quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

Presentes...

O Pai Natal deixou um presente inesperado:

Tosse.

Creio que terá sido, de todos, o presente de que mais gostaste. Ainda não a largaste...

Irra!

sexta-feira, 21 de dezembro de 2007

Autismo

Diz o dicionário da Porto Editora (Edição de 2004) que o autismo é:

  1. Estado mental caracterizado por uma concentração patológica do indivíduo sobre sí mesmo;
  2. ...
  3. alheamento do real (...).

Porque este Blog é uma conversa contigo meu filho mas, também é certo que vou visitando outros sítios similares a este, e outros nos vão visitando, não poderei deixar de expressar a todos os que vão visitando estas presenças da tua pessoa na minha alma,

VOTOS DE UM FELIZ NATAL e PRÓSPERO ANO NOVO

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Mal te vi...

Ontem foi um dia sui generis.

Vi-te de manhã até te deixar no colégio.

Depois fui trabalhar, quem te foi apanhar foi a Avó A. com que jantaste com a mãe e eu como tinha jantar do meu trabalho não te vi.

Cheguei tarde a casa, estavas a dormir. Como sempre com a mãe ao lado.

Beijei-te, acarinhei-te a face e sorri como se pudesses ver a minha felicidade por te ver, mas se não a vês creio que a sentirás.

Cruzei os braços do Homem-aranha para que soubesses que estive lá e fui dormir.

De manhã vi-te de novo a dormir.

Como hoje vais ao circo com a mãe, estiveram a dormir até mais tarde, pelo que, eu fiz a minha habitual rotina, aliás aligeirado porque não tive de te despachar pela manhã, e quando saí ainda dormias...

Estes momentos fazem-me perceber o quanto te amo, o quanto "fazes-me falta"...

Hoje acho que vou encurtar o dia de trabalho para ter um tempo contigo.

E já tenho ideias...ai pois tenho.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Um dia tinha de ser

No teu colégio há o Sr. M. que é um senhor com os seus cinquenta e muitos que tem a particularidade de decorar o nome de toda a gente como se nada fosse. Como saberás o teu colégio tem seguramente mais de cem pessoas a frequentá-lo, mais pais...

Bom, sempre invejei esta disponibilidade mental.

O teu colégio tem duas entradas uma para pessoas, onde habitualmente o Sr. M. está, e uma outra para os transportes motorizados, onde por vezes o Sr. M. está, por razões que até hoje não verificaras

Depois de passarmos por ele hoje de manhã nesse portão para as carrinhas do colégio e do habitual bom dia... começaste a sussurrar:

"Pai, pai, viste aquilo?!? O Sr. M. estava a fumar. O Sr. M. fuma!"

"Pois é! Fuma sim Srª, por isso é que ele por vezes está aqui, é para que vocês não o vejam a fumar... porque ele sabe que fumar faz mal à saúde."

Passados dois anos finalmente apercebeste-te do facto, os parabéns ao Sr. M. que conseguiu esconder este facto tanto tempo de ti. E a ti porque demonstraste capacidade de observação, sim porque o Sr. M. tenta a todo o custo dar umas "passas" apenas quando não há crianças à vista.

Anúncio à hora do banho...

Ontem enquanto de despias para te dar o banho.

"Sabes pai, eu e a M. falámos e vamos ser sempre namorados."

"Ai é filho, e quando é que acordaram isso, foi hoje?"

"Não pai, como sabes a M. está doente por causa do frio da patinagem no gelo. Lembraste quando fomos patinar com ela?"

"Claro que sim filho, mas pensei que a conversa tivesse sido hoje porque entretanto ela já estivesse bem."

"Não, ainda não foi ao colégio, ainda está doente."

"Talvez esteja apenas de férias com os pais!..."

"Agora tem é que falar com o R."

Após uns segundos para eu tentar contextualizar a afirmação...

"Falar com o R? Porquê?"

"Para ela lhe explicar que agora á não vai ficar para sempre com ele, mas comigo. Que agora ela é minha namorada.

As relações são mesmo assim "para sempre enquanto duram", feliz por as abordares assim e expectante de que encontres sempre aguém que sinta o mesmo para que sejam felizes "para sempre".

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Daqui a pouco

Vou sair do trabalho e esperar por ti em casa, a mãe vai lá deixar-te antes de ir ao jantar do trabalho dela.

Vou preparar o jantar e brincar contigo, para depois te deixar deitado, prestes a dormir, com o avô materno lá por casa enquanto eu vou para a minha sessão semanal de futebol.

Estou dividido entre fazer-te uma lasanha de atum ou aproveitar o arroz de ervilhas e cenoura que fiz domingo, este para acompanhar qualquer coisa feita no momento.

Dê por onde der lembrei-me agora da questão que me colocaste há pouco tempo:

"Porque é que vais jogar à bola todas as terças feiras pai?"

Religião meu filho, religião.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Domingo


Depois de muitas lutas de star wars lá fomos, ao final do dia, ver o filme do momento.

Acompanharam-nos a C. e os seus pais.

Pena que eu não estivesse com espírito para a coisa.

Mas foi giro ver-te divertido e não evitei um largo sorriso quando tu desataste a bater palmas na parte do filme em que as abelhas conseguem fazer aterrar o avião.

:)

Chama-se espontaniedade, coisa que o envelhecer e a sociedade nos vão retirando aos poucos, espero que a saibas guardar para quem te a merecer.

Estava mais frio do que dentro de um frigorífico

Pois é... esta sexta-feira quando chegámos ao Alentejo estavam -2º C, ora o frigorífico está habitualmente nos 5º C.

Quando te disse isso fizeste uma cara surpresa, como se esperasses, no momento seguinte, que te dissesse, "estava a brincar"..., mas não estava, de facto estava mais frio na rua do que dentro do frigorífico.

Fomos sozinhos ao Alentejo.

Fomos no carro do leão, que o parinho J. emprestou, porque só tem dois lugares e assim pudémos ir os dois lado a lado. Como estavas contente, tanto que nem tiveste sono no caminho. Fomos o caminho todo a conversar sobre diversos temas.

Depois de chegarmos ajudaste-me a fazer a cama onde íamos dormir, deitámo-nos, li-te a história e, depois de apaguar a luz, dormimos.

Na escuridão restava o teu braço por cima de mim para te "escudares" da falta de luz.

Acordámos de bom humor e depois de almoço lá voltámos para casa para estar com a mãe.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Novidades


Agora o herói de estimação é o:


Luck Skywalker


Porque viste os 6 filmes... (eu ainda não os vi!)


A brincadeira do momento é:


Guerra das estrelas.


O avô materno tem sido o R2 e tu tens sido o Luke.


Fruto da "doença" levaste o filme para emprestar ao teu amigo D. que já te pediu o Star Wars V porque só tem o IV e o VI.


Consequência:


A lista para o Pai Natal também sofreu ligeira alteração, passou a ser "homem-aranha", "transformes", "wrestling" e claro, a recém introdução de, "Star Wars".

Como vês tudo coisas muito macho! ;)

Chefe de um gangue?

Ontem fui apanhar-te em casa pelas 19:30 horas e enquanto saíamos:

"O dia correu bem hoje pai!" afirmaste logo após saírmos da casa dos avós, antecipando assim a pergunta habitual de como correu o teu dia.

Depois contaste-me que:

"Sabes pai houve um miúdo do colégio que me deu um soco. Depois fui chamar o D.C. para chamarmos outros miúdos. Só que depois faltava pouco tempo para acabar o tempo de estar na rua e por isso já não lhe pudémos bater..."

