sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

Vamos aos CTT

Daqui a pouco vamos aos correios entregar esta carta

"OLÁ BISAVÓ,

HOJE VOU COM O MEU PAI AOS CORREIOS MANDAR ESTA CARTA PARA SI.

O MEU PAI AJUDOU-ME A ESCREVER A CARTA QUE SERÁ A PRIMEIRA DE MUITAS QUE ESPERO PODER TROCAR COM AS AVÓS. SE ME QUISEREM ESCREVER A MINHA MORADA É: ---.

AGORA MANDO UM GRANDE ABRAÇO E MUITOS BEIJINHOS."

Depois assinas tu, que já o sabes, e antevejo telefonemas chorosos para a semana.

Ele há promenores filho que por vezes são promaiores, ou então, na versão mais corrente, há pequenos gestos que valem mais do que mil palavras

O responsável pelas ofensas ao avô


Fantoches

Ontem ao jantar levaste o teu fantoche do danoninho e então decidiste no final do jantar interagir com o avô, fazendo a voz do fantoche. A dada altura o danoninho disse para o avô:

"És um tó-tó do camandro!"

Eu olhei para ti chamei-te e calmamente disse-te,

"D., isso não, não se falta ao respeito ao avô nem a brincar, podes brincar mas não assim, está bem?"

Ok, disse a tua cabeça com os avós a manifestarem logo que não fazia mal ao que a mãe disse,

"Não, faz mal sim! O D. tem de aprender que há limites e que não se ofendem as pessoas. Não gostavas que te chamassem tó-tó pois não?"

A tua cabeça respondeu que não e eu acrescentei,

"A coisa é simples, ele tem de perceber que uma coisa são as conversas de colégio com os amigos em que, aí, ele que se entenda com os outros, outra coisa é com as pessoas de familia que lhes deve respeito".

Ambiente serenado e tudo sintonizado, decidiste mudar o texto da interpelação ao avô Z.:

"És um PUM do camandro!"

Epá não há educador que resista, eu ainda virei a cara a tentar disfarçar o indisfarçável, mas a mãe nem se conteve e soltou uma valente gargalhada, claro que depois lá explicámos que aquele termo também não era ajustado, mas antes merecemos aquela gargalhada, ai pois merecemos.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Regresso ao passado

De vez em quando gosto de vasculhar o passado, o meu o teu, o de amigos, enfim espreitar como foi para perceber porque sou assim, no fundo este Blog também é isso, é um manancial de recordações que hoje pouco são, amanhã serão óptimas formas de recordar tantos momentos que aqui vou debitando.

Eis o que descobri num mail que troquei em 31 de Março de 2004, escrevi então:

"O puto já fala, diz:

  1. Água (a q diz com maior perfeição)
  2. Mamã
  3. Pa (pai)
  4. Pápa (morfes)
  5. Dá (do verbo dar...)
  6. Nana (banana)
  7. tata (às vezes com o -ba, para dizer imagina só batata)
  8. Bruummm (os carros, motos e afins q se desloquem)
  9. Gá (Gato/a)

Acho q é a lista definitiva do dicionário de D.élês (edições em constante actualização)."

Eu tinha ideia de que começaste a falar cedo, mas em Março de 2004 ainda não tinhas um ano e já tinhas este dicionário. Porra!! É que nem tinha ideia...!

Ah! como gosto deste Blog.

Aliás neste momento lembrei-me que recordo, como se fosse ontem, os dados do teu nascimento, altura 52 cms, peso 3,775 kgs, e nestas coisas que os homens têm fama de nunca saber eu sei-o desde essa altura. Um dia a mãe teimava comigo que eram 3,755 kgs e eu disse-lhe que eram "75" e não "55", eu sei que eram só 20 grs, mas depois de ir ver o papel lá me deu o crédito... é que posso esquecer-me de muita coisa, ser despassarado, mas de ti... jamais!

Desejo póstumo

"Quando eu morrer metes os meus bonecos assim, todos abraçados, uns aos outros, ao pé de mim." - disseste enquanto me mostravas dois bonecos abraçados.

Ante a surpresa, respondi:

"Mas tu não vais morrer!"

