sexta-feira, 30 de março de 2007

Parques infantis


Desde cedo fizeste destes espaços, espaços de eleição.


São o local onde libertas energias, onde redescobres limites e onde usas o elemento que mais aprecias, o baloiço.


Recordo que desde cedo te sentaste e ficaste agarrado por ti ao baloiço. Comigo só tiveste uma queda que foi minimizada pela minha veia de guarda-redes...


Recordo-me perfeitamente de me ter estirado e apanhado, nem sei bem como..., mas apanhei-te e recordo que ficaste a rir como se aquilo fizesse parte da brincadeira.


Seguramente terias pouco mais de um ano.


Os parques para ti estão catalogados.


Nem sempre te apetece ir ao mesmo, o que é bom também para nós, pais, e por isso arranjaste naturalmente uma forma muito interessante de os diferenciar.


Ele há o parque da mãe (nome da mãe), o parque da avó (nome da avó paterna), o parque do avô (nome do avô materno), o parque da P. (nome da Ama)...


Eu não tenho um parque com o meu nome.


Julgo que deva ser porque eu sou o responsável por não quereres ir sempre ao mesmo parque, ou não!


De facto, os outros obtiveram o nome das pessoas porque eram elas que te levavam com frequência ao referido parque infantil, agora eu recordo-me de pelo menos quatro parques infantis aos quais te levo para além dos que já têm nome...

O mais importante para ti é que o parque tenha um baloiço, adoras baloiçar.

quinta-feira, 29 de março de 2007

Puzzles


Sempre foi um prazer ver-te a fazer puzzles.


Parece que ainda te estou a ver de mãos muito pequenas a fazer os puzzles, seguramente começaste a fazê-los (de 4 e 6 peças) antes de fazeres os dois anos.


Os primeiros que fizeste acompanhavam uns livros de estórias infantis, Branca de Neve, A Bela e o Monstro, etc.


Depois lembro-me de uns do Noddy, em madeira, dentro de uma caixa de madeira, que sendo quatro puzzles, de doze peças cada, te acompanhavam sempre que íamos almoçar ou jantar fora.

Era assim que te entretíamos enquanto esperávamos a vinda da comida e os amigos, esses, espantavam-se por ficares ali entretido a brincar.


Depois foram oferecendo-te puzzles, os amigos e nós também.


Este, do qual deixo uma foto, fui eu que te ofereci.

Tem 54 ou 56 peças, agora não o sei de cor, mas lembro-me perfeitamente do momento em que te tirei esta foto, foi no dia em que te ofereci o Puzzle e de imediato o fizeste, todo, sozinho.

Às vezes dizes-me que queres brincar aos puzzles... significa isto que queres desafiar-me para fazermos cada um o seu puzzle, naqueles que vêm em conjuntos de dois ou mais... fazemo-los e depois trocamos para ver quem ganha, e,... não sei se é falta de treino mas, às vezes, não tenho de fazer um compasso de espera, ou mesmo fazer que não sei de uma peça, para que me ganhes.

terça-feira, 27 de março de 2007

Expectativas...

As expectativas em torno do teu espatáculo eram grandes.

Já o tinham sido o ano passado, por altura da festa de natal.

O problema das expectativas altas é que não raras vezes ficamos decepcionados.

No que respeita ao teu espetáculo fiquei decepcionado, não pelo teu papel ou pelo teu desempenho mas, sim pelo tamanho do teu papel, pela relevância da tua intervenção.

Parece que te estou a ver... a ir em direcção a um piano, acompanhado da Prof. de música, a fazer uma vénia a meio do caminho, a sentares-te ao piano, simulando o tocar do mesmo, e depois a regressar para detrás do pano.

Mais tarde ainda apareceste, para mais duas músicas, sendo que em ambas estiveste acompanhado de outros colegas...

Importa dizer que verifico, acredito que o faço com total isenção, que na tua faixa etária, mesmo na faixa etária seguinte, és o elemento que sabe as coreografias sem mácula, bem como, és o elemento mais participativo, és o elemento que sabe as letras estando sempre a cantar...

