quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Já contas até dez...

...para mim a surpresa foi que o fazes em Japonês!

:)

Jantar d'ontem

Ontem tinha uma grande posta de bacalhau e umas batatas novas que o avô R. aponhou este último fim-de-semana quando fomos com eles ao Alentejo, melhor eles foram connosco, que fui eu que levei o carro.

Face ao tamanho da posta de bacalhau e à necessidade de comermos a sopa que fiz, para não termos de a comer mais de 2/3 vezes, e claro pela companhia que sempre aprecias, decidi perguntar-te se devia convidar o padrinho J., a resposta entusiasmada foi que sim.

Das muitas maneiras de fazer o dito bacalhau, dizem ser 1001, lembrei-me de dar uma pequena cozidela nas batatas mais pequenas e colocá-las com o bacalhau no forno.

Pedi-te para me ajudares a fazer o jantar, aliás disse-te "tu hoje é que fazes o jantar", deitaste uma boa dose de azeite no pirex, eu cortei uma boa quantidade de dentes d'alho, tu meteste a posta de bacalhau dentro do pirex por cima dos alhos cortados, eu pus as batatas que escorri da água fervente. Pirex no forno e fomos jogar um pouco de PS2, ao Spider-Man Friend or Foe!

O padrinho chegou tratámos de ir comer, o teu jantar estava óptimo, acompanhámos com salada de alface.

A dada altura eu era um ser estranho naquela mesa, é que eu nunca gostei de Songoku (ou coisa q o valha porque nem sei se é assim que se escreve), mas o padrinho J. era fã, por isso trataste de falar do universo Songoku, em que terminologias e personagens me passam completamente ao lado...

Estiveste sempre muito animado, depois do jantar, enquanto cuidava de arrumar a prataria e afins, ficaste a jogar PS2 com o padrinho J. e o jogo não é dificil de adivinhar qual foi... Songoku, claro.

Depois de jogar um pouco e após o meu "basta de consola por hoje" trataste de travar uma luta imensa com o padrinho J., muito divertidos andaram com os kamé-á-mé-á, ou coisa que o valha... em grande frenesim.

O padrinho J. ensinou-te a expressão que faz com que eles fiquem de cabelo amarelo então, antes de dormires, disseste-me, "Pai, não te esqueças de amanhã me lembrares a palavra que o padrinho J. me ensinou, o ... (claro que me esqueci)", não te sosseguei totalmente porque não te prometi que não me viesse a esquecer.

Felizmente, hoje de manhã, das primeiras coisas que me disseste foi "Pai ainda me lembro da palavra ..., vês não me esqueci!"

Nova fase

Hoje iniciamos uma nova fase porque hoje a mãe inicia o trabalho num outro local, distante do que é o teu dia-a-dia e teve o bom senso de não te tirar do teu mundo para te levar atrás dela.

Assim, estamos juntos durante a semana, aos fins-de-semana estarás maioritariamente com a mãe, estaremos juntos ao sábado na natação e ainda falta acertar em que moldes de quando em quando passarás um dia do fim-de-semana comigo.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Conversa depois do jantar

"Deixa-me brincar só mais um bocadinho?"

"Está bem, só mais um bocadinho..."

"Pode ser até à meia-noite?"

21.08.2008

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Uma das frases mais pronunciadas este Verão

"Deixa-me ser eu a agarrar que eu já sou grande" - 18.08.2008

Comentário à imagem

"Estão a rir porque estão a olhar para nós!" - 13.08.2008

Tu e a fast food


Só gostava de mostrar a quem nos lê os teus olhos... e esta foi a última vez em que me pediste um hamburger que te dá um boneco! Depois disto foste comer verdadeira comida, bacalhau com natas, foi nas nossas férias.

domingo, 16 de novembro de 2008

Pai ele prometeu que se ia portar bem?

Foi esta a pergunta que me dirigiste esta sexta-feira quando eu explicava entusiasmado que o meu trabalho tinha corrido bem e isso implicava evitar que uma pessoa que fizera asneiras fosse presa preventivamente.

De facto sempre tive/tenho uma imensa dificuldade em te explicar a minha profissão, ou pelo menos, partes dela.

Não deixei de sorrir com a tua pergunta e com o que senti que a acompanhava, um esmorecer da figura do pai herói e bom, porque um pai assim, bom e justo, não poderia ficar animado por ter conseguido libertar alguém que faz coisas más na sociedade.

Como me dizia hoje o P. do Algarve quando comentava com ele este episódio, um dia perceberás que na vida nem tudo é preto ou branco, ele há uma infinidade de tons de cinzento.

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Consequências

Porque agora tens menos dois dentes à frente da boca o dique que sustinha a baba está comprometido, pelo que, agora, de quando em vez, um fio de baba/saliva pende ou cai da tua boca.

segunda-feira, 3 de novembro de 2008

2º Dente

Ontem, domingo, o telefone tocou à tarde e eras tu contente a dizer-me que o teu dente caiu enquanto estavas a comer,

"Pai, eu estava a mastigar e senti uma coisa dura, depois quando tirei era branco e era o meu dente. Caiu pai!"

E hoje lá tinhas um sorriso diferente, fisicamente claro, mas também um sorriso orgulhoso de quem passara mais uma etapa e desta vez sem ir ao dentista.

PAI, ARRANCAS-ME O DENTE?

Esta foi a pergunta mais dificil que me fizeste até hoje!

Sabes ele há progenitores que sentem dificuldades em responder a muitas questões cuja resposta é bem simples, as crianças gostam sempre dos temas da criação "como é que eu nasci" ou outros religiosos, "existe Deus?", enfim seja qual for o tema não me lembro de me teres feito uma pergunta que me deixasse incomodado ou sem resposta.

Este fim-de-semana, no Domingo, fizeste-me a pergunta que me deixou desarmado:

"PAI ARRANCAS-ME O DENTE?"

É que se eu fosse dado a essas coisas teria enveredado pela área da saúde onde se ganha bem melhor do que na minha área... é que eu, teu pai, não sou nada dado a essas intervenções e alertando-te para o facto ainda tentei puxar o dente quatro vezes, e sempre que fazia o movimento de arrancar o dente os dedos, impulsionados pelo inconsciente ou pelo consciente, perdiam a força.

Consegui fazer-te sangrar, chorar porque te doia, mas o dente lá permanecia, por isso disse que o melhor era pedirmos a outra pessoa que o fizesse porque o pai não conseguia, o dente estava ali mesmo a cair, mas para mim era como se estivesse de pedra e cal!

Por fim, quando me desloava para te ir deixar com a mãe lembrei-me de duas hipóteses, o teu padrinho T que estudando para Veterenário tem essa insensibilidade natural de quem mexe em seres vivos como eu limpo rabos a crianças ou então disse-te que podia ser que ele caísse quando estivesses a comer.

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

O aprendiz de feiticeiro

Foi o teatro que foste ver esta semana.

Revelaste que gostaste muito do teatro e depois de me contares a estória pergntei-te se a viagem tinha corrido bem. Respondeste-me

"Sim."

"E foste na carrinha com quem?"

"Com o D.C.?"

"E correu bem?" - perguntei sabendo que o teu colega está sempre a arranjar confusão.

"Não, sabes eu estava em Lisboa e sentia-me em casa e queria estar sossegado e ele só me fazia cócegas e não parava quieto. E então eu avisei-o para ele estar quieto, mas ele não parava e por isso agarrei-lhe nos dedos e torci-lhos e ele ficou a chorar!"

"E ele não reagiu?"

"Sim, torceu-me os meus, mas não me doeu nada..."

"Então e porque é que não te queixaste à R. ou à F.?"

"Pai a R. quando fomos para a carrinha disse que não queria queixas nem barulho... por isso eu não me queixei!"

:)

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

Construções matinais




Descoberta

Descobriste os legos.

Estava a ver que nunca mais. Ontem quando te fui apanhar ao colégio pediste-me para brincar mais um pouco, estavas a fazer naves com legos. Depois de ver os teus trabalhos, falar com a R. lá te disse para tratares de arrumar as coisas que tínhamos de ir andando.

E fomos, com a promessa de desempacutar uma prenda que recebeste da Câmara Municipal de Lisboa há alguns anos e é constituída por uma mesa, banco e legos.

Liguei à mãe a perguntar se o destino da dita mesa era outro ou se podíamos abrir. Diz que sim e por isso trato de montar contigo as coisas e passamos a noite a fazer e desfazer naves, fortalezas, pontes, armadilhas, pistolas, metrelhadoras, enfim um sem número de construções!

Findo isto, quando te fui deitar, disseste-me "adorei esta noite contigo, podemos repetir?"

E ficou prometido que sim, que da próxima vez que dormires comigo brincaremos mais aos legos.

O entusiasmo é tal que hoje de manhã eram 7:15 e estavas acordado, fresco que nem uma alface e a primeira coisa que me perguntaste a seguir a "já é de dia?" foi "posso ir brincar com os legos?"

Vão mas é, mas é dar banho à minhoca

Este sábado decidi ir a Lisboa contigo ver o festival de BD da Amadora, ali para os lados da afamada Brandoa.