"Vou, vou e se acontecer faz isso está bem!"

"Quando morreres já serás muito velhinho e eu já não estarei cá."

"Sim mas às vezes há doenças e assim..."

"Se estiveres doente tomas os medicamentos e ficas bom!"

Sem resposta... porreiro. Chiça que estava dificil debelar o teu pensamento e a minha dor de pensar na tua morte antes de mim.

Com isto lembrei-me que há dias pensei que, neste momento, há apenas duas pessoas que não quero ver morrer de todo, o meu irmão, o padrinho J., e tu!

Se tiverem de me conceder algum desejo, basta este!

"Temos de cortar a franja"

"Não, porque eu e o pai vamos fazer um rabo de cavalo para eu levar para o colégio" - respondeste de imediato à mãe a uma proposta desta para te ir cortar o cabelo.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Mau presságio

Ontem fui apanhar-te ao colégio, a mãe ficou a trabalhar no turno da tarde por ter de ir à segunda fase do concurso para o novo emprego.

Quando cheguei andavam todos no recreio a brincar.

Tentei encontrar-te para ver como andavas a interagir com os demais, ver-vos brincar sem que vocês nos vejam é delicioso... mas, desta vez, não te via.

Por essa razão, fui-me aproximando de locais onde eu seria visível aos demais colegas. Por essa altura vi-te acompanhado de mais três rapazes debaixo de uma estrutura que ali existe para brincarem.

Quando os teus colegas me viram desataram a dizer, qual vigilantes de um bairro manhoso que vê a polícia chegar, "Olha o teu pai D., olha o teu pai!"

Fiz um compasso de espera na expectativa de que saísses de lá, como aliás é frequente fazeres, e desatasses a correr direito a mim de braços estendidos... (como é bom quando o fazes)

Mas não!

Permaneceste imóvel, vi-te baixar a cabeça, por as mãos nos olhos e no mesmo instante os teus colegas gritaram-me "O D. está a chorar, o D. está a chorar!"

Lá fui calmamente ter contigo e quando cheguei percebi o que se passava:

"Eu queria a mãe. Eu queria a mãe. Eu tenho saudades da mãe..." e entre as afirmações o choro, próximo do da birra, mas diferente, um choro de lamento, um choro de dor emcional.

Fiquei pequenino, mais do que tu... o meu coração ficou esmagado e senti ali que esta ia ser a dor que muitas vezes irias viver e que muitas vezes te irei provocar.

Enchi-me de amor inspirando o maior número de ar possível e tentei fazer-te sentir que eras amado, fazer-te crer que a mãe continuava a gostar de ti, que apenas teve de trabalhar à tarde, que apesar de não estar ali ela te amava.

Depois, perguntei-te se te podia abraçar, disseste que sim.

Abracei-te e quis ali mostrar-te que mesmo sem mãe és amado, seja por mim, seja por ela.

Depois estiveste bem, muito bem mesmo como é habitual, divertimo-nos até irmos apanhar a mãe ao trabalho mas, em mim ficou uma dor, uma tristeza, que apesar de não abalar a minha harmonia com as decisões que vou tomando no dia-a-dia, me fizeram sentir tão pequeno.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

As dificuldades...

...fazem-nos crescer, conhecer-nos e quando são superadas dão-nos prazer.

O teu sorriso no final desta caminhada fez-te sorrir.

Que tenhas a coragem de nunca desistir de enfrentar as dunas da vida e que a final possas sorrir.

Pequenas, várias

Ontem almoçámos com a C.

Depois de almoço fomos à Costa, onde fomos conhecer o parque do INATEL, nunca lá tinhamos estado.

Chegaste a dormir mas, quando te apercebeste que era para um parque que íamos, quiseste levantar-te e lá me fizeste voltar com a cadeirinha para o carro, cadeira que está pequena para o teu tamanho, já sobram pernas, cabeça e braços... :)

Depois de brincarmos um pouco fomos ver o mar, subimos uma duna muito íngreme, facto que te divertiu imenso. Depois estivémos a ver o mar, a apanhar uns borrifos de mar e retornámos ao parque onde brincaste mais um pouco.