Muitos comportam-se como "o qu'é que estou aqui a fazer" ou mesmo "tirem-me deste filme"...

Por isso fiquei feliz, contudo, esperava que tivesses mais tempo em palco, que tivesses uma maior intervenção no teu papel de Mozart.

Mas esta decepção, à imagem de tantas outras deveu-se ao cenário que criei com tudo aquilo que me transmitiram e que, face ao que vi, ficou àquem. Mas, importa esclarecer, a responsabilidade não foi tua... tu estiveste muito bem...

Os meus Parabéns.

(Revisto dia 28/3/2007, pelas 12:45)

sexta-feira, 23 de março de 2007

Pequeno Mozart

Já aqui falei da tua costela musical, que vem da parte da mãe, o pai esse, nas tuas palavras, canta mal, ponto final.

Daqui a algumas horas serás o pequeno Mozart numa apresentação a realizar no teu e para o teu colégio.

Andas a treinar há diversas semanas, há dias tiveste de sair mais cedo do ensaio para ires para o Algarve e parece que quando chegaste ao pé da M., a Prof. de música disseste:

"M., hoje vou sair mais cedo porque vou para o Algarve de comboio para ir ter com o meu pai. Mas não te preocupes que eu já sei tudo." - e sabes.

A M. já disse que tu eras especial.

E se para mim serias sempre especial, ouvir quem percebe de uma determinada área dizer-nos, genuinamente e não em comentário para inglês ver, que és especial, tem um sabor... ESPECIAL, claro.

Pois terei de deixar o trabalho, coisa que faço com gosto e naturalidade, o patrão é porreiro, ;-), mas que me impedirá, quiçá, de estar esta noite contigo o tempo todo... os prazos na minha profissão por vezes são tramados e não há desculpa que me valha... nem a de que foi para te ver.

Boa sorte.

quinta-feira, 22 de março de 2007

And the winner by K.O. is...

Este é um bom mote para esta coisa de seres rapaz... tudo serve de desculpa para uma rixa.

Seja corpo a corpo comigo, seja com os bonecos (imensos) do homem-aranha, seja com as mãos (quando estás sentado na sanita passas o tempo a coreografar lutas entre as mãos...), seja de que forma for tem de haver luta...

A luta tem sempre um bom e um mau, na tua realidade só há branco e preto, não resta espaço para o cinzento...

Ontem, quando dizias vamos brincar com as tartarugas às lutas, dei por mim a dizer: "Então com qual é que eu vou ser o mau...".

Mas o que motivou esta lembrança e respectivo título foi o que se passou ao jantar.

Depois da soupa e enquanto esperavas o segundo prato decidiste-te a fazer mais uma luta, desta feita os intervenientes eram a faca e o garfo.

Perguntei,

"Então na luta entre a faca e o garfo quem é que ganha?!?"

"O garfo!" - disseste tu convicto.

"E porque é que é o garfo a ganhar e não a faca?" - disse tentando puxar pelo teu raciocínio lógico.

"Porque o garfo TEM MAIS ESPETAS".

Então não se estava mesmo a ver... :-)

quarta-feira, 21 de março de 2007

Fim de semana


E este fim de semana lá estivémos no Algarve, com Amigos de longa data do Pai e da Mãe, pessoas de quem tu também muito gostas.


Eu e a mãe (mais eu,mas... fica assim) sempre fomos muito de deixar-te tomar contacto com o mundo sem grandes constragimentos.


Este fim de semana mais uma vez houve alguns pais a olharem-nos de lado...estou a imaginá-los a dizer qualquer coisa do género aos filhos: "Ainda não é Verão, ainda não se pode tomar banho" e...


...E tu..., a dois ou três metros dali, tomaste banho como se fosse Verão.


A mãe ainda dizia de vez em quando "Mas está tanto frio..."


Ao que lhe fui dizendo:


"Está frio para ti, para ele pode não estar. Eu quando era puto também era assim, sempre dentro de água e lembro-me que não havia água fria por mais que os dentes batessem... deixa-o estar... se ele tiver frio ele sai."


E a mãe dizia:


"E se ele se constipa?"