Na minha mente, assumo burguesa, ir de carro era algo natural.

Mas depois veio-me à lembrança aqueles slogans típicos do "deixe o seu carro em casa"; "use os transportes públicos" e lá conjuguei isto com o "vamos fazer diferente" e tratei de te anunciar que íamos de comboio e metro.

Chegados à estação o "simpatiquíssimo" senhor que nos atendeu deu-me a informação simpática de que tu já pagavas meio-bilhete. Ora toma. Estás crescido filho foi o que me lembrei de dizer com um sorriso amarelado.

Naturalmente que o senhor simpático arranjou forma de simpaticamente fazer com que um dos bilhetes não fosse validado no acesso ao comboio e lá tivémos de voltar atrás...e o simpático lá confirmou que havia um problema, mas passados 2 minutos lá assumiu que não conseguia resolver e disse-me "passe pela passagem dos deficientes que está sempre aberta e se houver algum problema mostre este talão".

Ainda fomos a tempo de correr e apanhar o comboio.

Posto fim ao stress vivido para apanhar o comboio lá nos sentámos a contemplar a paisagem até Lisboa.

Chegados a Sete Rios lá saímos para ir apanhar o Metro, um senhor, este sim simpático, que trabalhava para o Metro lá me deu uma boa nova, tu já pagas bilhete. Carregada a tecla para ver se o bilhete era para zona 0 ou na 1, acho que é assim, lá descobri que era para a zona 1 por uma estação.

Lá desabafei "E ainda dizem para deixar o carro em casa e vir de transportes públicos!"

Desabafo feito hora de ir apanhar o Metro, o que fizémos outra vez a correr porque foi pormos o pé no apeadeiro e o Metro a aparecer. Chegámos ofegantes e divertidos sentámo-nos próximo de um senhor já entradote com um ar meio dred e preto (epá perdoe-me quem me lê se o considerar ofensivo, mas desde que andei na escola no Miratejo, esse antro de pretos da Margem Sul de onde nasceram os recém renascidos Black-Company em que dois dos que lá militam eram estúpidos como a sétima casa, maus para com os colegas, racistas e energúmenos, mas pronto, fico-me por aqui porque felizmente as árvores não são a floresta e tive e tenho no nosso círculo de amigos muita gente decente cuja cor da pele é mais escura do que a minha e a tua, dizia eu, desde que estudei no Miratejo que trato os africanos por pretos, e sim eu era tratado por branco). Havia mais lugares livres, mas faço sempre questão de me sentar contigo próximo de gente de etnias diferentes apenas para que te habitues a outro tipo de pessoas, será que resulta? Não sei, mas é essa a razão.

Lá sorrimos para o Senhor que ficou satisfeito de te ter ao lado dele, quando ele saiu disse-nos adeus e nós replicámos com um grande sorriso.

Chegados a Alfornelos impunha-se descobrir onde raio é que era o festival da BD, eu só tinha o nome da rua e a boca para seguir o brocardo "quem tem boca vai a Roma".

Chegados próximo do mapa tentei em vão descobrir onde era a rua em que se situava o Fórum Luis de Camões (acho que era assim).

Face à minha dificuldade lá te disse, "Nestas ocasiões quando não sabemos para onde ir falamos com as pessoas e se houver polícias ou seguranças eles habitualmente sabem dizer-nos onde é". Dito feito falámos com um segurança do Metro que esclareceu-nos olhando para ti, que eram uns 10-15 minutos a pé.

"Não faz mal a malta aguenta não é filho?", "É pai, vamos...", e lá fomos pelas terras da Brandoa seguindo as indicações do segurança.

Chegados ao local lá fomos ao festival ode o ex-libiris era sem dúvida a parte dedicada à temática "Star-wars", obviamente eu apreciei mais do que tu o resto da exposição.

Feito o amuo do "porque é que não me compras nada?" porque querias um boneco e um livro, lá fomos fazer o percurso em sentido contrário.

Depois tiveste fome e eu quando vi um supermercado disse "Vamos ali comprar um iogurte liquido" e tu respondeste "Não quero, quero outra coisa", sem coseguires esclarecer que outra coisa era disse-te "São iogurtes ou nada, sendo que se não queres iogurte é porque não tens fome". E não tinhas, porque recusaste o iogurte.

Lá tive de comprar dois bilhetes de metro e lá tivémos de correr para apanhar o comboio para a Margem Sul. Vimos um lindo pôr-do-sol, quer dizer eu vi, tu ias mais entretido a olhar para cima a ver os carros a passar, e quando demos por nós estávamos na nossa terra.

No caminho fui pensando em todos os incómodos que tive para ir de transportes públicos e no custo dos mesmos, decidi que chegaria a casa e faria contas.

E fiz. Gastei 12,60 € em transportes públicos. Foi giro, foi, mas não foi barato, saiu-me mais caro do que levar o meu carro e ainda que não saísse perdi em conforto e em paciência.

Por isso digo transportes públicos?

Vão mas é, mas é dar banho à minhoca!

O trabalho de Outono


terça-feira, 21 de outubro de 2008

Trabalhos do colégio - 1 - 08/09

O trabalho do outono do colégio deveria ter sido feito em folha plana com folhas secas.

A mãe tratou de ir contigo apanhar folhas, recebi um saco cheio delas.

A mim cabia-me realizar contigo a composição das ditas folhas no papel.

Pensando o que havia de fazer senti um forte pulsar para não variando quebrar as regras e fazer as coisas de forma diferente.

Então, inspirado no Art Attack, esse programa do Disney Channel que nos faz acreditar no artista que vive latente dentro de nós, tratei de pensar uma coisa para o tri-dimensional.

Depois de pensar foi tratar de arranjar os ingredientes, papel de jornal, papel de cozinha, cola de papel, tintas, lá tive de arranjar uma pinha digna desse nome, as que apanhaste com a mãe eram mini, folhas, sim do saco que apanhaste com a mãe só aproveitei duas.

Depois de uma noite de trabalho numa quarta-feira e uma manhã de sábado tínhamos o trabalho pronto.

Eu orgulhoso porque a ideia resultou e tu ajudaste imenso, e tu orgulhoso porque ias ter um trabalho diferente dos demais e no qual tinhas explanado a tua arte e caligrafia, escreveste duas vezes o nome e a palavra OUTONO.

A ver vamos se deixo aqui uma foto do dito!

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Ele há raios de sol

Esta semana tem sido difícil.

O primeiro a adoecer pensei ter sido eu, mas podes ter sido tu, no mesmo dia, terça-feira, ficámos os dois de estaleiro.

Eu fiquei até ontem quase sem sair de casa/cama.

Ontem depois de uma visita nocturna aos SAP levei com uma pela dose de penicilina porque afinal não era uma gastroentrite que tinha, mas uma amigdalite.

Tu ontem já estavas muito bem, hoje estás 100% no que respeita a saúde.

Ontem foi a mãe que ficou doente a tal ponto que estava sem condições para tomar conta de ti, como eu estava no dia em que deverias vir pernoitar comigo.

Então ontem fui estar um pouco comigo e depois foste dormir na nossa casa.

Antes de dormir tivémos um episódio por causa de uma ida ao clube de video que terminou com uma conversa de olhos-nos-olhos, seguida de choro intenso.

Enfim, reajustes sobre limites e comportamentos que infelizmente me custam mais por estarmos pouco tempo juntos e, de quando em vez, lá calha disto...

O resto da noite correu super bem, comemos a canja de arroz que a avó me fez e o coelho que tu tanto elogiaste. Depois ajudaste-me a arrumar as coisas, a lavar a loiça e a pôr a máquina da loiça a lavar, estivémos a brincar e depois de vestir pijama foste ouvir a estória... a dada altura notei-te de olhos fechados despedi-me de ti de deixei-te embalar no sono eram 22H20.

Hoje de manhã fui deixar-te com o avô materno e com a mãe para vir dar uma saltada ao trabalho, há pouco a avó ligou-me para saber como eu estava e depois deixou-me um raio de luz na alma, hoje de manhã enquanto voltei a casa para ir buscar a tua mochila, deixei-te no carro com a companhia da avó e pelos vistos disseste-lhe:

"Calhou-me um pai muito bom".

E a avó acertou na resposta, "E ao teu pai calhou-lhe um filho muito bom."

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A fada dos dentes - a visita

Ontem, quando me deitei estafado e encarava a minha função mágica só pensava, "espero bem acordar antes dele para que depois não tenha de andar a remediar a situação!"

Felizmente a excitação do dia anterior fez com que dormisses profundamente até eu te acordar.

O mesmo é dizer que lá tive de colocar as asinhas, por o chapéu, e decidir-me por ser a fada dos dentes, na qualidade da tal que dá moedas, deixei a que dá rebuçados a dormir e a outra, a dos brinquedos, corri-a a pontapé porque já há bonecada que chegue em casa.

No momento da escolha da moeda é que a coisa se complicou... porquê?

Simples, tinha pensado numa moeda de 1,00 €, mas chegado o momento e depois de tanta lavagem sobre a não-sei-quantas que ganhou todos os brinquedos que quis, já não fui capaz de ser tão sovina e deixei uma linda moeda de 2,00 € debaixo da almofada. Quê?!? É o dobro, sim!!!

