quarta-feira, 30 de julho de 2008

...

Perante o ar consternado que exibes à refeição e face à insistência de que digas o que tens, respondes que se deve ao facto dos teus pais estarem separados o que te deixa triste e com uma dor.

Perante o ar confiante e a explicação de que os teus pais te continuam a amar e a estar presentes para ti, respondes que não sabemos o que é isso de ter os pais separados e que dói muito.

Perante o silêncio dizes:

"Sabes tenho uma dor tão grande como a dor que se tem quando se morre!"

Perante isto dou-te o meu silêncio, o meu colo, a minha compreensão, respondo-te aqui que a minha dor, que não descrevo como a que se sente quando se morre, é muito similar à morte de um amor, e, essa morte já a senti várias vezes!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Update

Ligo-te, dizes-me que o dia foi bom, que estás cansado e depois perguntas-me que horas são:

"Dez para as dez", respondo e acrescento "porquê, está na hora de ir dormir?"

"Não, eu vou tomar banho na piscina à meia-noite!"

Ligaste-me

- "Estou?"

- "Estou, pai, é para te dizer que a mãe já me comprou uma prancha e por isso não precisas de comprar"

- "Ok. Obrigado por me avisares assim escuso de comprar..." - tinha ficado de comprar uma prancha para ti para depois usarmos no Algarve, logo aí que ondas são raras, mas isso é outro assunto.

- "Sabes a prancha é do Wrestling..."

- "Ena pá do wrestling..." - com voz de quem diz, tinha logo de ser desses caramelos. Entre a tua boa disposição dizes:

- "Sabes pai tenho mesmo sangue de surfista?"

- "Ai é, então porquê?"

- "Porque a mãe comprou a prancha hoje, mas eu já sei virar... Já sei virar pai!"

- "Ai é?"

- "Que barulho é esse?" - dizes enquanto o meu telefone do escritório toca...

- "O telefone do pai. Agora tenho de ir depois ligo-te à noite, diverte-te..."

- "Ok, beijinhos."

- "Beijinhos"

domingo, 27 de julho de 2008

E foste...

... de férias com a mãe.

Esta semana pernoitaste comigo 2ª-feira, 3ª-feira, 5ª-feira, 6ª-feira e Sábado.

Entre o meu aniversário e o teu pedido de ires dormir comigo logo na 5ª-feira fizeram com que passasses mais tempo comigo.

A mãe terminou o curso ontem, Sábado, e vai agora ter o merecido descanso contigo.

Sexta-feira fomos ao cinema e não evitei dormitar parte do filme, confessei-te também que o filme me decepcionou, esperava melhor.

Depois de jantarmos no Alentejano do Rio Sul, lasanha de salmão e legumes, rumámos à casa da C., onde o pai queria ir ver a L.

Chegados lá estivémos uns 15 minutos a lutar na rua com os Bionicle da Lego, a fazer tempo. O L. e a L. estavam com a C. e o primo M., tinham ido ao clube de video e traziam 3 filmes, dois dos quais para vocês crianças.

Então lá tiveste mais duas sessões de cinema, "A casa assombrada" e o "ScobyDoo 2". Saímos de lá eram 01H15.

Enquanto tu te entretinhas com os pequenos a ver os filmes, o pai falava com a L. e esta abria o coração cheio de dor, tristeza e mágoa. Mais uma relação em que a comunicação não funciona, e pai pensou nos paradoxos da vida, nas incongruências que ela tanta vezes nos revela. Enfim, valeu pela partilha.

Sábado tivémos manhã no parque infantil de Paio Pires, com gelado de seguida, voltámos a casa e fui fazer o almoço enquanto estreavas o jogo do HULK.

Pela primeira vez fiz salsichas com couve lombarda... era a mãe que costumava fazer, a minha estava muito boa, tu adoraste, a couve lombarda era da horta do avô R., pelo que ligámos a agradecer as belas folhas de couve que comemos. Também fiz uma carne à bolonhesa para a noite.