"Se se constipar...passa. Já viste que os povos do norte da europa expõe os filhos ao frio e nós aqui com este tempo escondemo-los para não terem frio."


Soube por meio dos Amigos distribuídos por essa Europa, que os pais metem os filhos, agasalhados é certo, nas varandas, à rua, para se habituarem ao frio... e eu vi, com os meus olhos, na Holanda crianças a andar de bicicleta com os pais com 5 e 6º C.


Culturas.


O que sei é que ficaste na água tempos e tempos, saíste apenas quando te chamámos, e hoje lá andas, sem constipações...


E foi bom ver-te cheio de alegria a pular, chapinhar, cair, enfim... a ser criança sem espartilhos.

Astronauta e Megulhador

Há pouco quando íamos na nossa viagem para o colégio disseste-me:

"Quando for grande quero ser astronauta."

"Quero ir apanhar estrelas."

"Quero ser astronauta e mergulhador."

"Os astronautas têm naves para voar."

"Os mergulhadores mergulham."

"Primeiro os mergulhadores têm de aprender a mergulhar e isso eu já sei. Depois têm de aprender a mergulhar com as máscaras e aquelas coisas nas costas. Isso ainda não sei."

terça-feira, 20 de março de 2007

Depois da medalha...

E como se diz, no melhor pano cai a nódoa.

Depois de dizeres que merecia uma medalha pela forma como conduzia, a minha prenda antecipada, eis que ontem, quando regressávamos de outra viagem, desta vez ao Alentejo ao aniversário de uma bisavó paterna, disseste enquanto passávamos uns sinais luminosos que acabavam de ficar verdes:

"Sabes padrinho, o meu pai quando me vai pôr ao colégio, quando vê o sinal vermelho passa logo, assim depressa. Sabes o verde é para passar, o amarelo é para passar com cuidado, mas o vermelho é para parar... e o meu pai quando vê o vermelho não pára, passa depressa!"

Depois de umas risadas para descontrair, acabara de me ser descoberta a careca, lá te disse a ti e aos demais no carro:

"Bom provavelmente o que acontece é que quando eu passo o sinal está amarelo e tu como estás aí atrás, quando passas vês o sinal ficar vermelho..." a coisa não parecia ter pegado e explicado o teu comentário, pelo que, lá disse:

"Bom é provável que por vezes passe com o vermelho quando eu vou colado a outro carro e ele passa com o amarelo e o pai quando passa ele esteja a mudar para o vermelho. Mas sabes filho o pai quando faz isso apenas o faz porque sabe perfeitamente qua não mete ninguém em risco, muito menos tu."

Face às risadas gerais dos adultos que seguiam connosco estou a ver que não fui convincente. E tu terminares dizendo:

"Mãe a sério, o pai passa com o sinal encarnado".

Desisti e fiquei divertido com a situação mas, manifesto que fiquei atento a futuros incumprimentos em que possas estar presente.

Prendas...

Então foi assim:

Recebi um uma foto num porta-fotos feito por ti, "pintado com um pincel e que suja as mãos";

Recebi um tapa-sol para a voiture que é um mimo, em que estou eu e tu, "o pai é gigante, mas eu sou maior", disseste tu à mãe.

Houve uma mini-festa em que comi umas belas bolinhas de chocolate com bolacha, estilo salame de chocolate. Houve bolo de bolacha, café para os pais e sumo para os infantes.

Do grupo de vinte e poucos que há na sala, só dois ou três amiguinhos não tiveram os pais lá. Deve ser triste ver todos os colegas com o pai e nós não, independentemente da razão dessa ausência...

No jogo das cadeiras portámo-nos muito bem...fomos os penúltimos a ser eliminados, ficaram apenas dois pares que disputaram a cadeira final.

Divertimo-nos juntos e isso foi o mais importante, claro está que quero agradecer as prendas.

Obrigado.

segunda-feira, 19 de março de 2007

Parabéns

A todos os pais.