Acordei-te e deixei-te a dormitar para depois regressar e levantar-te.

Quando cheguei próximo de ti sorri e perguntei-te:

"Então qual foi a fada que nos veio visitar?"

Ergueste a tua mão direita com um sorriso na cara e mostraste-me a moeda que instantes antes foi deixada no lugar mágico.

Depois questionaste-me:

"Pai, porque é que achas que não veio a fada dos brinquedos?"

"Sabes o pai acha que a fada dos dentes te quer ensinar qualquer coisa como por exemplo, se guardares essa moeda e a juntares a outras mais tarde vais poder comprar um boneco! Olha-me bem para essa boca com tanto dente, a 2,00€ o dente é uma fortuna, só tens de ter paciência."

"Sabes pai ontem tinha uma moeda de 1,00 € se a juntar a esta tenho 3,00 €." disseste sorrindo.

"Verdade filho."

"Pai, tu não tinhas dito que me ias dar mesada?" - oportunamente lembraste-te de que assim talvez fosse mais rápido...

A fada dos dentes - Prólogo

Pois é, o consumismo tomou conta de tudo filho, qual crise qual carapuça, tudo é motivo para os pais largarem o pilim em prol das suas crias...

Então estava eu mal refeito do susto que foi imaginar-te com dentes fora do sítio e... oiço-te discursar,

"Sabes pai a não-sei-quantas quando lhe caiu um dente pediu uns bonecos e quando ela acordou a fada tinha deixado tudo aquilo que ela pediu."

"Ai foi filho, porreiro, olha eu acho que a fada dos dentes só deixa uma moeda debaixo da almofada" - isto de tentar manter as tradições, à imagem dos putos, soa a sovina...

O avô R. entrou na conversa entremeando as palavras com o riso,

"Olha o avô no tempo dele a fada deixava só uns rebuçados."

"Pois mas a não-sei-quantas recebeu muitos brinquedos!" - disseste tu a defender a "tua" fada e a ver a coisa a andar para trás.

Entretanto o padrinho J. não se quis ficar atrás e disse,

"Sabes isso deve haver muitos tipos de fadas, agora vais ter de esperar para ver qual é que vem amanhã!"

"Deve ser isso..." - concluíste tu.

Entretanto terminámos o jantar nos avós e fomos para casa, jogámos ao UNO, em que sem qualquer ajuda ganhaste dois jogos, e tratámos de rotinar o dormir.

Entretanto o tema FADA dos DENTES veio à tona de novo e a dada altura disseste, vou dizer aqui debaixo o que quero para tu não ouvires...

Como se não houvesse amanhã meteste a cabeça debaixo da almofada esperançado que de alguma forma debaixo da almofada estivesse a linha de comunicação com esse mundo mágico.

Será que conseguiste? ;-)

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Resultado


Foto-reportagem



Serviço Público

Para quem nos lê:

Os dentes de baixo nascem, diz o dentista, 99,99% das vezes atrás dos que lá existem, É NORMAL, bem que podiam ter dito que era menos um dia de stress que eu teria tido.

Pois é, parece que os ditos nascem atrás e depois vão-se ajustando à posição da 1ª fila em grande parte com a ajuda da lingua... Dr M. dixit.

E soubesse eu e ontem teria vivenciado o ecludir do novo dente apenas com um sorriso gual ao teu, mas a útima vez que me lembro de dentes de leite eram os meus que caiam (não me lembro dos dentes do padrinho J.).

Dentista

E que bem que tu te portas.

Entraste confiante, seguiste para a cadeira sozinho, ali permaneceste durante toda a intervenção sempre sozinho, com os pais a assistr, e saíste de lá com um sorriso novo e a dizer:

"Senti, mas não doeu nada!".

De boca aberta

Ontem foi assim que chegaste pela manhã junto de mim.

Vinhas orgulhoso com o novo dente a ecludir.

Rapidamente perdi o sorriso imenso e troquei-o por um sorriso"vamos lá ver s'isto não é nada de mais".

De facto, o dente ao invés de empurrar o dente de leite nasceu atrás deleou seja, longe do local onde deve estar.

Pensei logo numas quantas asneiras e na circunstância de detestar imaginar ter de mais tarde aderir à moda crescente do aparelho nos dentes... enfim!

Hoje marquei consulta para o Dr.M. para ver s temos de fazer algo de imediato, como por exemplo arrancar o dente de leite, parece-me que será esse o cenário mais provável.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Aí vêm eles

Ao telefone:

"Sabes pai por baixo daquele dente que me dói e está a abanar vem o dente de adulto?"

"Boa, parabéns!"

"Amanhã depois mostro-te o dente"

"Ok!"

E lá soube que estás a iniciar uma fase em que espero ter estômago para ajudar os dentes de leite a partir para que dêm o lugar aos outros, os que te acompanharão para a tua eternidade.

Parabéns.

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Quero ser PADRE! - afirmação de 24/09

Uau! Foi a minha primeira reacção.

Começaras a conversa a caminho da casa da C., a dada altura lembraste-te de me perguntar se Jesus Cristo revivera na Páscoa!

Lá na minha, confesso, parca formação religiosa disse que sim, que morrera e que depois teria resuscitado, que isso será impossivel para qualquer pessoa (não te dê a ideia de experimentar ressuscitar) e que se tal tivesse acontecido seria porque de facto ele seria o filho de Deus enviado à terra, como a igreja cristã diz.

Depois de mais algumas perguntas, que não recordo agora, lá te disse que eu não era grande entendido na matéria, mas que, amanhã, sábado, iriamos almoçar com a avó A. e que o Padre J. almoçava connosco, logo ele seria a pessoa indicada para te explicar todas as questões que me colocaste porque a profissão dele, a vida dele, era essa, difundir a doutrina cristã.

Depois de uns breves momentos de silêncio, a afirmação:

"Sabes pai, quero ser padre!"

"Muito bem filho" - pensando ao mesmo tempo que iria deitar por terra o sonho no instante - "Sabes uma coisa sobre os padres? Eles não podem ter namoradas! Eles não podem namorar com nenhuma miúda!"

"A sério???" - disseste em tom de que estarias com uma cara de espanto.

"A sério, os padres não podem ter nem namoradas nem filhos."

"Então já não quero ser padre!"

E com o risco de poder ver-te enveredar por uma carreira religiosa lembrei-me dos protestantes e disse-te que há padres que podem ter mulher e filhos..., mas o choque de não poderes ter namorada foi muito forte parece que a carreira religiosa foi colocada de parte, resta-me pagar por ter desviado mais um crente dos seminários.

Amanhã quando almoçarmos a ver se te meto a falar destes temas com o Padre! :-)

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Ontem, enquanto te miravas num espelho

"Estou mesmo giro, pareço um adolescente!"

E revelas já uma apetência que foi a minha durante muitos anos, a de desejar estar sempre uns anos à frente da idade que tinha.

Deixa-te estar, qu'isso de ser adolescente é muito chato.

E ao mesmo tempo que escrevo isto ocorre-me, digo isto não sei se por ti, se por mim... :)

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Conversa matinal

A caminho do colégio perguntaste-me:

"Pai há uma coisa que não consigo compreender... como é que os carros andam?"

Lá te respondi com os meus parcos conhecimentos de mecânica que se devia ao motor, que devido a umas pequenas explosões que ocorrem no interior do motor, daí os carros levarem combustível, umas peças mexiam e faziam com que as rodas girassem. Prometi tentar arranjar qualquer coisa que o explique. Saciada a dúvida retomaste,

"Pai é dificil conduzir?"

Lá te respondi que dependia, que para mim era fácil, no início era um pouco dificil, mas que depois era fácil para mim, lá te explquei que para conduzir é preciso uma licença, que há pessoas que mesmo tendo essa licença consideram conduzir um acto difícil, e lembrei-me das avós dos primos P.G.eM, da J. e da mãe da prima S., que sendo três almas com carta de condução não conduzem porque para elas é dificil conduzir.

Deixei a promessa de que se aos catorze achar que já consegues aprender, ensinar-te a conduzir,claro está em estradas particulares do nosso Alentejo.

Resultado de ontem

Enquanto vi o resultado português frente à Dinamarca, em que injustamente perdemos 2-3, quando fiz contas à minha actividade vi que também tinha perdido:

TU - 12 vs EU - 11

No campeonato das peças de roupa passadas a ferro, durante o jogo português (tenho de associar sempre o passar a ferro a uma actividade manifestamente masculina), perdi por uma peça de roupa... foi parecido com o jogo de portugal, foi quase, quase.

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

ROTINA

Hoje regressaste ao colégio. Gozaste mais uma semana de férias do que era previsto, mas também mal não te fez.

A mãe deixou-te para tomares pequeno-almoço comigo e levar-te ao colégio.

Por regressos, também eu tenho de arranjar meio de regressar aqui.

O tempo disponível e a vontade de escrever têm andado perdidas em parte incerta!

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

2ª semana de férias

Oba!

Não fosse o estares a sair de mais um episódio de febre tudo estaria melhor, mas ainda assim há planos até 4ª ou 5ª feira, depois regressamos para uns dias em casa.