Entre estes momentos bem vividos ficaram-me dois:

  1. No parque enquanto saltavas de uma diversão disseste à C., "Eu sou o Luke Skywalker." e ela não se ficando atrás disparou um "E eu sou um dinóssauro!"
  2. Andavas com uma pedra na mão que a C. queria, a mãe dela a L. disse-lhe "Deixa estar a pedra com o D. que a Pedra é dele!" e a C. mais uma vez teve resposta, "Não é não, a pedra é da rua!"

Ambiente na deslocação...

Enquanto nos deslocávamos de carro para ir almoçar pediste para ouvir Ricardo Azevedo.

Lá carreguei no CD pretendido e, depois da primeira música estar a tocar, a melodia calma e relaxante ecoava nas nossas cabeças, pelo que, disseste:

"Podes tirar essa música... senão eu deixo-me de dormir!"

Novas tecnologias

Desde que descobri que se escrever um sms no telemóvel e depois não o enviar ele fica guardado na caixa dos rascunhos, uso este método para usar mais tarde as frases ou os momentos que me deixaste no espírito.

A mãe devia de andar a pensar que eu andava a trocar sms com alguém, mas ontem percebeu que não, ainda não sabe é que uso aqueles sms para consrtuir este espaço.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Comentário ao aniversário

"É lecas! Já tem muitos anos..."

Disseste tu a respeito dos 79 anos que a bisavó B. fez hoje.

Adeus pai

Hoje de manhã, quando acompanhava um cliente meu no seu carro, apercebi-me de uma sonoridade... bastaram os primeiros acordes e a música dos Delfins que pertence à banda sonora do filme que titula esta lembrança veio-me à cabeça.

O filme trata, do que me lembro, da fantasia de uma criança a passar bons momentos com o seu Pai, uma fantasia que depois se descobre ter origem no facto do pai mal acompanhar o seu filho no dia-a-dia, por ser um pai ausente.

Recordo-me de ir ver o filme ao cinema, era adolescente.

Hoje recordei o sofrimento, a tristeza que senti ao ver aquele filme, ao perceber que tudo se devia a uma coisa simples, a ausência de um pai.

Por mais que me digam que um pai deve acompanhar o seu filho o resto da vida ao lado da mãe, soube por experiência, e verifico todos os dias noutros casos, que não é por os pais continuarem juntos que os filhos são melhor acomapnhados, de igual modo não é porque os pais se separam que os pais (pai ou mãe) são menos ou mais presentes.

No fundo é uma decisão interior do progenitor ou é uma capacidade de mostrar ao filho que ele é amado, acima de tudo e sem condicionalismos.

Quando vi aquele filme possivelmente fui marcado por este desejo que tenho de ser um pai presente. Não consigo conceber a minha paternidade de outra forma. Acho que o sou, mesmo quando por vezes me dizem que não.

Hoje, fluiu em mim o sentimento de que o único objectivo presente é fazer-te sentir, todos os dias, que te amo e que estarei sempre ao teu lado para dizer "presente!", mesmo nos dias em que possamos não nos ver.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Os teus cognomes

Habitualmente chamo-te de:

  1. Pilas (o mais frequente);
  2. Cabecinha d'oiro (habitualmente seguido de uma festa na mesma).

Papa-restos

É o meu cognome lá em casa, fruto de tratar de comer o que deixas no prato para que não se estrague a comida.

Felizmente exerço a actividade com conta peso e medida, razão pela qual estas duas se mantêm mais ou menos inalteradas.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Surpresa

Chegaste a casa e fizeste a rotina habitual, antes de entrarmos em casa, ver se há correio...

E havia.

E sorriste.

E recebeste o primeiro postal da tua vida.

De Dublin...

Reencontro...

Entrei na casa dos meus pais, já depois da hora de jantar, ansioso por te ver, mas receoso pela reacção. No fundo eu estava a prevenir o meu ser para que, em vez de um abraço e um beijo, me recebesses aborrecido/zangado.

Quando entrei vi-te a manga do casado debaixo da mesa, os avós a rirem e a minha mãe disse-me, "O D. está na casa de banho."

Pensei, OK, queres brincadeira significa que não estás aborrecido.

Depois lá entrei na brincadeira até a dado momento dizer, "olha o D. está aqui debaixo".