De tarde fomos à praia, foi muito agradável, onde pela primeira vez fizeste defesas dentro de água, e depois regressámos para tomar banho juntos.

Quer no caminho da praia, quer no caminho de casa, estiveste sempre muito próximo de dormir, mas não o fizeste. Assim, logo após o jogo do Sporting, que disseste querer ver, foste para a cama e quando acabei de ler a estória reparei que a minha assistência se perdera algures nas páginas do Tarzan.

Acordaste hoje bem disposto, ouvi-te e fui ter contigo à cama, mas quando cheguei estavas de olhos fechados e destapado. Tapei-te, dei-te uma festa, um beijo e fui tratar de arranjar as coisas para o pequeno-almoço, quando dei por mim estavas a pé à minha procura, quando me viste sorriste e disseste "Estava a fingir". Encheste-me num abraço e os votos de bom dia foram expressos mutuamente.

Soubeste a que horas ias, que a mãe te vinha apanhar à nossa casa e, após as séries televisivas que passam até aos Power Rangers Mystic Force, passámos a manhã a brincar. Verdade que ainda fizemos uma missão reciclagem sem vidro o que motivou alguma decepção...

Agora deves ir a caminho do Algarve, espero que faças boa viagem e que te divirtas.

Boas férias.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

E hoje vamos ver isto

E o meu desejo é o de não adormecer...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Em férias - 03

Nestas férias os meus pais permitiram que tu mantivesses contacto com a tua familia alargada, assim receberam no Alentejo uma tia da mãe, que aliás eu sempre prezei, e com ela os seus dois filhos, o primo A. que tu adoras e a irmã, a S. que se queixa de tu não quereres brincar com ela.

Aqui fica o registo com a avó A. na foto também.




Diz a avó A. que passaste o tempo dentro de água, a sair e a entrar, ao ponto da pele da planta de um dos pés ter literalmente desaparecido, ela é que disse, o que fez com que tivesses de andar de pomada e meias no dia seguinte para ires ao Monte Selvagem.

Incerteza

Hoje a mãe está prestes a encerrar o curso da sua, esperemos, nova profissão.

Hoje a mãe tem um exame que deve ser mais um pró-forma do que qualquer coisa, porque já falaram com ela como uma das pessoas que será colocada.

Hoje fico contente por ela, porque ela se sentirá mais realizada profissionalmente e porque a nova profissão também permitirá que a mãe tenha mais rendimento disponível o que será bom para vocês.

Hoje aproxima-se o dia em que vou saber, depois da mãe claro, em que raio de sítio vai ela ser colocada... se há algumas hipóteses de ela ficar por aqui ou se na realidade, o que é mais provável, a mãe seja colocada longe, em Mértola!

Hoje apertasse-me o estômago ao pensar que se ela for para Mértola ou outro qualquer local distante as próximas sessões de mediação familiar vão ser mais animadas...

Acho que o teu interesse poderá ser não acompanhares a mãe nessa mudança de vida, mais a mais porque a colocação poderá ou será por tempo indeterminado, mas que se prevê curto e, a não ser que a mãe queira mudar de sítio para fazer a sua vida, se quiser continuar por aqui, eu considero que o ires fará com que percas tudo menos a companhia da mãe durante a semana, perdes os colegas de colégio, perdes a familia alargada, perdes os amigos... e percebi nos mediadores que eles tentaram alertar a mãe para tal...

No fundo espero que as notícias sejam de que ela ficou na zona para assim não termos de decidir como será... por nós, por mim, mas sobretudo por ti, espero que o futuro nos reserve boas notícias como aquela de que a mãe será uma das pessoas que passa o curso e acede a uma nova profissão.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

A origem do mundo ou então das religiões...

Tu resolveste a coisa de forma simples, como aliás as crianças sempre fazem... sim os adultos habitualmente gostam mesmo é de complicar o que é simples.