Alentejo, aí vamos nós!

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Recebi este ontem...


...e já tratei de o pôr no nosso frigorífico.

Quando estava de férias contigo, na sexta-feira à noite, quiseste comprar postais para enviar para os avós e para as bisavós paternas.

Lá comprei quatro postais, dois diferentes para os avós e iguais para as bisavós. Liguei à avó materna para saber a nova morada e para tu falares com ela.

Escrevi a mensagem que me debitavas para cada uma delas e deixei para a mãe enviar contigo durante esta semana.

Entretanto, também recebi um postal teu e assinado (muito bem) por ti!

Em resposta mandei-te uma foto minha a segurar o postal e a agradecer-te.

Sapatos

Há muito que andava para deixar aqui qualquer coisa sobre sapatos!

Pensava fazê-lo desde o dia em que fomos comprar sapatos para o Verão!

Foi a primeira vez que voltaste a ver os pais juntos para fazerem qualquer coisa em tua prol o que motivou que comentasses com felicidade junto de terceiros que: "os meus pais já são amigos".

Cabia-me a tarefa de ir ver sapatos que a mãe já andara a ver e gostara para depois comprarmos uns em que ambos dissessemos "SIM".

De entre os sapatos da GEOX "vistos" pela mãe havia um par de que não desgostava mas, os mais eram feios, feios... continuo com a minha opinião de que o (ou os) designer dos ditos foram às feiras dos ciganos dos anos 90 e desataram a copiar os desenhos dos mesmos, só pode (blargh). Não fosse a marca e acho que sapatos daquele calibre estariam todos por vender, ou então seriam exclusivamente vendidos nas feiras por 5 € (É só a cinquéro fréguesa, vamolá a ver, cinquéuro, cinquéuro). Mas, tu já mamaste com tanta publicidade e com tanta pressão social (todos os colegas têm GEOX), não ter um sapato que transpira (eu sei que é respira, mas como sabes eu mudei o slogan) é como eu não ter umas calças de ganga LEVIS ou UCB quando eu era teenager nos idos anos 80's. Enfim...

Então a coisa ia entre dois sapatos, uns GEOX (que não tinham o teu número, abençoada alma que levou o último par) e uns que eram estes...


Os outros de que não tinham o número pedimos o número que tinham para veres como ficavam, porque insistias nos GEOX, e queríamos mostrar-te que apesar de apreciarmos os ditos, não havia o teu número.

Depois dos sapatos GEOX chegarem e d'os calçares eras rapaz para afirmar que, mesmo cabendo dois dedos gordos do pai entre o pé e o fim do sapato, os sapatos estavam muito bons.

Claro que não estavam e logo tratei de tirar a foto da prache para depois a deixar aqui, ora vê lá.


Levámos os primeiros, sem marca, mas que ainda assim custaram 45 € ao pai e tu lá te lamentaste durante um bom pedaço porque querias os GEOX que estavam mesmo bons. :)

Entretanto a mãe ficou de comprar um outro par de sapatos.

Esta semana soube que irias ter uns CROC, ou algo que seja seu sucedâneo.

A mãe perguntou-me se concordava e eu disse que sim.

De facto sempre gostei de ver as crianças com uns CROC's, já os adultos acho ridículo, mas nos putos acho que ficam mesmo giros, apenas ainda não sugerira porque a mãe sempre dissera que não gostava.

Esta semana recebi uma mensagem no telemóvel com esta foto...


Encheu-me num sorriso, não só pela imagem, como pelo imaginar-te com eles calçados, como bónus um dos pinos, dos cinco que escolheste, é um animal qualquer (parece um leão) equipado com o equipamento do Sporting. :)

sexta-feira, 8 de agosto de 2008

Regresso

Regressámos à praia do Barril que sempre me(nos) deu prazer visitar.

Lá fomos no tradicional comboio, qu'este ano é o último em que passas por baixo do torniquete.

Apesar de ventosa estivemos muito bem por lá.

Mostraste todas as tuas novas capacidades no estar dentro do mar. Mergulhaste, saltaste e empurraste-me vezes sem conta... foi muito boa esta tarde juntos.

Comemos uma tradicional bola de berlim, quer dizer eu comi uma bola e meia porque, como não tinha creme, só comeste metade da tua.

Depois lá fizeste mais uma amiga (tenho de tirar um curso contigo) e chamava-se Camila. :)

Obrigado!

Agradecer à P. que nos levou ao ténis e ainda teve a gentileza de nos tirar esta, e outras, fotos.

Muito, muito obrigado!

Reencontro com a internet

Estamos de férias desde domingo e desde então o contacto com as novas tecnologias resumiram-se a jogares na XBOX do P., porquanto foi quem nos acolheu calorosamente na sua casa nos primeiros dias de férias, e às imensas fotografias que vou tirando com o telemóvel (nunca pensei!!).

As férias começaram mais cedo, mandei-te um MMS no sábado com a minha foto e a do P. e isso fez-te saber que eu estava no Algarve. Quizeste ver-me mais cedo, a mãe não se opôs e lá nos encontrámos na tarde de Domingo.

Fiquei aborrecido por ter sentido que interferi nos teus tempos com a mãe e apesar dela se ter revelado compreensiva, alegando mesmo que tu revelavas muitas saudades de mim, a realidade é que senti interferir e isso não me agradou.

Temos feito praia de tarde, de manhã dedicas-te a recuperar energias e como acho que férias não são apenas praia (não é que me envegonhe de estar ao teu lado com o teu bronze lindíssimo e eu estar branco, não!) temos ido à praia só na parte da tarde, como aliás eu prefiro.

Segunda-feira tratámos de ir andar de Kart e depois fomos à praia na Ilha de Faro. Conhcemos uma Joana que nos quis ladear quando te contava uma estória do Hulk. A paixão por ti foi tal que quando dexámos a praia a dita Joana veio atrás de ti e a mãe zelosa não a conseguindo demover do acto com as palavras lá teve de a vir apanhar e ao mesmo tempo que a agrarravas lá deixou sair um "estou a ver que tu vais ser um quebra corações quando fores grande!". :)


Terça-feira fomos ao museu do mar (?) em Faro - por ora não me apetece ir procurar os bilhetes para acabar com a dúvida sobre o nome do dito - onde mostraste especial interessse em fazer um Vórtex e em experimentar as sensações de um tremor de terra.

Chegada a hora de apanharmos o barco rumámos ao cais logo ali ao lado, apanhámos o barco para a Ilha de Faro e fomos para a praia. Tivémos uma estada curta, mas simpática, em que te fiz um barco e arranjei uma miúda loirinha (pode ser a Joana 2 porque também era loirinha de olho claro) que queria andar contigo no dito, mas tu na tua altivez não quiseste entrar no barco... acabou a miúda por aproveitar o meu árduo trabalho de construtor naval!



À noite, acompanhados do P., tratámos de ir ver as noites de Astronomia que decorrem no terraço do dito museu do mar.

Verifiquei que gostaste da experiência e que espreitaste sempre com imensa curiosidade para a imensidão estrelar.



Quarta-feira era para termos ido às piscinas aquáticas, mas acordámos tarde (ter posto o despertador tinha ajudado) e por isso resolvi adiar a coisa... em boa hora o fiz, é que recebemos um convite de outro mundo, certo de que era para o dia seguinte, mas depois acabou por ser para quarta-feira, e esse convite envolveu ir a Vale do lobo ver ténis.

Muito, muito obrigado à P. que, para além da excelente companhia, proporcionou-nos um momento tão inesperado quanto agradável nas nossas férias.

Eu fiquei espantado por teres estado até ao fim... para quem revelava não querer ir, foste e adoraste, tanto que, no dia seguinte, trataste de transmitir ao P. tudo o que viste.



Ontem lá acordei cedo, arrumei as tralhas, acordei-te e rumámos, depois de nos despedirmos do P., ao Aqua-show.

Dia muito bem passado, cansativo, em que passei parte do mesmo a fazer de sombrinha solar enquanto esperávamos pela vez para ter 20 segundos de prazer.

Inicialmente fizémos os escorregas a dois, mas na 2ª parte do dia desafiei-te a fazeres os escorregas sozinho.

Entre os "e eu não vou cair?" e os "e eu consigo?" deixei-te lá em cima entregue às controladoras do tráfego com a menção "Depois faça o favor de dizer que ele pode ir e se for preciso empurre-o!".

E lá desceste, adoraste a independência de escorregar sozinho e cair na água sozinho e claro sair de lá sozinho.

Estás grande!

Depois tivémos a tristeza de não poderes fazer parte das diversões, sobretudo a montanha russa... felizmente a tristeza não foi muita e aceitaste que o tamanho e idade são condicionantes, ficaste foi a fazer contas de cabeça e com a conclusão de que para o ano será possível andares, pelo que, trataste logo de me dizer, "para o ano voltamos não é pai?".

Acabámos na piscina de ondas em que te divertiste imenso com a ondulação.

Saímos mais cedo do que o resto do pessoal para nos livrarmos da confusão e rumámos à casa do meu padrinho onde jantámos e onde neste momento ainda dormes.