Saíste debaixo da mesa e eu recebi-te de cócaras, abraçaste-me, agarraste-me, com força, com ansia, a mesma que eu tinha de te rever, querias subir-me para o colo e quase caía com o teu peso... que bom.

Apertei-te envolvendo-te com os meus braços entregando-te toda a minha energia positiva, todo o meu amor, disse-te o quanto tinha saudades de ti, disse-te também que te amava.

Depois, depois quiseste ficar no meu colo enquanto eu comia, quiseste ir atrás de mim até à cozinha, como tu dizias "não quero que vás embora outra vez".

Descansei-te, disse-te que não te preocupasses que mesmo que eu fosse embora lembrava-me sempre muito de ti, que te amava na mesma.

Depois disseste à mãe que um dia querias ir com o pai viajar.

E eu disse-te está bem, "um dia vamos os dois passear de avião, se a mãe deixar vamos só os dois, mas temos de ir pouco tempo para a mãe não ficar cheia de saudades".

"Não, quero ir muitos dias, muitos..." - replicaste tu.

"Depois vemos isso mais tarde" - respondeu a mãe."

Quase ao sair da casa dos avós, e enquanto estava de cócaras a pôr o fecho do casaco, disse-te:

"Vês filho foi ou não foi como o pai te escreveu, que iamos estar longe mas nos íamos lembrar um do outro, e que, quando eu chegasse, estaríamos na mesma e a continuar a gostarmos um do outro?"

A resposta veio em forma de um abraço apertado com a tua cabeça ao lado do meu ouvido a dizer:

"Sim pai, mas tinha saudades de falar assim ao pé um do outro!"

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Chegada

Cheguei com o pensamento disperso entre ti e os meus futuros vôos, apenas a certeza do sítio onde quero ir e sobretudo a certeza eterna do quanto te amo.

Dou por mim a pensar se farei bem em adiar o prazer de te rever.

Cheguei cedo, mas só devo ver-te depois de jantar, isto porque vou acompanhar a mãe numa mini-cirurgia.

Pergunto-me se não deveria já ter-te procurado...

Pergunto-me ainda se me receberás de braços abertos e me permitirás abraçar-te...

Se conseguirei demonstrar que, apesar de ter estado fora, continuo o mesmo e continuo a sentir por ti o mesmo, Amor!

Das tuas presenças em Dublin

Das muitas que me fizeram lembrar-te, enumero estas:

  1. Quando cheguei tratei de ir comprar um postal para te enviar, também enviei um aos meus pais e um à avó B., do Alentejo;
  2. Primeira conversa telefónica estavas chateado comigo, falaste pouco, uns quantos "sim!" e pouco mais, deixaste-me com o sentimento de pequenez, de incapacidade de alterar o teu humor;
  3. Segunda conversa telefónica, sábado de manhã, estavas ocupado a jogar computador, lá disseste que dormiste bem e pouco mais;
  4. Terceira conversa telefónica para te desejar sonhos cor de rosa;
  5. Quarta conversa telefónica, domingo, estavas contente e animado por estares num restaurante a que adoras ir, acrescentaste que te tinha saído um boneco do Indiana Jones;
  6. Cada jardim público tem um parque infantil, pelo que, andar num jardim equivalia a lembrar-me de ti e a desejar estar a partilhar aquele espaço contigo.
  7. Descobri um bar/restaurante do capitão-américa que me fez relembrar todas as aventuras que criamos juntos.

Partida

Meu filho, habitualmente das viagens de avião gosto de duas partes, levantar vôo e aterrar.

São esses os únicos momentos em que se "sente" o avião.

Gosto particularmente do acelerar dos motores do avião, transmitem-me prazer, gosto de sentir aquele empurrão de força e sentir que se inicia o vôo.

Desta vez, quando parti, enquanto os motores aceleravam, o avião ganhava velocidade e depois se erguia nos céus, para seguir o seu caminho, os meus olhos turvaram-se de lágrimas.

Materializava-se ali, em poucos segundos, o sentimento de que para seguir o meu caminho tenho de levantar vôo e deixar-te.