"Mas não lhe bateste quando ele te bateu?"

"Não porque ele era maior do que eu e por isso eu fui chamar o D.C. e os outros para depois bater-lhe".

"Ah!" - balbuciei eu no meio do meu pensamento...

"Pai! Tive vontade de o partir todinho, de partir-lhe os ossos todos para ele ficar fraquinho e depois poder bater-lhe à vontade."

"Ah!" - foi o que me saiu...

Fui incapaz de escolher qual o sentimento mais forte, se o de preocupação por teres vontade de partir um miúdo que te bateu porque é mais forte do que tu, se de orgulho porque soubeste organizar uma defesa da tua pessoa com recurso a outros elementos, qual gangue, e assim fazeres com que o outro não fosse o último a rir.

Verifico que a coisa está bem encaminhada para seres um chefe de gangue.

Hoje pergunto-me se fizeste a folha ao outro ou se, como espero, nada aconteceu porque no fundo o que me disseste foi o expressar de uma fantasia que eu próprio vivo de quando em vez, muitas delas quando conduzo, a vontade de partir alguém aos pedacinhos.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2007

Dormir

Infelizmente continuas a dormir com a mãe, não devia de ser assim, mas o esforço da mãe nesta parte para te dar autonomia é inexistente.

Com o curso que a mãe anda a tirar pensámos, ela mais do que eu, que te ias habituar a dormir sozinho.

Mas estas coisas não basta pensar, por vezes, senão sempre, também é preciso agir.

As noites de quarta e quinta-feira adormeces sem a mãe chegar, às sextas a mãe decidiu que podias ficar acordado até ela chegar.

Na primeira noite, quarta-feira, dizes sempre quando já estás deitado:

"A mãe está a chegar? Acho que não consigo dormir!"

Eu respondo-te:

"Não te esqueças que hoje dormes comigo por isso se a mãe chegar ela dá-te um beijo e tu dormes na mesma comigo."

Lá te convences e deixas-te de dormir.

Noto que precisas de companhia. Habitualmente tento sair, fico ali um pouco e quando vejo que o fechar de olhos não é simulado, ainda que não a dormir, deixo-te.

Outras vezes dormito sentado ao teu lado, sim evito deitar-me, aconteceu apenas uma vez.
Uma vez disseste-me "saíste e eu ainda não estava a dormir..."

"Eu sei, mas depois deixaste-te de dormir sozinho e isso é que é importante, que tu percebas que para dormir não precisas de ninguém."

Assim não fosse o único a querer que o sentisses.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Ser o melhor do mundo

Não sei se vencemos alguma olimpíada ou algo similar, mas o facto é que agora estamos a ir sucessivamente para o pedestal...porquê?

Porque neste momento dizes várias vezes o seguinte:

"És o melhor pai do mundo"

"És a melhor mãe do mundo"

"És o melhor avô do mundo"

Muitas vezes a frase vem acompanhada de um forte abraço, o que é óptimo.

Eu e a mãe respondemos:

"E tu és o melhor filho do mundo".

Por vezes este comentário é inocente e sentido de per si, outras é engraçado que vem associado ao jogo emocional de ser dito depois de ser feito algo na tua direcção, algo que tu gostes.

Seja como for és de facto um filho de que muito me orgulho, ainda hoje uma pessoa com quem almocei, e apenas te conheceu por breves momentos, expressou um enorme fascínio por ti.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Para que não me chateis

Disseste tu por outras palavras um dia destes quando regressávamos a casa:

"Pai, para que depois não me perguntes «O QUE É QUE QUERES COMER?» eu digo-te que quero papa com um croissant com manteiga, fiambre e banana."

Simples hein!?!

É que habitualmente quando de manhã ou de noite te pergunto o que queres comer respondes-me:

"Qualquer coisa boa..." ou então "Qualquer coisa que eu goste..."

E eu digo-te que há muitas coisas boas ou muitas coisas de que gostas.

E habitualmente só com a mudança de tom na voz tu te decides a escolher... ou então por vezes escolho eu e apresento-te o resultado.

Isto da democracia tem os seus inconvenientes.

Por onde temos andado?

Eu tenho andado ausente destas paragens, bom..., bem vistas as coisas já tive meses em que "postei" menos presenças, mas o facto é que face às coisas que vamos vivendo e as presenças da tua pessoa que me vão assolando gostaria de escrever mais vezes.

Habitualmente é o trabalho que me impede de o fazer, porque também é no trabalho que escrevo estas linhas e nem sempre tenho tempo para dispensar para escrever.

Este fim de semana fomos Sábado à ponta mais ocidental da Europa (continente), fomos ao Cabo da Roca e passámos pelo Guincho. Depois fomos experimentar o Eye Toy da PS 2 da C. a ver se a coisa te despertava curiosidade. Mas não!

Domingo fomos ao pavilhão do conhecimento onde está a exposição "Qnojo" ou "Knojo", não me recordo qual. Deliraste brincar não só na exposição bem como no restante pavilhão, na casa inacabada onde me ri imenso contigo a ordenar à Prima J. que fizesse subir a grua, acto que fazia com dificuldade e tu ias gritando - "Mais alto, mais alto, mais alto..."

Pois é, estivémos lá com a prima J. e o G., mais dois primos deles. O cansaço foi tal que depois de termos jantado uma francesinha (a tua primeira, o pai adora ir ao Porto comer uma de vez em quando...) fomos para casa e dexiaste-te de dormir às 20:30, acordando apenas pela manhã.

No fim-de-semana anterior andámos a passear por Sintra, a mãe adorou, e depois disso fomos ao cinema ver, com a C. e os pais o filme "E não viveram felizes para sempre". A mãe não gostou, eu gostei e tu também.

quinta-feira, 22 de novembro de 2007

Priceless

Ele há coisas que não têm preço.

Há coisas que só vividas, mesmo que contadas nenhuma palavra poderá conter ou descrever o sentimento.

Foi assim quando me viste na sexta-feira passada, depois de estar três dias fora de casa.

Esperava a tua chegada em casa da avó A., que te tinha ido apanhar ao colégio depois da minha chegada ter sido adiada, uma vez mais, e assim estar impossibilitado de te apanhar.

"Pai!" - disseste tu com um sorriso enorme e enquanto começaste a correr para mim.

Abraçaste-me com tal intensidade que o sentimento que me proporcionaste tê-lo-ia expandido dias sem fim.

Um mimo.

quarta-feira, 14 de novembro de 2007

Distância

Hoje vim trabalhar para longe de ti.

São poucos os quilómetros, mas devo estar afastado de ti de hoje e, pelo menos, até amanhã.

As coisas estão a complicar por aqui e não sei se ão terei de ficar até sexta.

Antes de me vir embora deixaste-me com um forte abraço e um beijo. Saíste sem mais delongas para o colégio e eu fiquei dividido entre dois sentimentos:

Um positivo no sentido de que estás crescido e sabes que o ir embora não signifique que não volte ou que não goste de ti. O abraço forte que recebi.

Um negativo que é a dúvida de imaginar se não deveria ter havido uma fita porque ias ficar sem pai, assim como algumas vezes fazes fita quando ficas sem mãe.

terça-feira, 13 de novembro de 2007

Palavras mágicas

Desde cedo ensinamos-te as palavras mágicas para que os pedidos se possam concretizar:

"Se faz favor!"

