãe doente, tenho de sair mais cedo para te apanhar e vamos ao cinema e jantar juntos.

A mãe que me escuse, mas fiquei feliz por poder/ter de ter este tempo contigo.

E vamos ver o HORTON que já viste, mas ficámos de ir os dois juntos.

Numerologia/Astrologia

Nome: D---

Idade: 4 anos, 11 meses e 16 dias.

Signo: Touro

Planeta regente :Vênus

Elemento :Fogo

Número de Ambição : 5

Número de Personalidade : 1

Número de Expressão: 6

Número de Destino: 4

Segundo seu dia de nascimento.....Você nasceu sob a influencia do 22, um número principal. Conforme seu modo de encarar as coisas, poderá sentir-se feliz ou infeliz: todavia, e difícil você chegar sozinho a uma conclusão. Você gostaria de encontrar um mundo melhor, permitindo-lhe manter o equilíbrio mental e os pés na terra. Mostre ao mundo o seu interesse pelas coisas públicas, já que as causas humanitárias e os movimentos de ajuda se adaptam a suas qualidades. Suas ideias te levam a buscar horizontes mais amplos do que a expectativa média das pessoas, mas você precisará de coragem e decisão para manter os olhos nos seus ideais e os pés terra.

A sua ambição é .... Amar a liberdade, a mudança e a variedade, ter pensamentos progressistas. Ter possibilidades de criação.

Você é...Dinâmica, independente, original, criativa e muito trabalhadora. Demonstra coragem, liderança, decisão e desejo de poder.

Segundo seu número de Expressão.... Sempre buscando a perfeição em tudo que lhe diz respeito. Tem instinto do belo, da cor e da arte. Essencialmente prático, podendo arcar com qualquer responsabilidade no lar ou em esfera mais ampla (numa organização ou comunidade). Possui diplomacia e equilíbrio.

Segundo seu número de Destino ... Ser alguém prático e organizado. Seu destino te colocará sempre numa roda viva. Mesmo que tudo indique riqueza, esta somente será conseguida através de muito trabalho que exigirá atenção constante Mais do que isso: haverá ocasiões em sua vida em que você precisará fazer uma grande economia e assumir trabalhos e deveres, muitas vezes devido a sua própria saúde. Contudo não de as costas aos demais, pois sua contribuição aos outros será essencial. Seu destino representa um alicerce e você deve ser paciente, pois sabe quanto trabalho é necessário para torná-lo resistente. As coisas chegam devagar para você. Seja uma pessoa responsável, eficiente e disposta a trabalhar muito, deste modo alcançará o sucesso. Não desanime ante os deveres e obrigações, já que você estará preparando o futuro.

Fomos à bola

Ontem!

Ver o Sporting com o Braga.

Fomos com a prima J. e o pai, com o padrinho J., e o Amarelo.

No dia anterior quando a mãe te quis convidar para ires ao Disney no Gelo disseste,

"Mãe, não porque já combinei com o pai e amanhã vou ao futebol com ele."

Mas conseguiste ir com a mãe à Disney no Gelo e depois ir ao futebol com o pai.

Encontrei-te numa esplanada em Telheiras a lanchar com a mãe, correste para mim para me abraçar, que bons que são os abraços que me dás assim, depois perguntaste-me logo:

"Pai trouxeste o meu cachecol?"

Lanchaste e lá fomos ver o jogo, encontrámos os demais e lá subímos às bancadas.

Na zona onde queríamos ver a bola não havia lugares para todos, então, quis colocar-te ao meu colo, mas tu peremptório disseste,

"Quero sentar-me numa cadeira só para mim" - e tens razão em querê-lo filho.

Depois desci para a fila da frente deixando-te ladeado pelo Amarelo e pela prima J.

Entretanto pensava se não devia ter pedido ao Amarelo para se sentar ele à frente para ser eu a ficar ao teu lado, mas depois pensei que assim estavas a partilhar o contacto com uma pessoa que vês menos vezes do que o pai, sei que gostas dele e dela, a prima, por isso pensei que não me devia sentir mal por te dar corda em vez de te ter ao lado.