Por muito que saiba e sinta que vou ter de voar, partir... partir fez-me chorar.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

A primeira carta que te enviei

Para ti aos 14 de Fevereiro de 2008.

Meu querido e amado filho,

Estou certo de que hoje, quando leres a carta, não esperavas esta surpresa.

Lembraste de me pedir uma carta? Ei-la!

Talvez pensasses que me tinha esquecido, por vezes os adultos ou os pais parece que se esquecem dos pedidos dos filhos mas, habitualmente, os pais não se esquecem dos filhos, sobretudo quando são como os teus, sempre atentos à tua pessoa e desejosos de te ver feliz.

Assim como parece que os pais se esquecem das coisas que as crianças pedem, porque não vão a correr fazê-las, às vezes os filhos têm medo que os pais se esqueçam delas quando não estão com elas.

Este fim de semana passá-lo-às com a mãe, eu estarei esse tempo todo longe de ti, mas não me esqueço de ti, como nunca me esquecerei de ti. Aliás, se há coisa que posso escrever agora para adivinhar o que sinto quando ouves as minhas palavras é que hoje (quando ouves as minhas palavras) já me lembrei de ti imensas vezes.

Arrisco dizer que é quando estamos longe de quem amamos que mais vezes nos lembramos deles, bom não estou a dizer que não me lembro de ti todos os dias, como também não digo que seja bom estar longe de ti, não, o que digo é que quando estamos longe das pessoas lembramo-nos mais vezes delas.

Desta vez vim passear sozinho, sem ti e sem a mãe, gostava mais que estivéssemos todos juntos ou que estivessemos os dois a passear mas, desta vez, o pai precisava de um pouco de tempo para ele, compreenderás isso, mais ainda quando na segunda-feira eu regressar e tu verificares que o teu Pai continuará a ser o mesmo e a amar-te com a mesma intensidade.

Sabes onde estou no momento em que a mãe te lê esta carta? Disseste Dublin? Talvez tenhas dito e se o fizeste parabéns, se o não disseste vou mostrar-te onde ando eu...

Com a ajuda de uns mapas vou tentar mostrar-te onde o avião me levou, espreita aí do outro lado da folha:


Isto é a Irlanda, que em Inglês se escreve IRELAND. Dublin é a capital da Irlanda, assim como Lisboa é a Capital de Portugal. Na Irlanda falam Inglês, como no país do Elton John, a Inglaterra lembraste? A moeda que eles usam é igual à nossa, são os EUROS, em Inglaterra usa-se outra moeda, a Libra.


A Irlanda fica na Europa como nós e é uma ilha enorme, uma porção de terra rodeada de mar! Agora será que consegues descobrir esta ilha no mapa seguinte? Pede ajuda à mãe se precisares...


E que dizes a pintar com a mãe a ilha onde o pai está? Pinta-a de verde porque a Irlanda é um país muito verde e depois, se quiseres, pinta Portugal, pergunta à mãe onde está e pinta-o com a cor que quiseres. E esta hein? Uma carta que podes usar para pintar, espero que seja uma boa surpresa.

Quando regressar espero ter muitas fotografias para te mostrar.

Agora resta-me desejar-te um excelente fim de semana, diverte-te, brinca muito e se te lembrares de mim recorda apenas isto, que o pai te ama muito e se enche num sorriso quando se lembra de ti.

De quem muito te ama, O Pai

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Obrigado CTT

Pois é venho aqui prestar o meu agradecimento aos CTT porque foram eles que, seguramente, acrescentaram às palavras que tu já usas de quando em vez, como tótó, estúpido, parvo, porcalhão, uma de mais alto gabarito e requinte.

Ontem a palavra que usaste várias vezes foi

FÓNIX.

Os CTT usam Phone-ix, mas claro que tu, meu filho, estarás a usar a versão mais hard da palavra.

É caso para dizer, FÓNIX!

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Já tinha ouvido dizer

Já tinha ouvido que a resistência a ir para os colégios, simulando dores de barriga e afins têm habitualmente uma razão.

Domingo asseguravas que ias ter dor de barriga na segunda-feira por isso não podias ir ao colégio.