Aqui vamos ficar até Domingo...

quarta-feira, 30 de julho de 2008

...

Perante o ar consternado que exibes à refeição e face à insistência de que digas o que tens, respondes que se deve ao facto dos teus pais estarem separados o que te deixa triste e com uma dor.

Perante o ar confiante e a explicação de que os teus pais te continuam a amar e a estar presentes para ti, respondes que não sabemos o que é isso de ter os pais separados e que dói muito.

Perante o silêncio dizes:

"Sabes tenho uma dor tão grande como a dor que se tem quando se morre!"

Perante isto dou-te o meu silêncio, o meu colo, a minha compreensão, respondo-te aqui que a minha dor, que não descrevo como a que se sente quando se morre, é muito similar à morte de um amor, e, essa morte já a senti várias vezes!

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Update

Ligo-te, dizes-me que o dia foi bom, que estás cansado e depois perguntas-me que horas são:

"Dez para as dez", respondo e acrescento "porquê, está na hora de ir dormir?"

"Não, eu vou tomar banho na piscina à meia-noite!"

Ligaste-me

- "Estou?"

- "Estou, pai, é para te dizer que a mãe já me comprou uma prancha e por isso não precisas de comprar"

- "Ok. Obrigado por me avisares assim escuso de comprar..." - tinha ficado de comprar uma prancha para ti para depois usarmos no Algarve, logo aí que ondas são raras, mas isso é outro assunto.

- "Sabes a prancha é do Wrestling..."

- "Ena pá do wrestling..." - com voz de quem diz, tinha logo de ser desses caramelos. Entre a tua boa disposição dizes:

- "Sabes pai tenho mesmo sangue de surfista?"

- "Ai é, então porquê?"

- "Porque a mãe comprou a prancha hoje, mas eu já sei virar... Já sei virar pai!"

- "Ai é?"

- "Que barulho é esse?" - dizes enquanto o meu telefone do escritório toca...

- "O telefone do pai. Agora tenho de ir depois ligo-te à noite, diverte-te..."

- "Ok, beijinhos."

- "Beijinhos"

domingo, 27 de julho de 2008

E foste...

... de férias com a mãe.

Esta semana pernoitaste comigo 2ª-feira, 3ª-feira, 5ª-feira, 6ª-feira e Sábado.

Entre o meu aniversário e o teu pedido de ires dormir comigo logo na 5ª-feira fizeram com que passasses mais tempo comigo.

A mãe terminou o curso ontem, Sábado, e vai agora ter o merecido descanso contigo.

Sexta-feira fomos ao cinema e não evitei dormitar parte do filme, confessei-te também que o filme me decepcionou, esperava melhor.

Depois de jantarmos no Alentejano do Rio Sul, lasanha de salmão e legumes, rumámos à casa da C., onde o pai queria ir ver a L.

Chegados lá estivémos uns 15 minutos a lutar na rua com os Bionicle da Lego, a fazer tempo. O L. e a L. estavam com a C. e o primo M., tinham ido ao clube de video e traziam 3 filmes, dois dos quais para vocês crianças.

Então lá tiveste mais duas sessões de cinema, "A casa assombrada" e o "ScobyDoo 2". Saímos de lá eram 01H15.

Enquanto tu te entretinhas com os pequenos a ver os filmes, o pai falava com a L. e esta abria o coração cheio de dor, tristeza e mágoa. Mais uma relação em que a comunicação não funciona, e pai pensou nos paradoxos da vida, nas incongruências que ela tanta vezes nos revela. Enfim, valeu pela partilha.

Sábado tivémos manhã no parque infantil de Paio Pires, com gelado de seguida, voltámos a casa e fui fazer o almoço enquanto estreavas o jogo do HULK.

Pela primeira vez fiz salsichas com couve lombarda... era a mãe que costumava fazer, a minha estava muito boa, tu adoraste, a couve lombarda era da horta do avô R., pelo que ligámos a agradecer as belas folhas de couve que comemos. Também fiz uma carne à bolonhesa para a noite.

De tarde fomos à praia, foi muito agradável, onde pela primeira vez fizeste defesas dentro de água, e depois regressámos para tomar banho juntos.

Quer no caminho da praia, quer no caminho de casa, estiveste sempre muito próximo de dormir, mas não o fizeste. Assim, logo após o jogo do Sporting, que disseste querer ver, foste para a cama e quando acabei de ler a estória reparei que a minha assistência se perdera algures nas páginas do Tarzan.

Acordaste hoje bem disposto, ouvi-te e fui ter contigo à cama, mas quando cheguei estavas de olhos fechados e destapado. Tapei-te, dei-te uma festa, um beijo e fui tratar de arranjar as coisas para o pequeno-almoço, quando dei por mim estavas a pé à minha procura, quando me viste sorriste e disseste "Estava a fingir". Encheste-me num abraço e os votos de bom dia foram expressos mutuamente.

Soubeste a que horas ias, que a mãe te vinha apanhar à nossa casa e, após as séries televisivas que passam até aos Power Rangers Mystic Force, passámos a manhã a brincar. Verdade que ainda fizemos uma missão reciclagem sem vidro o que motivou alguma decepção...

Agora deves ir a caminho do Algarve, espero que faças boa viagem e que te divirtas.

Boas férias.

sexta-feira, 25 de julho de 2008

E hoje vamos ver isto

E o meu desejo é o de não adormecer...

quinta-feira, 24 de julho de 2008

Em férias - 03

Nestas férias os meus pais permitiram que tu mantivesses contacto com a tua familia alargada, assim receberam no Alentejo uma tia da mãe, que aliás eu sempre prezei, e com ela os seus dois filhos, o primo A. que tu adoras e a irmã, a S. que se queixa de tu não quereres brincar com ela.

Aqui fica o registo com a avó A. na foto também.




Diz a avó A. que passaste o tempo dentro de água, a sair e a entrar, ao ponto da pele da planta de um dos pés ter literalmente desaparecido, ela é que disse, o que fez com que tivesses de andar de pomada e meias no dia seguinte para ires ao Monte Selvagem.

Incerteza

Hoje a mãe está prestes a encerrar o curso da sua, esperemos, nova profissão.

Hoje a mãe tem um exame que deve ser mais um pró-forma do que qualquer coisa, porque já falaram com ela como uma das pessoas que será colocada.

Hoje fico contente por ela, porque ela se sentirá mais realizada profissionalmente e porque a nova profissão também permitirá que a mãe tenha mais rendimento disponível o que será bom para vocês.

Hoje aproxima-se o dia em que vou saber, depois da mãe claro, em que raio de sítio vai ela ser colocada... se há algumas hipóteses de ela ficar por aqui ou se na realidade, o que é mais provável, a mãe seja colocada longe, em Mértola!

Hoje apertasse-me o estômago ao pensar que se ela for para Mértola ou outro qualquer local distante as próximas sessões de mediação familiar vão ser mais animadas...

Acho que o teu interesse poderá ser não acompanhares a mãe nessa mudança de vida, mais a mais porque a colocação poderá ou será por tempo indeterminado, mas que se prevê curto e, a não ser que a mãe queira mudar de sítio para fazer a sua vida, se quiser continuar por aqui, eu considero que o ires fará com que percas tudo menos a companhia da mãe durante a semana, perdes os colegas de colégio, perdes a familia alargada, perdes os amigos... e percebi nos mediadores que eles tentaram alertar a mãe para tal...

No fundo espero que as notícias sejam de que ela ficou na zona para assim não termos de decidir como será... por nós, por mim, mas sobretudo por ti, espero que o futuro nos reserve boas notícias como aquela de que a mãe será uma das pessoas que passa o curso e acede a uma nova profissão.

quarta-feira, 23 de julho de 2008

A origem do mundo ou então das religiões...

Tu resolveste a coisa de forma simples, como aliás as crianças sempre fazem... sim os adultos habitualmente gostam mesmo é de complicar o que é simples.

Dissertavam os restantes convivas sobre a idade do pai, sobre as árvores genealógicas, que por vezes, senão a maioria, não têm lógica nenhuma, quando tu calmamente me chamas a atenção e dizes:

"Houve um primeiro homem. Esse primeiro homem teve filhos, e depois estes tiveram filhos, e mais filhos, e mais filhos e filhos, e filhos, e filhos e foi assim que o mundo ficou cheio de gente!"

"Muito bem filho, é uma possibilidade sim senhora que tudo tenha começado assim." - respondi de sorriso na boca orgulhoso pelo teu raciocínio limpo.

Perante a tua lógica simplista e correcta levantou-se o adamastor da dúvida que falou na pessoa do meu irmão, o teu padrinho J.

"Então e de onde é que veio esse primeiro homem, antes desse homem não houve um homem e uma mulher, como é que apareceram esses dois primeiros?" - falou o adamastor.

Encolhidos os ombros em sinal de dúvida, não te deixaste ficar pelo temor ao adamastor e no meio das tuas dúvidas respondeste com a justificação que é muleta de muita gente... disseste tu:

"Foi Deus..."

Em férias - 02

O avô R. descobriu uma forma de te entreter original, muito original, fazer puzzles com as cascas das melancias...