Sucede que durante muito tempo o termo utilizado era:

"Se fá favor!"

O "Z" não saía.

Há cerca de um mês atrás o "Z" passou a fazer parte das palavras mágicas e é bem vincado quando as proferes.

Fica engraçado de ouvir o teu "Se faz favor!".

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Várias do Casamento...

Este sábado fomos casar uma colega da mãe.

1. Conversa no carro:

"Já viram um dia fomos ao casamento de uma colega do pai, hoje vamos ao casamento duma colega da mãe!"

passado algum tempo

"Quando é que vocês se casam?"

2. Depois de estares a brincar no átrio da igreja com o F., em que havia um miúdo que tentava brincar convosco:

"Então filho porque é que não emprestas os teus bonecos ao rapaz?"

"Eu não gosto de brinca com ele!"

"Como é que sabes se não experimentaste?" - diz a mãe.

"Ó D., então tu tens quatro bonecos, vocês eram três... dava perfeitamente para brincarem todos" - disse eu a tentar demovê-lo.

Mas tu lembraste-te de uma saída que nem eu a vi chegar...,

"Sabes nós temos duas mãos... logo cada mão tem um boneco. Dois mais dois quatro, não sobra nenhum boneco"

E era tão claro e eu não via. :)

3. Se há coisa em que penso imenso e a tua mãe também, é como é que existem tantos pais que não se lembram que para as crianças, nem falo para os adultos, um casamento é uma seca. Logo um brinquedo por outro na mochila era algo que permitia alguma diversão. Ou será que por eles não gostarem também acham que os outros têm de gramar com a pastilha.

4. Quando estava a colocar-te o cinto no carro para irmos para os comes e bebes,

"Pai se eu tivesse um irmão era como o F. brincava comigo, via-me a jogar ao homem-aranha."

"Não filho, se tivesses agora um irmão ele de início não fazia nada disso porque ainda era bébé!"

Ficaste a olhar pensativo, como quem diz, provavelmente, visto desse prisma, até que nem é boa ideia...

Sexta à noite...

Cheguei a casa da avó A. que te tinha ido apanhar e deparo-me contigo a dormir...

"Então?" - perguntei...

"Ah! Sabes lá... quando vinha para aqui disse-me assim: «Avó sabes fui ao colegio na hora de dormir, em vez de nos porem a dormir levaram-nos para o teatro, por isso agora estou cheio de sono». E como deves imaginar deixei-o dormir".

Acordei-te.

Acordaste com um sorriso.

Depois estiveste a contar a peça do teatro que envolve uns meninos que comem muitos doces e depois não lavam os dentes e por isso ficam com os dentes pretos, outros comiam vegetais e "comidas boas" (sic) e por isso tinham saúde. Havia dois maus, uma era a doença e outra não te lembravas.

Contaste que foste de camioneta "em que se punha o cinto como na nave do Batman" - mais uma referência à nossa ida à WB Madrid.

Gostaste e divertiste-te e isso é o mais importante.

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

1, 2, 3 uma colher de cada vez

É uma canção infantil, mas também é o nome de uma peça de teatro que está no Tivoli.

Hoje não se dorme a sesta no colégio para ir ver o teatro.

Estavas entusiasmado com a ideia de o ir ver... lá saiste de casa com o Padrinho J. todo animado e a dizer que "hoje vou ao teatro!"

quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Partiste a cabeça...

Dia 26 de Outubro.

Lá tiveste outra aterragem forçada.

Fomos os dois ter com a M. que estava em Portugal.

Fomos à Costa da Caparica e no paredão da Costa decidiste-te a andar nos molhos de pedra, qual animal de montanha ias saltando de pedra em pedra com mestria.

E eu em stress a querer agarrar-te a mão e tu a fugires da prisão que te impunha.

Enquanto tu te divertias a pular, e eu também gosto, eu ia pensando "Se cais tenho a noite estragada! Se cais ainda vais de boca contra as rochas! etc". O meu rabinho ía apertadinho...

Decidi acabar com o meu suplício e dizer-te que quando chegasses a uma das escadarias iamos para o passeio/estrada do paredão.

Chegaste lá e logo me disseste que querias mais. Disse-te que sim, quando voltássemos mas, só um pouco porque tinha receio que caísses e te magoasses, e terias de me dar a mão. Aceitaste.

Começámos a andar e pouco depois de pensar "já me safei, só espero que não se espalhe agora.", caíste!!

Recordo com um tremor na espinha o som da queda... percebi que as consequências não eram os habituais joelhos e mãos esfolados.

O som que ainda hoje me arrepia só de imaginar fizeram-me temer o que constatei naquele instante... cabeça partida.

Jorravas imenso sangue pela face e a única coisa que me apetecia dizer eram asneiras.

Agarrei-te a face e pus-te ao meu colo abraçando-te e sentindo uma dor que não era minha.

A M. passado um pouco deu-me um lenço de papel que me permitiu limpar a ferida e ver a gravidade da situação.

Felizmente apercebi-me que apesar do galo enorme a ferida aberta era "pequena" e possivelmente nem terias de levar pontos.

Fiz o caminho para o carro contigo ao colo, o mais rápido ossível com uma paragem num restaurante para recolher gelo e guardanapos...

Pelo caminho foste diminuindo a intensidade do choro e quando entraste no carro já estavas calmo. A M. acompanhou-te enquanto guiei para o Hospital Garcia da Horta.

Lá chegados mais descansado fiquei, o sangue já estancara a ferida parecia ser apta a não nesessitar de pontos.

Assim foi, não foste suturado e finda a aventura lá fomos para casa mostrar à mãe (que estava no curso) a proeza da noite...

Hoje já estás bem , a ferida sarou muito bem e a única coisa que continua a afectar é a lembrança do som da tua cabeça a bater no chão... iaic. Até me arrepia a espinha!

quarta-feira, 7 de novembro de 2007

Post-férias

Regressados à terra lá voltámos à rotina.

Tu tens estado sempre acompanhado do Batman.

Hoje já foste sem o dito apêndice para o colégio.

Aliás quando te perguntam onde foste o fim de semana passado respondes:

"Sabes... eu conheci o Batman..."

Um resumo bastante elucidativo do que foi esta viagem. :)

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Férias

Fomos a Madrid.

Fomos ter com um amigo do pai e fomos aproveitar para ver mais uma capital europeia.
Chegámos antes de almoço tendo saído de madrugada, eram cinco da manhã quando saímos tu acordaste, viste o P. que foi connosco e já não dormiste na viagem.

Ficámos nos arredores de Madrid, em MAJADAHONDA.

À tarde e noite fomos conhecer Madrid.
No dia seguinte fomos aqui,

Warner Bros - Madrid. Chegámos às 11 e saímos às 11. Adoraste.

Afeiçoaste-te a um novo herói. O BATMAN.
Viste heróis já conhecidos.
Chegaste ao carro e dormiste vencido pelo cansaço e pela felicidade.

No dia seguinte acordaste com o boneco comprado pela mãe que ainda hoje te acompanha.
No Sábado fomos fazer o programa dos adultos: Museus.

O Prado por ter entrada gratuita estava com umas filas impressionantes,

mas o objectivo era mesmo ir ver Paula Rego (pai) e o quadro de Picasso "Guérnica" (mãe), ambos no Museu Rainha D. Sofia.