1+1=2, ou seja, pensei logo que devia de haver problema e perguntei-te o que é que se passava no colégio, se havia alguma razão para não quereres ir ao colégio.

Lá explicaste que tinhas apanhado tareia de cinco meninos da sala do lado e que tinhas chamado a R., a educadora, mas ela não te tinha ajudado. Acresentaste que ninguém brinca contigo e que andas lá sozinho.

Resultado ontem lá fomos levar-te ao colégio demonstrando união e compreensão pelo teu sofrer, lá expusemos a situação e depois lá estiveram vocês a trabalhar a questão com as educadoras.

De tarde, quando te fui apanhar ao avô R, pessoa que te tinha ido buscar ao colégio, eras outra criança, cheia de vivacidade, felicidade, energia. As coisas estão estabilizadas, pelo menos, por agora.

No meio disto tudo não me canso de te dizer e desejar que trates de te defender em vez de te preocupares apenas em chamar a R., trata de arrear nos que te batem sff. Bate-lhes primeiro, vai à R. depois.

Hoje saíste bem disposto para a rotina, espero que tudo continue bem.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

Será que passou de vez...

Sábado passaste o dia relativamente bem.

Na noite de sexta-feira para Sábado acordaste seis vezes, diz a mãe que eu só ouvi a sétima.

Chamaste a mãe, mas eu levantei-me primeiro e fui ver-te. Pediste água e quando a trouxe verifiquei que estavas febril.

Depois levantámo-nos e fui pô-te a ver TV, fui por o leite do pequeno almoço a aquecer. A mãe lá se levantou e foi em busca do termómetro perdido onde logo após confirmámos o meu diagnóstico, 38,1ºC.

Apliquei-te o supositório de PARSEL, e tratei de dar-te o pequeno almoço.

Enquanto fui à casa de banho, ouvi aquilo que me pareceu ser algo de liquido a cair no chão o que a juntar ao som dos teus passos, instantes antes, deduzi que tivesses vomitado.

Dito e feito, vá de tratar de limpar o chão, vestir novo pijama.

Depois fui fazer umas pequenas compras enquanto ficaste a jogar computador e a mãe a dormitar.

Quando cheguei perguntei-te o que querias comer,

"Lasanha de bacalhau, posso ajudar-te?"

"Claro, vamos..."

E lá fomos os dois preparar o almoço, arranjámos os morangos que comprara e tratámos de fazer a lasanha.

O resultado foi óptimo.

Durante o dia estiveste melhor, sem febre, esta noite não te ouvi, mas eu também tenho sono pesado, e agora espero que o que parecia ser uma certeza ontem, que a febre desaparecera, se confirme hoje.

Da bola ou futebol

Ontem o Sporting, clube do pai, jogou para a taça de Portugal, mas entre a atenção que dava a um livro enquanto tu ainda dormias e as garfadas de comida que demos depois de acordares, do resultado, 2-1 para o Sporting, apenas vi o golo do Marítimo.

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008

Pasteleiro II

Esta quarta-feira tive um treino de futebol 11 da minha equipa de colegas de curso/profissão.

Cheguei atrasado ao treino e logo que cheguei perguntaram-me,

"Então quanto está Portugal?"

Fazendo cara de parvo respondi, "Portugal?!?"

"Sim Portugal está a jogar com a Itália..."

"Pois, acredito, mas eu atrasei-me porque estive a fazer um bolo de iogurte com o meu filho."

Logo tive um colega que já me conhecendo um pouco disse:

"É mesmo de ti, capaz de te atrasares por causa do filho em vez de ser como a maioria destes que ou chegam atrasados ou não vêm por causa da bola na televisão."

E antes da bola lá fizémos um bolo de iogurte de côco, com côco ralado.


No dia seguinte levaste uma fatia para as tuas educadoras que, quando me viram, disseram-me:

"Estava muito bom, mas por favor façam apenas um por semana." :)

Entretanto já acordámos que o próximo bolo é de maçã e canela.

;)

Hoje nada me sabe bem...

Foi assim que te referiste à pouca fruta que comeste hoje antes do jantar.

Depois comeste pouco, cerca de uma hora depois pediste mais comida e pouco depois de comeres foste a correr para a casa de banho, mas já não chegaste a tempo, e a canja lá ficou no chão.