Depois consta que era ao gosto do freguês,"Quero um puzzle com três peças, fácil!"

"Quero um puzzle dificil, com... seis peças!"

E assim se entretem e estimula uma criança.

Em férias - 01

Quando estiveste no Alentejo foste visitado pela prima J. e pelo primo G., com eles foste ao Monte Selvagem, depois desse árduo passeio, á descansaram em condições dignas de registo, e em bom tempo o avô R. o fez.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Fui apanhar-te

O encontro estava marcado há muito, sexta-feira perguntaste-me telefonicamente se ia para o Alentejo naquele dia ou só no sábado. Respondi-te que iria de manhã, que iria tentar ir cedo mas, que dependia das horas a que me deitasse.

Disse-te que uma coisa te podia prometer, que iríamos dar um mergulho juntos antes do almoço.

Sábado pelas 10H00 quando me ia fazer à estrada o telefone toca, era a minha mãe a querer saber de mim, se estava demorado, a dizer-me que tu estavas aborrecido e triste porque ainda não estava lá.

Pedi para a avó te relembrar a nossa conversa e aquilo que ficara acordado, que iria dar megulho contigo antes de almoço.

O "teu" telefonema teve um efeito, já não fui pela estrada nacional em ritmo de poupança, fui pela auto-estrada em regime de "estás mesmo a pedi-las", verdade filho depois de entrar na A6 acho que só quando algum imbecil que não se apercebia da velocidade a que o teu pai ia, fez com que o carro do pai baixasse da linda velocidade de 200 kms/h.

Saído da auto-estrada segui em ritmo "normal", e em bom tempo o fiz porque a Brigada de Trânsito estava a controlar a velocidade... que sorte, e em 50 minutos estava ao pé de ti.

Estava a entrar na zona da "garagem" quando tu vens de sorriso aberto, colocas as duas mãos no vidro, um pouco a cima da cabeça, como se estivesses para ser revistado, mas ali permaneces a querer entrar... peço-te para te afastares para abrir a porta e mal o faço tratas de me saltar para o colo onde nos saciámos num grande abraço.

Sabe tão bem reencontrar-te...

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Ao telefone

Eis que agora te ligo todos os dias.

Umas vezes falas pelos cotovelos, que até te atrapalhas para dizer o que fazes, outras há em que pergunto o que fizeste e a resposta é "nada".

Mas, seja como for, houve uma grande mutação nos telefonemas, antes despachavas-me, parecias nada entusiasmado com o meu contacto, agora é o inverso ao ponto de ontem a dada altura me teres dito que estavas a comer o primeiro prato, ou seja que jantavas, e eu te tivesse dito,

"Então se calhar é melhor ires jantar?"

"Não pai, podes falar comigo o tempo que te apetecer..."

Estupefacção!

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Notícias e sensibilidade infantil

Liguei-te agora para saber de ti, não estavas, estava apenas a tua bisavó B. que me deu um relato curioso do que sucedia:

"O teu filho é um homem, anda sempre com o teu pai dum lado para o outro (...) andou a ajudar a amanhar os alhos, as cebolas (...) ontem nem jantou, foi dormir antes de jantar do cansado que estava (...) o teu filho anda a banhar com os avós, andam todos os três na piscina (...) o teu filho está muito preto (...) foram agora a Arraiolos passear, semeou girassóis - umas sementes que a mãe te deu para plantares"

No meio de tanta descrição a dada altura a minha avó, tua bisavó, muda de voz, o que significa que lá vem tema sensível e diz:

"Sabes ontem o D. a dada altura estava assim com um ar pensativo e disse <A minha avó R. nunca me dá um carinho> já viste a ideia do teu filho."

Interrompi-a e disse-lhe que não era assim, e não é, que de facto a avó materna era mais fria, mas que ainda assim te acarinhava e que esse tipo de afirmações não deviam de ser valorizadas, porque não eram bem assim.

Interrompe-me a minha avó para dizer algo que é verdade "possivelmente ela não brinca com ele como faz a tua mãe...", pois, deve ser isso, sim...

Entretanto penso no que a tua avó materna provocou na educação para as emoções à tua mãe e como isso se reflectiu na minha relação com ela, também na relação dela contigo, mas aqui sem grandes efeitos negativos sobretudo porque não me coibi de destruir a relação com ela para que os excessos não se tornassem o pão de cada dia.

Acho que perdi a questão, mas imagino que cada zanga que comprei ao dizer que as coisas eram excessvas por parte dela valeram a pena por ti, pelo que és. Verdade também que sempre disse que para excessos prefiro os de acção do que os de omissão.

Por outro lado dizer que constato sempre, provavelmente porque sempre estive atento a, que é extraordinária a sensibilidade infantil, em termos gerais, não só a tua...

Depois de me contar mais -n estórias de ti passou para o tema das dores e médicos, quando ao fim de 12 minutos de conversa quis desligar, estilo "já chega avó que tenho de trabalhar" acrescentou:

"Só queria que tu o visses sem que ele te visse!"

Também eu.

terça-feira, 15 de julho de 2008

Novidades das férias

Ligo-te e super rápido dizes que está tudo bem, perguntas-me como é que eu estou, o que tenho feito, respondo-te, pergunto-te se há alguma novidade para além da tosse que te oiço, e dizes-me hiper entusiasmado:

"Pai tomei banho na piscina à noite, foi muito bom".

Despachas-me para o meu pai, para a minha avó e tu bens sempre de seguida a perguntar por mim e a reafimar que está tudo bem.

Perante tanta insistência em que tudo está bem das duas uma, ou estás mesmo bem ou então levaste uma lavagem cerebral dos avós para dizeres que está tudo bem! :-)

O que será que foi, será que ainda te lembras?

segunda-feira, 14 de julho de 2008

Férias

Hoje começa a tua semana de férias com os meus pais.

Fui encontrar-te junto da casa do avô materno onde me esperavas de mala feita.

Encontrei-te tão bonito e com um sorriso tão forte, foi o meu primeiro sorriso do dia, hoje abraçar-te foi diferente para mim, hoje abracei-te de forma diferente, vi-te de forma diferente, senti-te de forma diferente... mas não és tu que estás diferente, tu estavas igual a ti próprio, sorriso lindo, calções caqui, t-shirt azul, ambas peças que te comprei, e estavas de óculos de sol.

Estavas lindo, muito bonito mesmo...

E vais de férias com os meus pais, vais divertir-te e isso é bom, muito bom mesmo.

Eu..., eu vou ficar por aqui a ver se endireito a minha vida profissional e se organizo a minha alma porque as coisas não estão bem com o teu pai, por isso hoje vi-te diferente, tu não estavas diferente, mas eu estava...

E talvez porque me sentiste diferente agarraste-me o bolço das calças quando me ia embora depois de me despedir de ti...

Surpresa e riso...

Hoje ao almoço, perante o entornar da água de um copo, olhas-me surpreso, sorris e declaras:

"O meu pai ainda faz asneiras!"

Sorri e respondi-te que não era perfeito, longe disso, e que asneiras também as faço. Felizmente não sabes de todas!

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Primeiro estranha-se, depois entranha-se

Há coisas D. que estranhamos inicialmente por elas não fazerem parte dos nossos hábitos, daquilo que fomos sendo.

Uma coisa que mais me custou quando saíste da nossa casa não foi ver as gavetas do teu roupeiro vazias, ou o quarto sem os teus brinquedos preferidos, curiosamente o que mais estranhei foi ver o frigorífico "despido".

Verdade, eu que inicialmente achava ridículo o frigorífico estar apinhado de papéis passei a ter aquela circunstância como normal, sobretudo porque o frigorífico tinha os teus desenhos, o agendamento das tuas actividades futuras.

Olhar para o frigorífico vazio foi das coisas que mais mexeu comigo.

Felizmente hoje já lá proliferam oa teus desenhos, um connosco de mão dada e a sorrir, ambos. E um sem fim de coisas que vestem o frigorífico de novo.

Ele há coisas assim, que se estranham, mas depois se entranham.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Mil mergulhos

Na terça-feira tínhas-me dito que tinhas dado 20 mergulhos, ontem perguntei-te,

"Então quantos mergulhos deste hoje? Muitos?"

"Mil!"

"Mil mergulhos?!? Isso é muito?"

"Não é, porque mergulhava, saía, mergulhava, saía, mergulhava, saía, mergulhava, saía, mergulhava, saía..."

"Então a água devia estar uma maravilha..." interrompi-te eu.

"A água estava gelada!"

"Olha se tivesse quente..." disse-te sorrindo.

Parabéns

Hoje estás de parabéns.

Bem vistas as coisas estás de parabéns desde o início da semana.

Porquê?

Simples, passaste a dormir sem o dedo na boca, deixaste de chuchar no dedo.

Ontem foi a prmeira noite em que na nossa casa dormiste sem dedo na boca, agarrado ao teu cão, mas sem chuchar no dedo.

E foi tiro e queda, também estavas cansado da praia, do filme, da brincadeira com os primos, dormiste muito bem, acordaste a meio da noite para beber água e acordaste de manhã bem disposto.
Chegámos a tempo, com os teus colegas ainda dentro da sala, estamos os dois de parabéns por isso também.