Depois, já quase de noite, fomos ao Prado onde fomos resgatados da fila porque tu ias no teu carrinho de empurrar. Pena porque não pudémos ouvir o "concerto" nem tu pudeste fazer uma luta de homem-areia vs batman com direito a uma excelente banda-sonora.

Domingo fomos ver onde o M. trabalha na Agência Espacial Europeia (ESA).
Depois de almoço rumámos a Portugal e passámos por Vendas Novas para comer uma soupa (que saudades que tínhamos) e uma bifana.

Ante-férias

Antes de ires de férias, ou seja, fim de semana prolongado, a avó A. dedicou-se à geografia, cadeira que assumiu a regência por auto proclamação e esteve a indicar-te, num mapa, onde ias no fim de semana passado.

O destino era Madrid.

A avó explicou que era uma capital de um país, Espanha.

Depois contaste-me a estória e conversa com a avó.

Decidi assumir a regência da pós-graduação e falei de países e capitais que já visitaste.

Dei por mim a achar que a lista já é deveras impressionante, aqui fica país e capital por ordem de visita:

Luxemburgo - Luxemburgo;

Bruxelas - Bélgica;

Londres - Inglaterra;

Paris - França;

Amesterdão - Holanda;

Madrid - Espanha;

Claro está que Lisboa - Portugal é o local que mais visitas. ;)

De qualquer modo já me vejo a pensar o mesmo que os avós:

"No meu tempo com a tua idade..."

UFA...

Qu'isto anda complicado.

Primeiro o trabalho e depois fomos de fim de semana prolongado e agora, de novo, o trabalho.

Não tenho tido tempo para contar os episódios que se vão sucedendo. :(

Estou na minha hora de almoço e vou esturrá-la de volta do post seguinte sobre as nossas mini-férias em terras da majestade espanhola. Depois logo como qualquer coisa.

terça-feira, 23 de outubro de 2007

Da lógica...

Os teus raciocínios lógicos são deliciosos.

Acrescentas a estes uma capacidade de falar, muito e bem.

Não raras vezes surpreendes-me imenso com a tua linguagem e com as tuas frases.

Nestas alturas felicito-nos, a mim e à mãe, por termos inclusive algumas querelas familiares porque sempre falámos normalmente contigo, sem recorrer ao bébês que tanta gente decide usar... são as crianças que têm de nos imitar, para aprender, e não o contrário.

Mas, lembrei-me agora de um raciocínio que fizeste a semana passada.

Agora jogamos FIFA e quando estiveste doente o avô esteve lá em casa e tentou jogar FIFA contigo, e as coisas corriam sempre bem, leia-se ganhavam. A dada altura pus-vos a jogar Manchester United contra o Benfica, tu eras do Manchester por causa do Ronaldo e do Rooney.

O resultado foi de 0-1, perdeste o que motivou que confessasses a posteriori que não querias mais jogar contra o Benfica porque eram muito fortes e perdias.

Aí disse-te que o avô é que era o responsável pela derrota porque ele não queria ganhar ao Benfica para tu pensares que o Benfica era melhor que o Manchester United, e que assim não é.

Para te provar que aquilo que dizia era verdade lá repetimos o jogo e, resultado, ganhámos 5-1.

"Vês filho era ou não o que o pai te tinha dito. O Avô quer que tu aches que o Benfica é melhor para seres do Benfica."

Passado uns instantes viraste-se para mim e disseste:

"Sabes pai, o avô ainda não percebeu que se eu sou de todos os clubes, eu também sou do Benfica, ele não me precisa de convencer porque eu já sou do Benfica, do Benfica e dos outros. De todos pai, não é???"

:)

É assim mesmo, a lógica está perfeita, sê de todos ou daquele que entenderes, embora preferisse que escolhesses o meu Sporting, serás do que entenderes, cá estarei para te acompanhar.

sexta-feira, 19 de outubro de 2007

As semanas e o adormecer

As semanas passam a voar.

Bem me diziam filho que chegados aos 30 as semanas voavam.

Não quis acreditar.

Mas voam...

Tu também não quererás acreditar em muito do que te digo, mas eu acredito no que me vais dizendo.

Hoje vou sair mais cedo, deixei o fato de macaco em casa, vim para o escritório desportivo, e vou sair mais cedo do que á habital para te apanhar no colégio.

Esta semana trouxe uma nova realidade e uma nova fase de adaptação.

Habitualmente deitas-te para dormir com a mãe. Em casa contam-se com os dedos da mão as vezes que adormeceste comigo, duas vezes apenas mesmo com a mãe em casa, provavelmente não mais do que duas sabendo que a mãe chegaria, mas mais tarde.

Agora a mãe anda a ter formação e isso implica que chegue tarde às quartas, quintas e sextas-feiras.

Tens que te deitar comigo.

Quarta foi de choro. Querias a mãe, lá te acalmaste depois de ouvir a reclamação chorada e depois de te ter explicado que a mãe chegaria mais tarde e iria ter contigo. Lá esticaste a corda e quando sossegaste, antes mesmo de dormires, chegou a mãe.

Quinta de manhã uma fita enorme porque estavas cheio de sono... tanto que te pus dentro da banheira para verdadeiramente acordares. Foi um banho chorado...

De noite tudo corria bem, jantámos com os meus pais, fomos para casa, jogámos um jogo de FIFA, brincámos com os "homens-aranha", de seguida ao "Quem é Quem" (ou coisa que o valha) e depois cama.

Quando ias para a cama ainda esboçaste um choramingo que rapidamente afastámos. Lida a estória lá pensei que fosses dormir, mas não recusavas-te a por o dedo na boca para dormir ivocando querer esperar a mãe. Lá tive de falar primeiro, rugir depois, zangar-me e por último voltar a falar...

"Vês o avô ou a avó virem deitar o pai?!? Não pois não, pois deves perceber que crescer também significa dormir sozinho." - Lá te viraste para o lado e tentaste adormecer. Apesar de te deitares mais cedo a coisa foi durando e estavas apenas há 2/3 minutos a tentar adormecer quando chegou a mãe.

Entretanto hoje lá poderás esperar acordado pela mãe, mas para a semana espero que as coisas venham a correr melhor.

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Os nomes do momento...

Rooney e Cristiano Ronaldo.

Agora jogas no computador ao FIFA e queres invariavelmente jogar com, inicialmente a denominada equipa do Cristiano Ronaldo, hoje sá sabes ser o Manchester United.

Os rapazes são os nomes do momento porque o primeiro é o que "marca" a maioria dos golos quando jogas, o segundo porque a publicidade em volta do rapaz evita que não saibamos o dito nome...

O avô materno bem se tem esforçado por te acompanhar nas jogatanas de computador e, pese a falta de jeito, lá se vai ambientando à coisa... giro é ouvir-te a stressar com o avô:

"Avô passa."

"Passa!!!"

"Oh avô tens de passar a bola para eu marcar..."

O prometido é devido...

Quando estiveste no hospital como estávamos sem jantar e de estômago vazio disse que te ofereceria um SONIC dos happy-meal do Macdonald's.

Neste momento manténs, felizmente, a aversão à alimentação fast-food, não comes batatas fritas, não gostas de hamburgueres, ou seja, o Macdonald's tem como única coisa que aprecias as ofertas do Happy-meal.

Disse que iríamos passar no Macdonald's que fica na Auto-estrada a caminho de casa para oferecer-te um SOCIC por te teres portado muito bem durante os exames que te fizeram, mesmo a colheita de sangue.

Mas quando chegámos lá o dito Mcdrive fechara, já passava das 24h.