Depois pensei, queira o meu clube marcar golos e faço a festa com ele, e assim foi, festejámos duas vezes e de que forma hein filho, agarrei-te no meu colo fiz-te pular, gritámos golo, gritámos Sporting.

Os rapazes marcaram dois golos quase de seguida e por isso comemorámos duas vezes de forma exuberante, o padrinho J. também que era ele quem estava comigo.

O entusiasmo foi tal que pouco antes de acabar a primeira parte vi-te triste e pensei que tivesse acontecido alguma coisa com a prima, mas não, quando te pus ao colo para a conversa "olhos nos olhos" disseste-me,

"Eles nunca mais marcam golos e assim não vais fazer-me aquilo que fizeste há pouco tempo!"

Não fosse o ar triste e o facto de te puderes sentir gozado com o meu riso teria rido imenso com a situação, porque a tua tristeza era a de que não ías comemorar mais daquela forma.

Dom ou não, a verdade é que os rapazes não marcaram mais nenhum golo, mas isso não impediu que fizessemos mais uma comemoração no início da segunda parte com a menção de,

"Agora fazemos esta vez e depois só fazemos mais se o Sporting marcar golo!

domingo, 6 de abril de 2008

Amigdalas

Esta semana estiveste de estaleiro de terça-feira de noite até sexta-feira de madrugada (última altura em que tiveste febre).

Terça-feira as dores de barriga e o cheiro, o cheiro, da boca diziam tudo, amígdalas de novo. A ver se não tens a mesma sina que eu que as tirei quando tinha 5/6 anos.

Ontem e hoje estiveste bem, felizmente. Esta semana regressas à rotina.

28.03.2008

Neste dia o pai e a mãe tinham um compromisso comum, por isso fomos pôr-te ao colégio juntos.

Dois dias antes começaras a ir sozinho para a sala, deixo-te aqui, no portão, mala nas costas e lá vais tu sozinho o resto do percurso.

Perguntei-te, "Então vais sozinho?", respondeste afirmativamente de sorriso nos lábios, a mãe olhou-me com ar de censura e depois lá foste com um passo rápido, braços no ar, sorriso nos lábios, nem olhaste para trás no caminho.

A mãe ora olhava para ti com ar preocupado, ora olhava para mim com um ar de quem pudesse batia-me.

"Vamos?"

"Não concordo com isto! Isto não pode ser assim! E se lhe acontece alguma coisa!"

"Mas acontecer o quê?"

"Eu não quero que isto aconteça outra vez. Nem sei se chegou à sala. Tu confias em todos os pais que estão aí no colégio?"

"S. mas nem confio nem desconfio, acho natural que ele faça o percurso par a sala sozinho, não lhe faz mal, tens medo do quê?"

"Ah e se alguém agarra nele e o leva"

"S. ele está dentro do colégio..."

"Não concordo, já disse. É por isto que as coisas nunca correrão bem contigo, porque tu decidiste sem me consultar e isto é uma coisa com a qual não concordo!"

"Eu não decidi nada, foi ele que quis..."

"E se ele quisesse atirar-se a um poço!"

"..., apenas não o impedi porque não tenho medo que aconteça nenhum dos cenários que tu para aí descreves... mas tens medo do quê? Que ele se torne autónomo, qual é o teu receio de lhe dar autonomia, queres tê-lo sempre dependente de ti? O Pilas precisa de se tornar autónomo, percebes isso?"

"Isto não tem nada a haver com autonomia. Eu não quero que ele vá sozinho."

"Porquê? Ainda não me disseste do que tens medo..."

"Porque tu nunca sabes se ele chegou à sala."

"Ok, então vou falar com as educadoras e pedir-lhes que elas me acenem da janela quando ele chegar à sala para eu o deixar descansado e tu fazes o mesmo. Assim já sabes se chegou à sala... Pode ser?"

"Sim, assim pode ser."