Lembro neste momento as palavras de uma pessoa que me ensinou a crescer e a conhecer, e que me trouxe muita paz na altura e hoje mais me ajuda nesta tarefa herculiana de criar um filho, e que me ensinou que, "Todos os pais dão o melhor de si aos seus filhos, se não deram mais foi porque não sabiam ou não podiam dar".

Agradecer aqui o amor que o meu pai me deu que, embora muitas vezes não fosse demonstrado do jeito que eu queria, permite-me hoje ser o homem que sou e sobretudo o pai que sou e de que muito me orgulho.

Estou quase a ir para a festa do colégio, vou ver a surpresa que o meu Pilas me fez... acho que mete um tapa-sol, o qual vou postar aqui.

;-)

Hoje é o meu dia

Ah pois é!

Já passou o tempo em que me limitava a pensar o que comprar ao meu pai, agora é tempo de gozar da mordomia de ser pai.

E é incomensurável esse prazer.

Prenda física, daquelas em que se gasta dinheiro, já combinei com a mãe ser desnecessário, a maior prenda é ser pai de ti.

Mas, não bastasse esse simples (ou complexo) facto, ontem brindaste-me com uma prenda...ok não era o dia do pai, mas compreendi que, como outras situações, não te conseguiste conter e deste-me a prenda do dia do pai antecipadamente...e a piada é que nem sabias que o fazias.

Regressávamos do fim-de-semana em terras algarvias quando disseste, ali para os lados de Alcácer do Sal:

"Pai, tu conduzes muito bem. Mereces uma medalha grande... Mãe tens de me ajudar a fazer uma medalha grande assim (e abriste os braços o mais que podias)."

Após uma ligeira pausa,

"Pai, tu mereces uma grande medalha porque conduzes bem, brincas comigo, lês-me estórias, dás-me beijinhos (e uma série de outras coisas que agora não me lembro, mas que gostei de saber gostares de as fazer comigo). Gosto muito de ti pai."

E eu amo-te muito filho, obrigado pelo presente.

terça-feira, 13 de março de 2007

Evelhecer...

Quando eu me começo a habituar à terminologia de todos os heróis de um determinado filme ou série, lá vens tu piscar o olho a outros bonecos e a fazer com que eu fique desactualizado...

Estava eu ainda a habituar-me aos heróis do BACK TO GAYA - Pequenos Heróis e eis que viste o filme BIONICLE...

...E agora viste o BIONICLE 2...

E agora tudo gira em torno dos BIONICLE...para piorar a coisa ontem "comi" no Macdonald's um happy meal, para te dar o boneco e, tchan tchan, o boneco era um BIONICLE, o que aumentou a febre com a série

...e ele há os TOA, os... "nã me lembra"...e os "não sei"...e os "o pai ainda não viu o filme"...e o grande espírito...

Bom, um grande espírito é aquilo que é preciso ter para te conseguir acompanhar.

Não são as evoluções dos computadores e demais gadgets que me fazem sentir envelhecer...és tu que me fazes sentir a dificuldade de acompanhar a tua evolução no conhecimento de personagens e cenas de filmes.

Caminhos...

Ontem lá fomos comer aos avós maternos como é usual.

No regresso a casa perguntaste-me se era tarde para passar naquela estrada em que por vezes as pessoas roubam.

Fizeste essa pergunta porque há dois caminhos para regressar a nossa casa.

Há um que a partir de determinada hora não gosto de passar porque passamos num bairro problemático, bem como, a estrada onde circulamos é secundária, havendo sempre a real possibilidade de apanharmos com um acelera... por isso a partir de determinada hora quando pedes para que tome aquele caminho digo-te que já é tarde.

A primeira vez que recusei e te expliquei porque não queria passar ali motivou uma catadupa de questões que consegui responder sempre sem criar outras perguntas.

Ontem lá me pediste para passar por lá porque não sendo tarde "não há pessoas para nos roubar, não é pai".

Mal entrei na referida via fui brindado por estas palavras:

"Pai, eu vou muito atento para ver se há pessoas para nos roubar. E se houver, eu abro o vidro e grito que não podem nos roubar e depois eles vão para casa tristes porque não nos roubaram, não é pai?"