O SONIC ficou prometido e ontem quando fui jogar futebol comprei um happy-meal para hoje te ofertar o SONIC.

Gostaste, ficaste contente e as calorias essas gasteias na bola.

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Hospital

Este domingo foste pela terceira vez visitar o hospital.

Sábado começaste com febre, nada de muito relevante, apenas o suficiente para não te permitir ter o melhor humor. De noite estivémos com a maioria da família fora de casa e os primos sempre ajudaram a minorar o que já se avizinhava... febre e mau estar.

Sábado queixaste-te algumas vezes de dor de cabeça, mas nunca liguei muito.

Domingo passámo-lo em casa.

Estávamos prestes a terminar uma partida de futebol no FIFA quando começo a notar que mexias com dificuldade a zona do pescoço, aliás, já te queixaras várias vezes do pescoço...

Saíste da cadeira e saída não foi natural, antes mostraste uma rigidez na postura, quando ias a andar chamei-te e em vez de virares o pescoço, viraste o tronco... acrescia que não tinhas febre nessa altura e o último Parsel já fora colocado há seis horas.

Como sinais semelhantes nunca haviam aparecido em ti, disse à mãe para se vestir que tínhamos que te levar ao SAP ou ao hospital.

A mãe lembrou-se da linha telefónica "saúde 24" e lá liguei. Falei com a Srª enfermeira que me atendeu e expus a situação ao que nos aconselhou irmos ao hospital.

Chegámos cerca das 19:30 horas estava pouca gente e fomos de imediato atendidos. Os diagnósticos e testes corriam com naturalidade apenas resultando firma a dita rigidez.

Quando a médica saiu e voltou com uma colega a mãe confessou depois que temeu que a coisa pudesse ser grave, eu numa prespectiva mais optimista julguei que a médica quis uma segunda opinião sobre a sua avaliação para mais a médica que nos atendeu era novinha e a outra era visivelmente mais experiente.

Do diagnóstico resultou que deveriam ser uns gânglios infectados e que estariam a pressionar os nervos do pescoço o que motivaria a rigidez e as dores, para despistar outras possiilidades e confirmar o diagnóstico terias de fazer uma ecografia e análises ao sangue.

Para fazerem as análises colocaram-te uma pomada na parte superior da mão e no interior do braço tapando ambas com uma película transparente... a dita pomada serviria para "anestesiar" a zona da picada e assim minorar as dores.

Fizémos a ecografia sem problemas e depois "fomos" tirar-te sangue.

A coisa não correu muito bem porque quando te picaram a mão não conseguiam dar com a veia, quando deram o sangue não corria e até chegar a esta fase chafordavam a tua mão para conseguir encontrar a dita...

Depois passaram ao braço.

Outra vez um cenário semelhante, agulha para dentro, agulha para fora, agulha para a direita, agulha para a esquerda... e tu chorando.

Nestas alturas daríamos tudo por trocar contigo e evitar-te as dores, mas nada mais podemos fazer do que tentar estar ali... vendo o teu sofrimento e a situação dei por mim a dar uns valentes suspiros ao que uma enfermeira me perguntou se eu me sentia bem e se me queria sentar.

"Sim, estou bem apenas me custa vê-lo nesta situação, apenas isso, o sangue a mim não me afecta".

Depois lá deram com a dita veia e conseguiram retirar-te o sangue necessário à análise.

A mãe depois abraçou-te passou-te a mim e eu agarrei-te ao colo dando-te os parabéns porque apesar do choro não movimentaras o braço e estiveras sempre calmo.

Quando ia para sair oiço a enfermeira dizer:

"Não te preocupes Daniel, a mãe bateu com o joelho..."

Quando me virei lá estava a mãe sentada e com ar de quem estava a desfalecer. Agarrei em ti e saí... choravas que querias a mãe e eu lá te ia dizendo que a mãe já saía, e saiu,uns minutos depois saiu a sorrir e a dizer:

"Perdi os sentidos".

Lá nos contou a estória e acrescentou que os Srs enfermeiros lhe disseram que pensavam que eu sim iria ter problemas face ao ar angustiado que tinha e aos suspiros que emitia.

Os resultados confirmaram o diagnóstico e foste logo medicado...

Chegámos a casa às 00:20.

Hoje estás melhor, já recuperaste a mobilidade, estás animado, já brincas e a febre vai desaparecendo.

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Passear

Andar faz bem.

Andarmos com quem gostamos também.

Este fim de semana andámos com a mãe e a avó A.

Depois fomos à ribeira atirar umas pedras.

O resultado foi este:

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Amuar

Sempre me disseram que os quatro anos eram frutíferos em episódios de amuo.

Eles aí estão.

Quando a coisa não te corre de feição ou como imaginas... amuas.

Tal como acontecia com as birras lá te temos mostrado, com a mãe a perceber que o ser fléxivel por vezes não ajuda, que amuar não é igual a alcançar o que pretendes.

Esta sexta-feira, feriado, não querias acompanhar-nos a Arraiolos, local onde íamos às compras. Assim, já ias tocado de má vontade...

Chegados a mãe foi às compras enquanto tu tiveste a hipótese de ir ao parque infantil. Para mostrares o teu desacordo em nos teres acompanhado decidiste ficar de pé sem ir ao parque infantil.

Chegou a mãe das compras e lá continuavas amuado.

Informamos-te que tínhamos de ir a uma farmácia e que depois íamos tomar café.

Ficaste impávido sem quereres acompanhar-nos... quando te agarrámos na mão um de cada lado disseste que querias ir ao parque.

"Agora não" - respondemos em uníssono.

"Agora vais connosco e depois quando voltarmos poderás ir ao parque".

A resposta não satisfez, naturalmente e lá presististe no amúo.

Quando chegámos perto do café quiseste ficar num banco da praça, o mais distante da esplanada do café. Ficaste... amuado, de braços cruzados e cara a olhar o chão.

"Se quiseres vir ter connosco estaremos ali" - apontei para a esplanada.

Fomos para o café, eu e a mãe.

Entretanto bebericávamos o café enquanto tu te ias aproximando..., primeiro para o banco do meio, depois para o banco mais próximo onde ficaste a observar-nos.

Sempre que olhava para ti lá viravas a cara ou enterrava-la no meio dos braços.

Não resisti e tirei estas fotos.

Depois fui pagar os cafés e a mãe antes de eu ir disse-me:

"Queres ver que tu vais pagar o café e ele vem para aqui e depois diz que não se quer ir embora, que quer ficar no café?"

Dito e feito, quando regressei do café lá estavas sentado a manifestar o desagrado por querermos ir embora...

:)

De facto esta fase dos amuos é chata, mas também tem a sua piada, assim tenhamos capacidade para ver que parte da fita mais não é do que o experimentar da autonomia, do ser diferente dos pais, do querer vincar uma posição... no fundo como o Eduardo Sá diz, uma etiqueta de qualidade.

Caminhos

A vida por vezes brinda-nos com o seu serpentear.


Quinta-feira fui confrontado com a possibilidade de este nosso cantinho poder ganhar ainda mais sentido.

Apenas comentei com a mãe e a M., para além de quem me desafiou, a possibilidade de seguir um caminho que me afastará de ti, ainda que com prespectiva de reencontro futuro.

À imagem de outras pessoas terei de verificar se tenho possibilidade de seguir um outro rumo, um rumo que, a segui-lo, vai alterar bastante o nosso dia-a-dia.