Dissertavam os restantes convivas sobre a idade do pai, sobre as árvores genealógicas, que por vezes, senão a maioria, não têm lógica nenhuma, quando tu calmamente me chamas a atenção e dizes:

"Houve um primeiro homem. Esse primeiro homem teve filhos, e depois estes tiveram filhos, e mais filhos, e mais filhos e filhos, e filhos, e filhos e foi assim que o mundo ficou cheio de gente!"

"Muito bem filho, é uma possibilidade sim senhora que tudo tenha começado assim." - respondi de sorriso na boca orgulhoso pelo teu raciocínio limpo.

Perante a tua lógica simplista e correcta levantou-se o adamastor da dúvida que falou na pessoa do meu irmão, o teu padrinho J.

"Então e de onde é que veio esse primeiro homem, antes desse homem não houve um homem e uma mulher, como é que apareceram esses dois primeiros?" - falou o adamastor.

Encolhidos os ombros em sinal de dúvida, não te deixaste ficar pelo temor ao adamastor e no meio das tuas dúvidas respondeste com a justificação que é muleta de muita gente... disseste tu:

"Foi Deus..."

Em férias - 02

O avô R. descobriu uma forma de te entreter original, muito original, fazer puzzles com as cascas das melancias...

Depois consta que era ao gosto do freguês,"Quero um puzzle com três peças, fácil!"

"Quero um puzzle dificil, com... seis peças!"

E assim se entretem e estimula uma criança.

Em férias - 01

Quando estiveste no Alentejo foste visitado pela prima J. e pelo primo G., com eles foste ao Monte Selvagem, depois desse árduo passeio, á descansaram em condições dignas de registo, e em bom tempo o avô R. o fez.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Fui apanhar-te

O encontro estava marcado há muito, sexta-feira perguntaste-me telefonicamente se ia para o Alentejo naquele dia ou só no sábado. Respondi-te que iria de manhã, que iria tentar ir cedo mas, que dependia das horas a que me deitasse.

Disse-te que uma coisa te podia prometer, que iríamos dar um mergulho juntos antes do almoço.

Sábado pelas 10H00 quando me ia fazer à estrada o telefone toca, era a minha mãe a querer saber de mim, se estava demorado, a dizer-me que tu estavas aborrecido e triste porque ainda não estava lá.

Pedi para a avó te relembrar a nossa conversa e aquilo que ficara acordado, que iria dar megulho contigo antes de almoço.

O "teu" telefonema teve um efeito, já não fui pela estrada nacional em ritmo de poupança, fui pela auto-estrada em regime de "estás mesmo a pedi-las", verdade filho depois de entrar na A6 acho que só quando algum imbecil que não se apercebia da velocidade a que o teu pai ia, fez com que o carro do pai baixasse da linda velocidade de 200 kms/h.

Saído da auto-estrada segui em ritmo "normal", e em bom tempo o fiz porque a Brigada de Trânsito estava a controlar a velocidade... que sorte, e em 50 minutos estava ao pé de ti.

Estava a entrar na zona da "garagem" quando tu vens de sorriso aberto, colocas as duas mãos no vidro, um pouco a cima da cabeça, como se estivesses para ser revistado, mas ali permaneces a querer entrar... peço-te para te afastares para abrir a porta e mal o faço tratas de me saltar para o colo onde nos saciámos num grande abraço.

Sabe tão bem reencontrar-te...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ao telefone

Eis que agora te ligo todos os dias.

Umas vezes falas pelos cotovelos, que até te atrapalhas para dizer o que fazes, outras há em que pergunto o que fizeste e a resposta é "nada".

Mas, seja como for, houve uma grande mutação nos telefonemas, antes despachavas-me, parecias nada entusiasmado com o meu contacto, agora é o inverso ao ponto de ontem a dada altura me teres dito que estavas a comer o primeiro prato, ou seja que jantavas, e eu te tivesse dito,

"Então se calhar é melhor ires jantar?"

"Não pai, podes falar comigo o tempo que te apetecer..."