"Como vês eu consigo falar, ouvir-te e até propor soluções que agradem a toda a gente, não basta dizer que não ou que sim, explicar as coisas ajuda. Assim podemos chegar a uma plataforma de entendimento. Como vês não será por mim que as coisas no futuro não correrão bem."

De tarde a R., a tua educadora, mostrava-se bastante favorável à tua nova autonomia e fazia uma cara estranha quando lhe contei que a tua mãe queria que elas nos acenassem da janela para dizer que chegaste, e eu disse-lhe "Também acho que não era necessário, mas se a mãe assim fica mais descansada, porreiro, porque assim não deixa de vir sozinho e isso é que importa."

Reencontro

Ontem reencontrámos dois velhos amigos do Pai que vieram de longe.

Eram pessoas que faziam parte da nossa rotina quando eras pequeno, muito pequeno, há cerca de um ano atrás, ou talvez mais, rumaram ao estrangeiro e agora já não os víamos há uns bons meses, não recordo quantos porque não tenho um blog pessoal, apenas este que me ajuda a guardar momentos teus, nossos, meus mas sempre relacionados contigo.

A forma como abraçaste o J. quando o viste o aperto que empregaste, a força, o entusiasmo, deram-me a certeza de que por mais que as pessoas estejam longe de ti, quando gostas delas e elas de ti, tu recebe-as de braços abertos.

Foi bom ver aquele abraço.

Espero que em breve a zanga da separação dos teus pais não te impeçam de dar-me uns abraços daqueles.

Entretanto revi um casal que teve recentemnte um filho e voltei a sentir, olhando para eles que o mais triste da minha estória é a falta de reconhecimento da mãe pelo que fui para ti, até mesmo para ela, mas para ti isso, sim, entristece-me imenso.

quarta-feira, 2 de abril de 2008

Promessas

Há tempos prometi-me que, quando saísse de casa, teria de exteriorizar de alguma forma a minha eterna aliança contigo, a minha eterna aliança de amor contigo.

Nunca me imaginei a fazer uma tatuagem, nunca, mas hoje prometi que farei uma e mais contente fiquei quando tive esta conversa contigo há cerca de um mês, em dia que não posso precisar:

"O pai um dia vai fazer uma tatuagem."

"A sério pai? - com ar espantado.

"Sim!"

"E vais fazer daquelas que ficam na pele para sempre?" - sabes que há umas que ficam na pele para sempre, porque há um programa na TV que a mãe costuma ver e que tu já viste também alguns episódios, e há aquelas que tu próprio usas de decalque na pele que desaparecem com o banho.

"Sim filho vou fazer uma das que ficam na pele, aqui!" e indiquei-te o meu braço esquerdo. "E vou fazê-lo porque quero deixar na pele uma coisa que vai existir para sempre".

E vou fazer uma tatoo que consistirá numa aliança (ainda não sei bem como) no braço esquerdo, porque é o do coração, terá o teu nome e dois simbolos chineses, o do amor e o da eternidade.

Fiquei feliz por perceber que sabes que aquele tipo de tatuagens nos acompanha o resto da vida, porque ela será a minha exteriorização para ti e para o mundo que o meu amor por ti será eterno e me acompanhará para o resto da vida, no matter what!

Esperar

Esperar é uma virtude filho, por vezes temos de saber esperar.

O tempo, que por vezes nos parece fugir das mãos... o tempo, esse é o melhor meio de nos fazer um dia entender/perceber que tudo tem um tempo, tudo tem um ritmo, tudo um dia fará sentido, mesmo aquilo que hoje não reconhecemos nenhum.

27-03-2008


Fomos ao cinema ver "As crónicas de Spiderwick".

Viste o filme ao meu colo.

Ainda me ri com a tua auto-censura, de vez em quando a música levava-te a tapar os olhos, mas as cenas nem eram violentas, mas para quem tem ouvido para a música, como tu, a sonoridade da cena fazia-te temer a imagem.

A mãe e eu a dada altura questionámo-nos se fizemos bem em deixar-te ir ver o filme.