Por ora apenas o registo de que passei a pensar em cada momento como seria viver afastado de ti, procurando dar-nos um futuro diferente.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Explicação...

"É porque eu gosto de limpar o chão para não ter migalhas nas mão e nos pés!!!"

Resposta que deste à mãe quando esta afirmou, enquanto tu andavas a rastejar pelo chão do hall,

"Depois ainda peguntas porque é que as calças de fato de treino foram para lavar?!?"

Imagem introduzida em 09.10.2007

terça-feira, 2 de outubro de 2007

Domingo

A mãe manifestou que estava cansada e que queria ficar por casa a dormir.

"Ok, depois do almoço eu e o Pilas saímos" - disse à mãe.

E assim foi, fomos ao parque próximo da nossa casa descobrindo um parque infantil vazio...

Fiquei incrédulo, pensava que ia estar uma confusão, mas como havia nuvens no ar, pelo ar da sua graça que o Outono decidiu mostrar..., não se via ninguém.

Devia estar tudo nos shoppings... enfim.

Telefonámos aos pais da C. e ela veio ter contigo... brincaram algum tempo no parque e depois fomos para a beira do rio atirar pedras para a água.

Depois tu decidiste elogiar-me.

Enquanto eu atirava as pedras grandes, ficando as que tu conseguias lançar para ti, tu disseste:

"Pai!! Pareces mesmo o HULK a atirar as pedras."

Agora só falta a cor verde...

Sábado

Era dia da mãe fazer exame e livrar-se do fardo que a acompanhava...pensámos nós, um descuido fê-la ficar na expectativa nos próximos dias até saber se o exame dela é aceite ou não.

De manhã rotinámos com a ida à piscina seguida da ida ao parque e depois almoçámos salmão com legumes e ovo cozidos.

Revelaste, pela manhã contentamento por a mãe ir fazer exame. Viste nesse facto o fim da indisponibilidade temporal da mãe e então disseste:

"Mãe agora vais passar a ter tempo?!?"

"Sim"

"Então é agora que tu e o pai vão poder namorar para ter um irmão não é?"

silêncio... e um sorriso, já agora, mas não foi tema ainda suficientemente bem debatido entre mim e a mãe apesar de tu e ela estarem desejosos. Aguardemos.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

Beleza

Ele há momentos de pura beleza... há pessoas que dizem que o bom é aproveitar as pequenas coisas da vida, pois estas que descrevo não sei se são grandes ou pequenas, mas foram belas e bastante prazenteiras.

Ontem fui eu apanhar-te ao colégio, foi a segunda vez este ano.

Como não tinha de fazer o jantar porque íamos jantar com os meus pais, muni-me do livro que te trouxe da biblioteca e que nos acompanhava nas leituras de dormir há dois dias.

Depois de te apanhar no colégio decidi rumar a um parque infantil. Lá pudeste balouçar, escorregar, pular, correr, encontrar um rapaz do teu colégio com quem meteste conversa... e depois disse-te para irmos.

Manifestaste que achavas que tinha sido pouco tempo e eu respondi-te que ainda não terminara, que ainda íamos fazer mais coisas, embora diferentes das habituais.

Levei-te de carro até próximo desta esplanada para aí irmos degustar um gelado.

Frequentemente dizem-nos que devemos fazer uma pausa, devemos aproveitar as coisas que temos próximos de nós, mas nem sempre o fazemos. Ontem estava decidido a fazê-lo...

Sentámo-nos a comer um gelado, pedimos três, um para cada e um outro para dividirmos.

Depois de comer o meu gelado comecei a ler-te o livro enquanto comias o teu gelado.

O cenário era óptimo, quase sem vento, um sol que nos aquecia a alma, um livro de que tu gostavas e a nossa companhia.

Depois de comermos o último gelado a dois, decidi perguntar-te se querias vir para o meu colo para ler-te mais um pouco do livro. Depois de ler outro capítulo parei.

Fui pagar a conta e fomos andar para junto do rio...

Bom eu fui andar, tu foste correr muito divertido pelo paredão junto ao rio.

Adoraste fazer este programa diferente, mais relaxante, mas também ele divertido, e eu também... o cenário era óptimo, foi divertido, relaxante e unificador das nossas pessoas.

Um dia destes repetimos.

Idas à Bola...

Depois de deixarem comentários na nossa ida à bola o fim-de-semana que passou pus-me a pensar... quantas vezes é que já fomos ver o Sporting juntos.

Hoje se te quisesse levar com dois anos, a idade da primeira ida à bola, não te deixavam entrar, agora só deixam entrar crianças com mais de três anos... não compreendo que o façam nos jogos ditos normais, sem envolver risco... a ida à bola pode ser uma forma de diversão familiar... ou não.

Bem pensei e apercebi-me que já fomos à bola quatro vezes (pelo menos são as de que me lembro), fomos ver:

  1. Sporting vs Académica de Coimbra
  2. Sporting vs Inter de Milão
  3. Sporting vs ???
  4. Sporting vs Vitória de Setúbal

Aconteceram sempre coisas engraçadas a saber:

  1. Neste jogo fomos em estilo passeio, fomos nós, os avós paternos, o padrinho J., a prima J. os pais dela e os avós maternos dela. O resultado foi de 0-1, ou seja, o Sporting perdeu e ditou o despedimento do Peseiro como treinador do Sporting. Divertiste-te porque tinhas a companhia da prima e porque ficámos próximo da claque do Académica e apreciaste a festa que eles fizeram.
  2. Neste jogo de apresentação da equipa para a época 2006/2007 chegámos ao estádio para ver a festa e dez minutos antes do jogo adormeceste. Acordaste a quinze minutos do fim do jogo com um mau humor incrível e não consegui ver o fogo de artifício.
  3. Foi no último jogo da época em Alvalade. Estiveste sempre acordado. Comeste um cachorro quente e à saída pão com chouriço, o segundo então foi uma surpresa não pelo chouriço, mas pelo facto de habitualmente só quereres miolo, mas a fome era tal que marchou tudo. O jogo foi bom, com muitos golos, 3 ou 4, com direito à onda, enfim o ambiente foi de festa e divertiste-te imenso.
  4. Este último originou o Post anterior.

quarta-feira, 26 de setembro de 2007

POST esquecido com o título "LIMITES"

Tinha-me esquecido de deixar este POST por aqui.

Escrevi-o no Algarve onde tinha computador, mas não Internet para o colocar online... entretanto tropecei nele hoje.

Ainda vou a tempo de deixar a presença... Aqui fica,

Dos limites...

Vamos ter dificuldades em definir-te limites curtos quando, adolescente, pedires para definirmos a que horas podes chegar... a razão?!?

Bem, depois de termos ido no dia 12.08 contigo ao cinema ver os TRANSFORMERS, filme que aliás já visionaras com o avô materno, e como dizia/escrevia, depois de termos ido ver o dito filme contigo à última sessão de cinema, que começou às 00:20 e terminou pelas lindas 03:00 horas...

Já te imagino a dizer:

“Ó cota (bem na altura deve existir uma outra qualquer palavra para me definir) então quando eu tinha quatro anos saía até às três da matina e agora armas-te em cortes (séria probabilidade desta também não existir) e não me queres deixar chegar à meia-noite!?!?”

Noite diferente

Depois de te preparar para dormir e antes de ir jogar à bola, deitei-te na cama para te ler a história.

Pediste o teu cão.