Estupefacção!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Notícias e sensibilidade infantil

Liguei-te agora para saber de ti, não estavas, estava apenas a tua bisavó B. que me deu um relato curioso do que sucedia:

"O teu filho é um homem, anda sempre com o teu pai dum lado para o outro (...) andou a ajudar a amanhar os alhos, as cebolas (...) ontem nem jantou, foi dormir antes de jantar do cansado que estava (...) o teu filho anda a banhar com os avós, andam todos os três na piscina (...) o teu filho está muito preto (...) foram agora a Arraiolos passear, semeou girassóis - umas sementes que a mãe te deu para plantares"

No meio de tanta descrição a dada altura a minha avó, tua bisavó, muda de voz, o que significa que lá vem tema sensível e diz:

"Sabes ontem o D. a dada altura estava assim com um ar pensativo e disse <A minha avó R. nunca me dá um carinho> já viste a ideia do teu filho."

Interrompi-a e disse-lhe que não era assim, e não é, que de facto a avó materna era mais fria, mas que ainda assim te acarinhava e que esse tipo de afirmações não deviam de ser valorizadas, porque não eram bem assim.

Interrompe-me a minha avó para dizer algo que é verdade "possivelmente ela não brinca com ele como faz a tua mãe...", pois, deve ser isso, sim...

Entretanto penso no que a tua avó materna provocou na educação para as emoções à tua mãe e como isso se reflectiu na minha relação com ela, também na relação dela contigo, mas aqui sem grandes efeitos negativos sobretudo porque não me coibi de destruir a relação com ela para que os excessos não se tornassem o pão de cada dia.

Acho que perdi a questão, mas imagino que cada zanga que comprei ao dizer que as coisas eram excessvas por parte dela valeram a pena por ti, pelo que és. Verdade também que sempre disse que para excessos prefiro os de acção do que os de omissão.

Por outro lado dizer que constato sempre, provavelmente porque sempre estive atento a, que é extraordinária a sensibilidade infantil, em termos gerais, não só a tua...

Depois de me contar mais -n estórias de ti passou para o tema das dores e médicos, quando ao fim de 12 minutos de conversa quis desligar, estilo "já chega avó que tenho de trabalhar" acrescentou:

"Só queria que tu o visses sem que ele te visse!"

Também eu.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Novidades das férias

Ligo-te e super rápido dizes que está tudo bem, perguntas-me como é que eu estou, o que tenho feito, respondo-te, pergunto-te se há alguma novidade para além da tosse que te oiço, e dizes-me hiper entusiasmado:

"Pai tomei banho na piscina à noite, foi muito bom".

Despachas-me para o meu pai, para a minha avó e tu bens sempre de seguida a perguntar por mim e a reafimar que está tudo bem.

Perante tanta insistência em que tudo está bem das duas uma, ou estás mesmo bem ou então levaste uma lavagem cerebral dos avós para dizeres que está tudo bem! :-)

O que será que foi, será que ainda te lembras?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Férias

Hoje começa a tua semana de férias com os meus pais.

Fui encontrar-te junto da casa do avô materno onde me esperavas de mala feita.

Encontrei-te tão bonito e com um sorriso tão forte, foi o meu primeiro sorriso do dia, hoje abraçar-te foi diferente para mim, hoje abracei-te de forma diferente, vi-te de forma diferente, senti-te de forma diferente... mas não és tu que estás diferente, tu estavas igual a ti próprio, sorriso lindo, calções caqui, t-shirt azul, ambas peças que te comprei, e estavas de óculos de sol.

Estavas lindo, muito bonito mesmo...

E vais de férias com os meus pais, vais divertir-te e isso é bom, muito bom mesmo.

Eu..., eu vou ficar por aqui a ver se endireito a minha vida profissional e se organizo a minha alma porque as coisas não estão bem com o teu pai, por isso hoje vi-te diferente, tu não estavas diferente, mas eu estava...

E talvez porque me sentiste diferente agarraste-me o bolço das calças quando me ia embora depois de me despedir de ti...

Surpresa e riso...

Hoje ao almoço, perante o entornar da água de um copo, olhas-me surpreso, sorris e declaras:

"O meu pai ainda faz asneiras!"