(sorrindo) "Pode ser que sim filho, mas agora não há ninguém que nos possa fazer mal."

"Pai mas eu vou muito atento a ver se há!"

"Ok!"

Fiquei descansado por pensar que ia muito seguro contigo ali ao meu lado.

segunda-feira, 12 de março de 2007

Futebol

Já era tempo de falar desta doença masculina.

Eu adoro jogar futebol, é aliás o meu destressante de eleição.

Tu gostas de jogar, mas já vi que não vais ser artista da bola. Tu és mais virado para a música, usas bem a cabeça mas não é para a bola, pelo menos, por enquanto.

Verdade seja dita, que adoras atirar-te para o chão e fazer de guarda-redes.

E quem é que tu decides encarnar... tinha de ser... o RICARDO, guarda-redes do meu clube... esse rapaz da mesma margem do rio que eu, mas com o qual nunca fui à bola...

Devo dizer que revelas uma capacidade preocupante de te pareceres com ele, mais que não seja pelos golos que por vezes sofres... ;-)

Apesar da fase de identificação com a minha pessoa que neste momento atravessas, no que respeita a clubes dizes há muito que és do "Sporting, Benfica e Boavista"

Se as duas primeiras percebo, eu sou sportinguista, o avô materno é um doente do benfica..., já o Boavista...não tenho ideia nenhuma de como fixaste tal simpatia.

Dê por onde der, tem a sua piada ver-te interpelado por terceiros dizeres que és do "Sporting, Benfica e Boavista. Ah, e também do Portugal" (sic).

quinta-feira, 8 de março de 2007

Educação Sexual

O livro que trouxeste da Biblioteca com a mãe, "A mamã pôs um ovo", fez-me ficar feliz por saber que estou no bom caminho, e a mãe também, sobre a educação sexual de um filho da tua idade.

Desde cedo te disse que tinhas nascido porque o pai tinha colocado uma semente na mãe e isso fez, juntamente com um ovo dela, com que tu fosses concebido.

Ora o livro que levaste hoje para o colégio aborda a temática vista neste prisma simples e honesto.

A Educadora lá disse conhecer o livro e que era o adequado para as idades deles e que conhecendo sabia-o esgotado há muito, pelo que, agradecia ter-lhe levado para ela ler.

Ontem quando te lia a história foi particularmente engraçado ver que só tiveste uma questão perante a temática... A dada altura o livro fala do encaixe entre o "tubo",sic, do pai e o "reservatório", sic, da mãe e diz que há várias formas de encaixe, ou seja, têm desenhos com diversas posições (naturalmente são desenhos infantis e sem qualquer componente erótico/pornográfica). E aí perguntaste,

"O que é que estão aqui a fazer?"

"Sabes filho o pai e a mãe podem encaixar de várias maneiras, como podes ver aqui, (apontei)olha aqui está o pai em cima da mãe e aqui (apontando para outro) está a mãe em cima do pai. Agora repara filho como independentemente de quem está por cima estão os dois quê?"

"Contentes!"

"Exactamente filho, estão a sorrir, porque seja de que maneira for que eles encaixem, quando encaixam é bom e ficam contentes".

E a tua alma sossegou e ficaste pronto para dormir.

A viagem para o Colégio

A nossa deslocação para o colégio (5-10 mts) é sempre acompanhada de um diálogo, rara a vez em que não temos assunto ou então preferes ir a ouvir uma música ("Pai quero ouvir aquela música que é dos Limp Bizkit, mas eu pensava que não era...").

Hoje não foi excepção.

Quiseste levar duas coisas: um livro (A mãe pôs um ovo) e um filme (DVD).

Do livro não falaste, mas eu falarei noutro momento, do DVD foste a falar o caminho todo.

Falas de cenas, de diálogos e pedes para que te confirme aquilo que dizes... e eu, mais desmemoriado do que tu, lá digo que deves ter razão porque o pai não se lembra bem dessa parte (para não variar adormeci a ver o filme).

Entretanto fazes-me um pedido:

"Pai quando chegarmos pede à R. (educadora) para não tirar o início do filme, ela faz sempre isso."