Disse-te que não que ia apenas ler a história e que depois logo te o dava quando acabasse de ler para ires dormir.

Li a história e quando era para me ir embora... não havia cão.

A mãe olhou para mim, eu olhei para ela, e ela perguntou-me se eu tinha escondido o cão... sim porque eu já verifiquei que se não tiveres o cão não chuchas no dedo e então já disee que o cão qualquer dia desaparece. A mãe pensava que era ontem...

Não. Respondi.

O cão ficara no colégio esquecido por ti e pela mãe... ainda bem que não fui eu, pensei, porque senão não faltava a estória habitual de que sou um distraído.

Desataste a chorar por quereres o cão...

Lá te acalmei e desatei a contar-te estórias (inventadas) de meninos e meninas a quem tinha acontecido o mesmo, estórias que escutaste com atenção. Depois contei-te a estória da minha emancipação de crinaça, ou seja, como deixei a chucha e... porque te revelavas mais calmo e o relógio impunha, despedi-me e fui jogar à bola.

Quando cheguei estavas a dormir, a mãe esclareceu-me que fora dificil e que só há pouco adormeceras.

Durante a noite o acidente na cama era esperado... a mãe acordou (eu nem te ouvi face ao meu cansaço), trocou-te de pijama e deitou-te na nossa cama, colocaste o braço na minha almofada e deixaste-te de dormir.

De manhã demos-te os parabéns e perguntamos-te se tinha sido dificil...

"Não, é só deitarmo-nos assim, depois viramos um pouco assim e depois para o outro lado e deixamo-nos de dormir."

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Reencontro

Vieste mais cedo do que contava, pensava que vinhas depois de jantar vieste depois de almoço, consequência andei a correr para acabar as obras lá por casa.

Quando nos reencontrámos foi grande o abraço... é sempre extraordinário o que parece cresceres quando estás fora, desenvolto na lingua, cheio de energia.

Quando ia sair para Lisboa, para ir a Alvalade ver o Sporting, disseste que querias ir comigo e com o Padrinho J., o meu irmão, e lá fomos os três...

Pese o resultado do meu clube, a noite foi bem divertida, aliás não fosses tu e teria "sofrido" mais com o espetáculo do futebol. Assim estive sempre entretido a entreter-te, é que aos 17 ms de jogo já estavas a dizer

"Quero ir para casa..."


Mensagem

Enquanto a mãe te foi apanhar e passar o fim-de-semana contigo eu fiquei em casa a mudar o aspecto da sala.

Estava eu nas pinturas da parede enquanto ia pensando na vida, porque isto de se estar sozinho permite-nos pensar calmamente nas coisas, e eis que quando sou assaltado por saudades tuas...

Como sempre um sorriso percurreu-me e lembrei-me de dar outro uso ao pincel...

Agarrei no telemóvel que agora tem máquina fotográfica e também faz videos e decidi enviar-te um MMS, ou o mesmo será dizer uma mensagem com uma foto e texto.

A foto não foi esta foi outra, em que eu aparecia ao lado da mensagem, aqui deixo como recordação a foto sem o pai, no texto escrevi

"leiam as letras ao ... sff"


Tu respondeste com outro MMS, uma foto tua de braços abertos a mandar-me um abraço.

Sorri.

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

Saudades

Conversa telefónica ontem à noite:

"Mãe tenho tantas, tantas, tantas, tantas, tantas, tantas saudades tuas".

Uma risada dos avós maternos, que infelizmente não têm areia na camioneta para mais, e em vez de conforto sentiste-te melindrado, faltou-te o colo e o afecto, desataste num pranto a chorar e a pedir que te fossemos apanhar porque já não querias estar de férias.

De seguida ligamos para saber se estavas mais calmo, a resposta é de que sim porque o avô disse-te que agora estava triste porque te querias vir embora e tu tinhas serenado.

#*!"&% de chantagem emocional, não há capacidade para mais, que %#&!"*

Fazem o mesmo que os pais do avô materno faziam à tua mãe, detesto que isto aconteça e mais ainda porque nada posso fazer a esta distância... fico de humor alterado pela forma como os avós reagiram e tento pensar cinquenta vezes na máxima de que "todos somos os melhores pais (neste caso avós) que sabemos ser, todos damos o nosso melhor"...

Hoje, lá vai a mãe ter contigo de comboio e eu ficarei por aqui a zelar pelo finalizar das pinturas e alterações de decoração, limpeza caseira, etc... muito esperando o teu regresso.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

O Joaquim

Não não é um novo amigo..., pelo menos não é de carne e osso..., bom e também não se poderá considerar um amigo.


O Joaquim é uma máquina que também tem o nome de uma mulher, mas tu provavelmente pela fase de identificação com o masculino preferes a voz masculina.


O Joaquim é a máquina GPS do avô paterno.


Quando estiveste de férias com eles acompanhavas os percursos de automóvel de máquina GPS no colo verificando o caminho e informando os avós que o Joaquim iria falar ou mesmo antecipando a sonorização de coisas como as bombas de gasolina.


Eu e a mãe demos por ti a fazer-nos a indicação do caminho para o colégio ou para casa em jeito de Joaquim:


"Dentro de 300 mts vire à esquerda"


"Vire à esquerda"


Aqui fica uma foto vossa.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Elogio

Antes de ires de férias... creio que foi no dia em que fiz os peitos de frango recheados com banana, decidiste elogiar-me.

Nunca pensei que pudesse apreciar ser comparado a um rato, é que enquanto comias disseste:

"Pai cozinhas como o Ratatouille!!! Como o ratatouille não, o Remy, o rato!!!"

Obrigado ;)

100

Vinha aqui deixar outra lembrança da tua presença e... verifico que será a mensagem nº 100.

A centésima mensagem escrita das milhares de lembrança que não escrevi mas que me fizeram sorrir.

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Natação

Este fim de semana que passou lá começaste a natação sozinho.

No fim de semana anterior tínhamos ido à piscina para te dar a conhecer as novas rotinas e onde ias ter as aulas com a professora.

Logo aí, nesse dia, expressaste o desejo de ir à natação. Respondi-te que não iamos preparados para tal, não tinhas calções de banho, touca, etc.

Este fim-de-semana começaste e que prazer que foi...

Senti-me deveras orgulhoso por te ver autónomo, nem pinga de tristeza por já não te acompanhar, antes um orgulho imenso por te ver a ir sozinho no meio dos teus pares para teres uma aula, de te ver sozinho e confiante, de te ver sozinho e a sorrir, de te ver sozinho, mas feliz.

Filmei uns poucos minutos da aula, depois fiquei sem bateria no telemóvel (nunca pensei ir utilizar tantas vezes a dita câmara), mas confesso que a dada altura senti que tinha um sorriso imenso de te ver, pensei,

"porra devia ter alguém a fotografar esta cara porque não a devo fazer nem quando termino de fazer amor com a S. (a mãe)".

E não podia ter, porque o tipo de felicidade é diferente, mas é imenso... o arrebatamento foi excepcional, fiquei muito feliz por ti, mas também por mim porque sei que grande parte daquilo que te permitiu enfrentar este novo desafio da forma que o fizeste foi o encorajar da tua autonomia.

Considero que uns pais brilhantes não são aqueles que evitam que os filhos caiam, nem aqueles que constantemente dizem "cuidado que vais cair"... isto ou faz com que a autonomia e confiança não vingue ou cria pessoas medrosas.