De manhã, quando estavas cheio de sono, enquanto estava a despachar-te disseste-me, enquanto estavas no banho, que te doía a barriga que não podias ir para o colégio.

Respondi-te que eu, quando me dói a barriga, não deixo de ir trabalhar, convencido que seria uma primeira experiência de "deixa lá ver se a dor da barriga cola para ficar em casa".

Cerca das 11:00 horas liguei para a R. e ela disse-me que estavas bem, que não te doía nada, que estavas bem.

Depois de acordares da sesta ligaram-me a dizer que te estavas a queixar da barriga.

Lá pedi para que o padrinho J. te trouxesse até ao escritório, porque estava sem carro, e do escritório fomos para casa. Entretanto verifiquei que estavas a ficar febril.

Agora é oficial, estás adoentado!

Olhando para trás perguntei-me se fizera bem em ter feito o que fiz pela manhã... creio que sim, que faria novamente o mesmo, porque no fundo estiveste bem até à tarde e, quando ficaste verdadeirmante doente, logo foste assistido.

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008

Exigente

Isto de ser pai do Zorro traz dificuldades acrescidas... as lutas são constantes


Por isso durante 4 dias as lutas foram uma constante e um tipo fica cansado de tanto morrer e renascer.

Incrível a tua energia e capacidade física, que bom que é ser criança..., debelas-me em 10-15 mts de refega tal é a quantidade de vezes que me matas nesse período e com isso as vezes que vou ao chão, ao sofá ou mesmo à cama...

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Os SUPER-HERÓIS também vão ao WC :)


Prova superada

A vida é feita de desafios, o Sr. Faísca do Noddy passa a vida a dizer que gosta de desafios e não é por acaso, a vida de fcto tem sempre imensos desafios, uns mais fáceis de debelar do que outros.

Os parques infantis são um mundo de desafios, o objectivo é ir derrubando barreiras.

Havia um desafio que há muito gostava que superasses, um desafio que o era apenas porque tinhas medo. Ah, como o medo tantas vezes nos impede de voar, mas eu quero que tu voes, quero que o medo não te impeça de superar desafios e de te superares a ti próprio.

A minha fnção é acompanhar-te e estar lá para se correr mal, quiçá dizer como eu faria o caminho para depois tu decidires se esse também é o teu caminho.

Ora, o desafio era descer isto sozinho.


Eu fui-te acompanhando na evolução, mas no dia 04, superaste-te.

Lá meteste as mãos, enconstaste o corpo, entrelaçaste os pés e depois desceste o varão controlando a velocidade de descida... e eu fiquei feliz por poder acompanhar essa tua evolução.


Depois, depois ficou o teu sorriso lindo de quem conseguiu superar mais uma prova nessa dura prova de obstáculos nos parques infantis.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

Não quero ir mais...

Foi assim que o disseste há cerca de um ano atrás no que respeita ao desfil de Carnaval.

Sempre te aborreceu acompanhar o desfile. Choravas mesmo.

O padrinho T. também revela hoje o quanto detestava ter de ir mascarado de TV, caixote do lixo e tantas outras coisas que os adultos acham uma piada, mas vocês crianças, arrisco mesmo dizer a larga maioria, acha uma treta.

No meu tempo cada um ia como queria, uns iam de cowboys, outros de Zorro, outros de um super-herói qualquer, as miúdas deviam de ir todas de princesas, porque no fundo é isso que elas sempre sonham ser, mesmo em adultas, princesas.

Hoje ficaste em casa com a mãe e vais vestir a máscara que me pediras há um ano, a do ZORRO.

Depois vais ver os amigos na carneirada, desculpa, no desfile, em que todos os pais vão estar babados com a figura estúpida que a maior parte deles estão a fazer.

Bom, hoje devo estar como o tempo, cinzento.

O certo é que eu e a mãe entendemos, o ano passado, aceitar o teu repto de não ires ao desfile e logo tratámos de informar o pessoal do colégio.

O ano passado recordo-me que foste uma TV (que coisa brilhante), este ano não sei do que é que te livraste mas, estou certo, vais divertir-te mais hoje do que nos anos anteriores.