E hoje temos o aniversário da mãe da C. a L., que acabou de me ligar para nos convidar a ir apagar as velas e comer uma atia de bolo.

quinta-feira, 3 de julho de 2008

E o nosso destino hoje é...

Há semanas que o esperávamos.

E vamos acompanhados dos primos P. e G., e claro o teu amigo B.


Praia

Agora fazes a famosa quinzena de praia com o Colégio, por isso as rotinas estão um pouco alteradas.

De manhã a mãe deixa-te comigo, tomas o pequeno almoço, metemos o protector e levo-te ao colégio.

Chegas pelo meio-dia e esta semana os avós paternos são os responsáveis por te apanhar no colégio, dar-te banho e almoço até que a mãe ou eu te apanhemos em casa. Para a semana serão os avós maternos, ou melhor, o avô marno a desempenhar esse papel.

De manhã é sempre uma aventura, primeiro dia apanhámos os teus colegas a sair da sala para irem para a camioneta, terça-feira batemos à porta do autocarro que ia a sair para a praia, foi estilo filme, no último instante consgui entregar-te, ontem, estavam a meio caminho entre a sala e a camioneta, hoje já estavam a entrar na camioneta.

Hoje íamos mais atrasados do que ontem porque chegaste à nossa casa mais tarde, e perguntavas-me:

"Falta quanto tempo?"

"Dois minutos."

"E vamos conseguir?"

"Sim, acho que sim, vamos chegar depois da hora, mas antes dos teus colegas saírem... e falta um minuto"

"Oh, não! Já não vamos conseguir chegar..."

"Porquê?"

"Porque um minuto passa muito depressa..."

"Verdade, mas chegaremos antes deles partirem, por isso podes ficar descansado."

E chegámos, hein!?!

segunda-feira, 30 de junho de 2008

Às vezes dou por mim a pensar...


Se não exagero nas coisas que te incentivo a fazer, como esta... depois penso que prefiro que faças e testes limites próximo de mim, e o dia chegará em que eu já não caberei em ti para esses testes, em que os testes e limites serão testados a sós... até lá, divirto-me a dar origem a momentos como este.

As famosas luvas

Pés de liberdade


Relatório da avó A.

A avó entregou-me um papel em que escreveu o que tu respondeste às questões dela, assim em 23-06-2008 disseste que o que mais gostaste foi:

1. Dar mergulhos na piscina;

2. Andar de moto4 com o avô;

3. Do jantar ("sopa de ervilhas que eu descasquei, bife de perú com arroz, provei caracóis feitos peloavô R. e apanhados, antes comi morangos, a seguir gelado e melão na rua");

4. Ouvir os grilos à noite.

COISAS NOVAS:

1. "Ouvi os teus (dirigindo-te para a avó A.) discos antigos num gira-discos que a avó e o avô compraram quando casaram, antes do S. e do padrinho terem nascido";

2. "Comi caracóis e gostei";

3. "Apanhei beldroegas e ervilhas";

4. Descasquei ervilhas";

5. "Fiz o cristo-rei sozinho com as braçadeiras".

domingo, 29 de junho de 2008

E quase me esquecia...

...sexta-feira foi a tua festa de final de ano. Lá estivémos eu e a mãe a ver-te.

Para não variar sabias a coreografia toda e estiveste muito bem.

Tão bem que houve mesmo quem, dos pais dos teus colegas, viesse dizer-nos "O rapaz esteve muito bem, cheio de genica"

È verdade a forma como sulcaste o palco foi mesmo de quem tem muita genica e eu arriscava dizer, sem grande risco, que é de quem tem muita auto-estima e é feliz.

Ainda bem ;-)

Parabéns padrinho J.

Já é um quarto de século!

No aniversário

Como todo o almoço de familia que se preze as coisas estavam atrasadas e eu que tenho a mania de ser pontual fico sempre com um tempo extra, desta vez foi óptimo.

Como tinha ficado na sexta-feira com as tuas coisas do colégio, fiquei também com a compilação dos teus trabalhos ao longo do ano no colégio.

Aproveitei e decidi vê-los contigo.

A dada altura vejo este

e digo-te "gosto deste, está muito giro" e tu de rompante brindas-me com esta resposta "É arte".

Pois que encher a cara com um sorriso e reafirmar a tua afirmação pareceu-me o mais sensato, isso e pedir para tirar esta fotografia ao que me respondes,

"Podes tirar as fotografias que quiseres a todos os meus trabalhos."

Muito obrigado filho!

Antes do aniversário

Antes de irmos almoçar com o meu irmão no sábado, a casa dele e tudo, tratámos de ir à piscina.

Depois passámos por casa a apanhar as prendas e sobretudo uma prenda que te dei quinta-feira, umas luvas de guarda-redes. Face à importância que lhe deste acho até injusto que não tenha um post só delas, mas pode ser que um dia faça um comentário por aqui só sobre as luvas.

Olhei para a roupa que a mãe te enviara e vi uns calções brancos que pensei que ficariam verdes se fossemos jogar com eles vestidos e isso era muito chato, mais a mais os mesmos tinham de durar o dia todo para depois ires ao Alentejo com a mãe.

A sorte foram uns calções que comprara na sexta-feira na H&M, que estavam em promoção e custam metade do preço, ou seja, 4,00 €. Nem por acaso o mesmo preço das luvas de guarda-redes, agora que penso nisso.

Como os calções eram azuis esuros enquadravam-se perfeitamente na roupa que tinhas e, sobretudo, permitiriam que brincasses sem mudar a cor de uma peça de roupa.

Lá fomos para um relvado tratar de fazer eu remates e tu defesas.

No decurso da brincadeira ficaste imensamente suado, escorria-te o suor de fio, encarnaste o papel de guarda-redes com uma profundidade que foi obra.

Adorei sentir-me a desempenhar o papel que todos os pais deveriam de fazer e recordar mais vezes, é que nós somos os vossos melhores brinquedos.

Ah! E parece-me que é bom de investir numa carreira de guarda-redes, tens jeito!

E, por último, adorei a foto da esquerda, é que ficaste tu e a bola no ar, em suspenso. :-)

E fomos ao outro concerto

Na sexta-feira tratámos de ir à feira de novo, agora acompanhados da C. e dos pais dela.

Encontrámos a tua amiga F. do colégio com quem te divertiste a andar de carrocel.


No fim tratámos de ir ouvir o Pedro Khima e chegámos quando ia começar a música mais conhecida dele, pelo menos para mim, e que tem por refrão "mais" mas que se chama "Esfera".

Gostámos do concerto, das músicas, eu pessoalmente fiquei com uma dor enorme nas costas porque te tive às minhas cavalitas paar veres o concerto.

Depois o sono chegou e pediste para partir, as pessoas que nos acompanhavam também estavam na mesma onda e lá fomos, partimos mesmo antes da última música.

Perguntaste-me porque é que as pessoas estavam a ritar "só mais uma" e eu trouxe à colação o teu concerto do Gabriel e perguntei-te se com ele também não tinha sido assim, sorriste e disseste que sim.

Depois como o rapaz/cantor repetiu uma das músicas que já tocara disseste-me que o Gabriel tinha tocado/cantado uma música diferente, que nem havia nos discos.

Depois ouvimos a música junto ao cais que há próximo da baia, sentados com os pés quase a tocar a água... foi muito giro para ambos, despedimo-nos de quem nos acompanhou e fomos rotinar o dormir.

No dia seguinte o padrinho J. fazia anos.

sexta-feira, 27 de junho de 2008

...e vimos um concerto dos LUPA!

...chegámos mesmo a tempo, estava pouca gente, mas depois verificámos que a qualidade do som e das letras merecia bem mais gente do que muitos dos famosos.

Adorámos as letras das músicas e as músicas em si também. Gostámos tanto que fomos ficando... ao ponto de me dizeres que estavas com sono mas que querias estar até ao fim.

Parte do concerto vimo-lo sentado, tu e eu, mesmo em frente ao palco. Mais para o fim tratámos de nos levantar e ver o concerto de pé, a dada altura disse-te, "bom esta será a última música porque estás cansado e temos de ir porque também já é tarde". Depois dessa música foste tu quem me lembrou do limite dizendo "pai não disseste que nos iamos embora depois desta música?"

E lá fomos juntos, pelo paredão junto à baia do Seixal e a falar das músicas e de como gostámos do concerto.

Depois perguntaste-me "Porque é que aquela música era para as pessoas estúpidas? Porque é que ele disse que era uma estupidez?"

Pensei como abordar a questão drogas de forma suave, a música era sobre como é estúpida a dependência de drogas e de como o único fim delas é o nosso próprio fim e sendo tema sensível não quis deixar de te responder como aliás sempre o fiz, adaptando naturalmente a explicação para que a mesma seja simples e de preferência sem mais porquês. Não porque não gosto de reponder aos teus porquês, mas apenas porque gosto de sentir que ficaste sem dúvidas.