Sorri e respondi-te que não era perfeito, longe disso, e que asneiras também as faço. Felizmente não sabes de todas!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Primeiro estranha-se, depois entranha-se

Há coisas D. que estranhamos inicialmente por elas não fazerem parte dos nossos hábitos, daquilo que fomos sendo.

Uma coisa que mais me custou quando saíste da nossa casa não foi ver as gavetas do teu roupeiro vazias, ou o quarto sem os teus brinquedos preferidos, curiosamente o que mais estranhei foi ver o frigorífico "despido".

Verdade, eu que inicialmente achava ridículo o frigorífico estar apinhado de papéis passei a ter aquela circunstância como normal, sobretudo porque o frigorífico tinha os teus desenhos, o agendamento das tuas actividades futuras.

Olhar para o frigorífico vazio foi das coisas que mais mexeu comigo.

Felizmente hoje já lá proliferam oa teus desenhos, um connosco de mão dada e a sorrir, ambos. E um sem fim de coisas que vestem o frigorífico de novo.

Ele há coisas assim, que se estranham, mas depois se entranham.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mil mergulhos

Na terça-feira tínhas-me dito que tinhas dado 20 mergulhos, ontem perguntei-te,

"Então quantos mergulhos deste hoje? Muitos?"

"Mil!"

"Mil mergulhos?!? Isso é muito?"

"Não é, porque mergulhava, saía, mergulhava, saía, mergulhava, saía, mergulhava, saía, mergulhava, saía..."

"Então a água devia estar uma maravilha..." interrompi-te eu.

"A água estava gelada!"

"Olha se tivesse quente..." disse-te sorrindo.

Parabéns

Hoje estás de parabéns.

Bem vistas as coisas estás de parabéns desde o início da semana.

Porquê?

Simples, passaste a dormir sem o dedo na boca, deixaste de chuchar no dedo.

Ontem foi a prmeira noite em que na nossa casa dormiste sem dedo na boca, agarrado ao teu cão, mas sem chuchar no dedo.

E foi tiro e queda, também estavas cansado da praia, do filme, da brincadeira com os primos, dormiste muito bem, acordaste a meio da noite para beber água e acordaste de manhã bem disposto.
Chegámos a tempo, com os teus colegas ainda dentro da sala, estamos os dois de parabéns por isso também.

E hoje temos o aniversário da mãe da C. a L., que acabou de me ligar para nos convidar a ir apagar as velas e comer uma atia de bolo.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

E o nosso destino hoje é...

Há semanas que o esperávamos.

E vamos acompanhados dos primos P. e G., e claro o teu amigo B.


Praia

Agora fazes a famosa quinzena de praia com o Colégio, por isso as rotinas estão um pouco alteradas.

De manhã a mãe deixa-te comigo, tomas o pequeno almoço, metemos o protector e levo-te ao colégio.

Chegas pelo meio-dia e esta semana os avós paternos são os responsáveis por te apanhar no colégio, dar-te banho e almoço até que a mãe ou eu te apanhemos em casa. Para a semana serão os avós maternos, ou melhor, o avô marno a desempenhar esse papel.

De manhã é sempre uma aventura, primeiro dia apanhámos os teus colegas a sair da sala para irem para a camioneta, terça-feira batemos à porta do autocarro que ia a sair para a praia, foi estilo filme, no último instante consgui entregar-te, ontem, estavam a meio caminho entre a sala e a camioneta, hoje já estavam a entrar na camioneta.

Hoje íamos mais atrasados do que ontem porque chegaste à nossa casa mais tarde, e perguntavas-me:

"Falta quanto tempo?"

"Dois minutos."

"E vamos conseguir?"

"Sim, acho que sim, vamos chegar depois da hora, mas antes dos teus colegas saírem... e falta um minuto"

"Oh, não! Já não vamos conseguir chegar..."

"Porquê?"

"Porque um minuto passa muito depressa..."

"Verdade, mas chegaremos antes deles partirem, por isso podes ficar descansado."

E chegámos, hein!?!