No fim acabaste por deixar de ver poucas cenas, uma cena que parecia inofensiva acabou por ser das mais violentas, quando o JARED, o herói espeta uma espada no PAI, que era o Ogre, o mau da fita, disfarçado de pai dele, o Ogre tinha a capacidade de assumir a forma que quisesse e disfarçou-se de Pai do Jared para ficar com o livro, mas o Jared apercebeu-se com uma resposta do "pai" que era o Ogre e tratou de o aviar.

Acabaste assim por ver uma das cenas mais violentas do filme, que motivou -n perguntas tuas depois do filme.

A noite passaste-a sem sonhos maus, os dias seguintes também o que a mim é representativo da tua maturidade precoce no que a filmes diz respeito.

Muitas vezes pergunto-me se não exageramos, mas o futuro o dirá.

O filme colocou-me a pensar também na fase que vivo, o Jared é uma criança cujos pais se acabaram de divorciar e muda de casa com a mãe e irmãos.

Não gostei do estereótipo transmitido no filme do pai que deixa a familia porque arranjou outra mulher.

Hoje separo-me, ou tento porque ainda não se consumou, ainda não encerrei este ciclo, não para ir ter com outra mulher, mas porque as coisas com a tua mãe não funcionam. Acredito que não serei o único caso, haverá muitos pais que deixam de viver com as mães por razões bem diferentes do encontro de um novo amor.

terça-feira, 1 de abril de 2008

Transportar emoções

Hoje os avós paternos rumaram a Cabo Verde onde vão ficar 20 dias. Quem me dera!

Este fim de semana disseste-me que um dia ias se fossem menos dias, mas também poderiam ser muitos dias se "a mãe ou o pai fossem, basta um e já não há problema" (sic).

Hoje a mãe, como trabalha em Lisboa, levou os avós para o aeoroporto e eu e tu ficámos sós.

Ia a rotina matinal a meio, diga-se sem qualquer stress, tudo alto astral, toca o telefone.

Calculei que fosse a mãe. Dito e feito, atendi, "bom dia", "sim está tudo bem com ele, estamos quase despachados", "ok vou passar-lhe o telefone"...

Oiço a conversa que tens com a mãe, perfeitamente normal, muito entretido também com os desenhos animados e de repente, como te é habitual quando não queres falar mais dizes-lhe "tchau!" e dás-me o telefone que trato de desligar.

Mal pouso o telefone... este de novo a tocar. A mãe..., atendo:

"Sim?!?"

"O D. estava a choramingar?"

Assim com ar de parvo "Como?"

"Pareceu-me que o D. estava a choramingar?"

"Ó S. o D. está bem não choramingou nada, não está triste, está bem, quando é que te convences que o puto não fica triste só por não te ver, quando é que te convences que o D. consegue viver bem sem ti? Que não precisa de ti a toda a hora?"

Do outro lado a mãe refilava porque ela dizia ter-te sentido choramingar e que estavas triste.

Malhar em ferro frio de nada serviu, e lá te passei o telefone para que vocês falassem:

"D. estás triste?"

"Não!"

"D. tu quando falaste há pouco com a mãe não choramingaste?"

"Não!"

E, provavelmente mais triste porque tu não estavas triste por sentires falta dela, lá se despediu de ti de novo.

Relembro neste episódio as vezes em que ficavas só comigo e a mãe estava sempre muito preocupada que estivesses muito triste por não a veres... que pena que tenho que ela não possa ser mosca para ver que a tristeza é apenas dela, a choraminguisse é apenas dela, que a dependência é dela, não tua.

Será assim tão dificil aceitar que tu consigas estar com outras pessoas, nem falo comigo, com outras pessoas que não nós sem que isso seja sinónimo de te sentires triste, angustiado, abandonado...

O amor não é dependência, será que a mãe algum dia vai perceber isto? Provavelmente é melhor nem perceber, porque se um dia perceber acho que a ruína dela não será apenas a dos seus ideiais de relacionamento.