"Ó Pilas deve ser porque a R. quer por logo no meio ou na parte final do filme."

Após breves segundos,

"Eu acho que é porque a R. pensa que as letras do início são as letras do fim do filme."

:-)

Chegado ao colégio lá conquistei mais um sorriso da R. quando lhe pedi para não deixar de passar as letras do início do filme porque elas não são as letras do fim do filme e, portanto, são para ver.

quarta-feira, 7 de março de 2007

Dentes

Há pouco tempo foste visitado por uma Amiga do pai, a M.

A M. não imagina a utilidade que tem para mim e para ti.

Muitas vezes invoco a memória da M. (não está morta, felizmente), invoco-a porque, sendo rapariga para as minhas idades, usa um aparelho nos dentes.

Então, pela manhã, quando te acordamos e vais para o sofá, há sempre o período em que estás a acordar e eu e a mãe andamos para trás e para a frente, passando por ti algumas vezes...

Como sabes que só podes chuchar no dedo para dormir... é ver-te a fechar os olhos quando nos aproximamos para fingir que dormes e não seres importunado por um:

"Pilas tira o dedo da boca porque já não estás a dormir!"

Por vezes insistes e passo mais do que uma vez junto de ti e a tua resposta é sempre igual...fechas os olhos e vai de chuchar no dedo como se não houvesse amanhã.

E aí invoco a M. ;-)

"Filho lembraste da M. que está no estrangeiro?"

"E lembraste de ver que ela tem um aparelho nos dentes porque chuchou no dedo quando era pequena?"

O resultado é automático, o dedo saí da boca e o chuchar termina... pelo menos até a altura de dormir a sesta...e a noite.

Obrigado M.!

Talvez por isto, de cada vez que vê a M., o que acontece 2/3 vezes ano, o Pilas não revela qualquer obstáculo em interagir com ela.

terça-feira, 6 de março de 2007

O Regresso

Hoje voltaste à rotina.

E correu bem, levantaste-te bem, comeste bem, foste o caminho bem, mas o melhor estava para vir...

Chegaste ao Colégio e quando entraste..., logo foste efusivamente recebido pelos Colegas.

Muitos gritaram o teu nome, outros até aproximaram-se de ti para de abraçar, o caso do D.

Foi bom ver que és "popular" e bem recebido entre os teus amiguinhos.

E depois no meio da euforia da recepção lá recebi um beijinho teu e fui à minha vida.

segunda-feira, 5 de março de 2007

Impaciente

Por vezes também o fico e sinceramente não sei como não o estás neste momento.

Este fim de semana estive quase sempre em casa, fui à rua apenas para despejar lixo e comprar pão. Domingo à noite estava totalmente farto de estar em casa.

Como é que tu consegues apreciar tanto tempo em casa?!?

Se por um lado é bom saber que gostas da casa que te proporcionamos, por outro lado, é assustador que passes mais de 15 dias em casa sem revelar qualquer anti-corpo.

Hoje vais à médica confirmar a possibilidade de voltares à rua.

sexta-feira, 2 de março de 2007

Xutos e Pontapés

"As saudades que eu vou ter da minha rica casinha..."

Dizes tu quando confrontado com a aproximação do dia em que deixarás de estar em casa e retomarás a tua rotina de ida ao colégio.

Das preferências...

Enquanto jantávamos e depois de devorares mais um prato de sopa com agriões restava o habitual raspar do prato, o correspondente a uma colher de sopa de conteúdo.

A mãe sempre disponível logo quis desempenhar esse papel, ao que respondeste:

"É o pai!"

E a mãe, que ainda anda a digerir a mudança das tuas preferências, aliás já aqui relatadas, logo manifestou:

"Agora é pai para tudo: pai anda brincar, pai ajuda-me, pai limpa-me, pai isto, pai aquilo. Agora é tudo pai..., pai, pai, pai!"

E tu sem delongas respondeste com um sorriso:

"Mas para dormir é: mãe, mãe, mãe!"

E assim, para além dos sorrisos dos pais, lá minoraste o sentimento de tristeza da mãe.