Então respondi-te,

"Sabes ele estava a chamar estúpidas às pessoas que tomam drogas. As drogas são coisas que são parecidas com o fumar, mas com consequências piores. Tal como não deves fumar não deves tomar drogas porque elas só te fazem mal à saúde".

Felizmente o "não fumar" já é conversa habitual, falarmos dos malefícios, por isso aceitaste a explicação muito bem. Sem porquês seguintes.

Depois ouvimos uma música do Jorge Palma que expressava como eu me sentia ontem, a música tinha por refrão "Frágil, hoje sinto-me frágil".

Mas a verdade é que ontem a noite contigo foi muito boa e senti que tu adoraste também... venham mais assim!

Fomos à feira...


Ontem depois de sair da casa dos meus pais, pensei fazer uma coisa que não me era habitual, que eu não gosto de fazer, ir à feira... sempre detestei aglomerações de pessoas, parvoíce infantil ou juvenil, confusão, mas pensei que tu gostavas e por isso pensei em ir contigo e em boa hora o fiz...


Perguntei-te se querias ir e a resposta foi um estridente "SIM!!!"


Passámos por casa para eu deixar o meu fato de macaco em casa e vestir algo informal. A ti troquei a T-shirt com a nota de que esta devolvia-a à tua mãe porque ao contrário das outras que lavo, esta tinha nódoas de mais e eu ão devo ter o know-how para as tirar todas... a tua t-shirt ontem estava mesmo linda... :-)


Agarrei em ti e lá fomos à feira do Seixal.


Tratei de te fazer andar numa das diversões que quiseste, escolheste os carrinhos de choque.


Acho que foi a primeira vez que andaste nos carrinhos de choque, comigo a ver foi de certeza.


A coisa até correu bem porque dei contigo a fazer cara de "vou-te bater com o meu carro" e verifiquei a dada altura que estavas embuido do espírito porque ao invés de evitar os embates, procuravas os embates.


Por vezes perdiaste a olhar para mim, sobretudo quando estavas rodeado de carros, como se eu tivesse o poder telepático de te resolver o assunto.


Encontrámos na mesma diversão a M. e os pais, a S. que foi minha colega de escola da preparatória e que agora está grávida.


Depois de saírmos querias ir a outro, mas expliquei-te que já gastara 5 €, e que embora só estivesses estado numa diversão, andaras 5 vezes nos ditos carrinhos de choque, pelo que, não iria gastar mais dinheiro contigo em diversões.


Tratámos de ir andando de volta ao carro com o propósito de ouvir o conjunto musical da noite, no caminho íamos na estrada e tu dizias-me que ias passar o traço contínuo da estrada, ao que eu respondia que te tirava a matrícula para te multar. Depois tratavas de correr a fugir do agente policial, aqui o je, no fundo o espaço que mediou as diversões até ao concerto passou rapidamente porque íamos entretidos.


Chegámos à zona dos concertos e iam começar a tocar...

1ª Sessão de Mediação Familiar

Ontem eu e a mãe estivémos reunidos para falar do nosso futuro, do futuro das nossas uniões a ti e de ti a nós. Tu sabias que seria assim, e hoje de manhã, a caminho do colégio, perguntaste se eu e a mãe tivémos a reunião.

Perante a resposta afirmativa perguntaste-me:

"E falaram do quê?"

"Falámos do nosso futuro, falámos de ti, da casa, mas sobretudo de ti."

"E o que é que decidiram?"

"Até agora as coisas têm estado a correr bem não têm?" perante a tua afirmação continuei "Para já decidimos que queremos que as coisas continuem a correr bem como até aqui e logo que tenhamos tomado decisões depois de nós tu serás a primeira pessoa a conhecer essas decisões."

E assim será quanto à comunicação e assim espero quanto à continuidade da harmonia até hoje existente.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Antes & Depois


Ligaste-me

Foi há pouco, eu acabara de acordar, atendi o telefone e eras tu a dizeres que tinhas muitas saudades minhas, que me querias ver, que querias que te levasse ao colégio.

Tratei de arranjar as coisas por forma a apanhar-te... e lá te encontrei 40 minutos depois, de sorriso largo, de cabelo cortado, igual ao meu como tu dizes, e também eu estava cheio de saudades tuas, muitas.

Trataste de tirar dúvidas:

"Tu cortas o cabelo com pente 3, não é pai?"

"Sim fiho, é pente 3!"

"Por isso temos o cabelo igual!" - dizes enquanto passas a mão pelo meu cabelo.

Fomos falando e ouvindo Gabriel o Pensador no caminho até ao colégio.

Deixei-te de sorriso na cara e o meu fechou-se logo após te ter deixado.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Começas cedo...

"Bem me parecia que estavas no trabalhinho"

Disseste-me tu há pouco, depois do habitual "bom dia", quando liguei para o Alentejo para saber se estavas bem.

E estavas, tão divertido que até gozaste com quem trabalha.

Estou a trabalhar estou, embora confesse que não na última meia hora...

Animais

Entre a promessa da mãe que estás sempre a recordar de que um dia vais ter um cão e a realidade presente, gatos da avó A. e cadela na bisavó B., no Alentejo, verifico que andas em fase de interagir muito com os animais, mesmo quando tens de ultrapassar pequenos obstáculos, como a altura do local onde eles se encontram.

De quando em vez...


... vamos ver uma exposição de quadros, seja na biblioteca, seja em Almada na oficina da cultura.

O quadro do gato foi o que mais gostaste...

Sujar


Eis o que fazemos todos bem quando damos largas à imaginação e à criança que há em nós. Tu não és diferente, aqui jogávamos à bola, os joelhos ficaram verdes... :-)

Influência

Há dias fomos ao parque novo na Costa da Caparica, um banho de gente, mas lá estivémos a ver as novidades, quer dizer eu fui ver as novidades, tu foste lá pela segunda vez, porque a primeira foi com a mãe.

Enquanto ias para a frente do veículo do parque infantil declaravas "estou a fazer como o Indiana Jones".

Wrestling com o Padrinho J.



Agora sempre que comemos com o padrinho a sobremesa é uma luta de wrestling. Deve ser por isso que andas com tão grande apetite.

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Fim de semana prolongado

Este fim de semana foi mais comprido.

Não te apanhei como é habitual na sexta-feira porque a mãe não trabalhou por ser feriado em Lisboa.

Por isso, apanhei-te sábado de manhã, fomos à natação, depois ao parque, depois fomos comprar a sobremesa para o almoço e um ramo de flores para a cozinheira do dia, fomos almoçar com os primos P.G. e M.

O almoço correu bem, divertiste-te com os primos e depois de almoç acordámos ir ver cinema, fomos ver o HULK2, que já viras sexta-feira com a mãe, mas que revelavas interesse em ver comigo de novo.

E lá fomos, nós, a S. o P. e o primo dele o B.

Saíste entusiamado do cinema e despedimo-nos dos primos com um até breve.

Fomos a casa e tratámos de jantar para depois de jantar irmos ver os teus amigos G. e G. e eu ver os meus amigos.

Tivémos a boa notícia de que se quisesses dormir comigo poderias fazê-lo, perguntei-te se querias e respondeste de imediato que sim, disseste-o à mãe telefonicamente e soube que na manhã seguinte seria a hora de nos despedirmos.

Fomos a Almada ter com os amigos como ainda faltava algum tempo para a hora acordada fomos ao parque infantil e andámos de um lado para o outro contigo atrás de mim a pedalar.

Depois os amigos chegaram, brincaste uns bons minutos, emprestaste a tua bicicleta ao amante de automóveis e depois tivémos de ir embora.

Estavas estourado, aliás, depois de jantar foi uma aventura manter-te acordado, por isso foi quase imediato o teu deixar de dormir depois da estória curta que te contei... o cansaço e sono eram muito.

De manhã acordei contigo, olhei o relógio 11H10.

Chiça... dormimos imenso, pensei. Tratei de te despachar para te levar à casa dos avós o que fiz por volta das 12H00.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Oferta


Sábado ofereci-te um cachecol da selecção, quando fui às compras havia um CIF que trazia um spray maravilhoso de oferta e um cachecol, o preço era o mesmo dos outros, nem hesitei, venha.

Ofereci-te o cachecol para assistires ontem ao jogo, estavas deveras contente de ter um cachecol de Portugal.

E eu por te o ter oferecido, ainda por cima sem custos adicionais.

Foi uma compra que foi um verdadeiro 3 em 1.

Só espero que o próximo jogo nos dê mais alegrias do que este.

Contagem

10 Pólos
9 T-shirts
3 T-Shirts tuas
2 calças (umas eram de ganga, que não costumo passar, mas estavam tão amarfanhadas...)
1 calças de Pijama (eu sempre disse que nunca passaria peças para dormir, mas a minha veia de fada-do-lar impôs-me a passagem a ferro da dita)
1 toalha de mesa

Esta foi a minha noite hiper animada de ontem a ver a selecção perder e depois a ouvir os entendidos da bola a fazerem o rescaldo.

Ontem dediquei-me a ser Dona-de-casa, desde que te deixei na casa dos avós (12h) até às 17h e depois das 20h30 até 23h30 tratei de arranjar a casa e as coisas da casa.

Ando agradado com a minha capacidade de gerir as coisas.