Considero que um pai brilhante dirá ao filho "atenção ao caminho", mas depois deixará a sua cria tomar o caminho que quer tendo como única função estar ali para receber o seu filho se a coisa correr mal, não para evitar que corra mal.

No fundo senti-me orgulhoso por ambos, dizer o contrário seria mentir, por mim por saber que a piscina é um trabalho sobretudo meu, por ti porque verifico que tens asas e começas a esfoaçar.

PARABÉNS!

Férias

Este ano estás a gozar "à brava" as férias com os avós.

Este Sábado arrancaste decidido com os avós maternos direito ao Algarve.

A mãe, essa, anda stressada com a vida profissional e com o facto de não te ter por perto. De facto, a mãe de cada vez que falamos dez minutos diz que sente falta de ti e depois pergunta-me,

"E tu não sentes falta dele? Não dizes nada..."

Pois é, não digo, mas isso não quer dizer que não sinta a tua ausência... apenas sinto-o de uma forma diferente em que não me lamento de não te ver, não desespero por saber o que fizeste, comeste, etc.

As saudades que sinto guardo-as dentro de mim como momentos reconfortantes, de cada vez que me lembro de ti sorriu em vez de ficar triste... é que tu vieste ao mundo de dentro de mim, mas a tua pessoa não é uma extensão de mim.

Em tempos li isto e fez-me muito sentido, sinto que esta deverá ser a perspectiva do que é a paternidade e do que são os filhos, partilho-o agora contigo:

"Os teus filhos não são os teus filhos.
São os filhos e filhas do desejo da Vida por si própria.
Vêm através de ti, mas não de ti,
E embora estejam contigo não te pertencem.

Podes dar-lhes o teu amor, mas não os teus pensamentos,
Porque eles têm os seus próprios pensamentos.
Podes alojar-lhes os corpos mas não as almas,
Porque as almas deles vivem na casa do amanhã, que tu não podes visitar nem sequer em sonhos.
Podes lutar por ser como eles, mas não tentes fazê-los ser como tu.
Porque a vida não anda para trás nem espera pelo passado

Tu és o arco a partir do qual são disparados os teus filhos como setas vivas.
O arqueiro vê o alvo no caminho do infinito, e arqueia-te com a Sua força para que a Sua flecha possa ir longe e veloz.
Deixa que o teu arquear às mãos do arqueiro seja de satisfação;
Porque assim como Ele ama a seta que voa, ama também o arco que é firme."


De Alfred A. Knopf - The Prophet - 1951, retiado de "O CAMINHO MENOS PERCORRIDO" de M.Scott Peck

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Dia de Surf


Foi um filme que a mãe não quis ver e nós fomos... resultado ADORÁMOS!


A tal ponto que a mãe ficou cheia de remorsos por não ter querido ir ver.


Dizia ela "Ah, mais um filme com pinguins, deve ser do género do Happy Feet".


Passeio vespertino

Ontem saí mais cedo.


Fui apanhar-te ao colégio, local onde ainda não pusera os pés este ano por ser o padrinho J. quem te leva agora pela manhã.


Ontem decidi apanhar-te e ver a tua nova sala, agora é a amarela, vi o novo espaço de recreio e naturalmente soube-me bem apanhar-te. Tu ficaste todo contente de me mostrar a nova sala.


Tínhamos como programa ir andar de bicicleta com o A., mas este teve de ir para Lisboa trabalhar e não poderia vir... ficámos os dois e decidimos ambos ir.


Tirei a bicicleta do suporte e o pneu dianteiro não tinha ar, pensei que estivesse a precisar de ser cheio, mas não... estava furado.


Lá estive a mudar a câmara de ar do pneu e depois até me destes umas bombadas de ar para encher o pneu. Cansaste-te depressa e lá enchi o resto.


Lavei as mãos, apanhei a tua cadeira, que instalei no suporte, e lá fomos nós passear.


Passeámos junto ao rio e parámos junto à biblioteca onde existem as ondinhas que subimos e descemos vezes sem conta. Depois, depois foi regressar a casa dar por bem empregue o tempo e colocar-te em frente ao computador, que pediras para jogar, enquanto finalizava o jantar.


E que jantar, peito de frango recheados com banana. Muito bom, disseste tu.

Pequeno Almoço e Deitar

Tomas sempre uma refeição ao início do dia e outra antes de dormir.

Em tempos os iogurtes imperavam, danoninhos, yocos, yoco para misturar.

Depois passaste a comer Cerelac.

Depois intermiaste a coisa.

Um dia, lá para o Inverno do ano passado passaste a beber leite com chocolate.

Dois ou três meses depois voltaste para os iogurtes e para a Cerelac.

Agora de há uma semana a esta parte comes iogurtes com pedaços de ananás à noite e de manhã ao acordar danoninhos de amora, morango e morango e banana (por esta ordem sempre).

Quer o pequeno almoço quer a "ceia" são acompanhadas de "fofinhos", acho que é assim que chamam aqueles croissants pequenos que comes, barrados com queijo "QUERU" ou queijo "QUERU com presunto".

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Pugilista

Pois é...

Os genes masculinos e a testosterona "andem aí".

De há algum tempo a esta parte as brincadeiras contigo envolvem o cofronto físico, as brincadeiras são feitas de lutas, sejam entre bonecos (homem-aranha, power-rangers, transformers, tartarugas-ninja) sejam no colégio com os Colegas, sejam entre nós.

Já no natal passado te percaveste para a actividade de luta contra o pai, pediste umas luvas de boxe do homem-aranha.

De vez em quando lá te entusiasmas e pregas-me um soco ou um pontapé mais a sério, claro que sem o quereres, e logo dizes perante a minha queixa,

"Desculpa pai, foi sem o querer, a sério pai, foi sem querer!"

Mas, lá tenho de desempenhar o meu papel e relembrar-te que estamos apenas a brincar e não podemos dar socos e pontapés a sério, ao que respondes,

"Eu sei pai, eu sei!"

Este momento retive-o há algum tempo enquanto brincávamos, repara nas luvas e pijama do Homem-aranha.

sexta-feira, 7 de setembro de 2007

Dotes de cantor - parte 2

Em tempos escrevi aqui http://diariotuapresenca.blogspot.com/2007/01/os-meus-dotes-de-cantor.html

Aquilo que ambos sabemos, que não sei cantar.

O fim de semana passado fomos casar a C., que trabalha com o pai, e a dada altura o pai e o meu colega J. fomos chamados para ir cantar...

É certo que não fomos sós, acompanharam-nos o noivo e o padrinho da noiva..., o objectivo era assassinar uma música que jamais ouvira, de um cantor que nenhuma música conheço, o TONY CARREIRA.

É lecas.

A música, acho que se intitula "Ai destino, ai destino" pelo menos esta foi a única parte em que cantei... :-)

E porque é que eu falo de mim aqui... porque tu quando ouviste o pai cantar ficaste com o ar mais chateado/decepcionado do mundo.

Eu de olhar para a tua cara ainda me divertia mais, não porque te goste de ver de má cara mas, porque adivinhava a resposta à pergunta,

"Porque é que estás com essa cara?"

"Porque o pai não sabe cantar!"

:)

Como dizia o meu colega J.

"Anda um pai a cuidar durante quatro anos da sua imagem perante um filho para depois a arruinar em cinco minutos".

Já imaginaste?!?

Agora o rapaz com quem mais brincas é o D.

Antigamente também brincavas muito com o D.F.

O D.F. continua a querer brincar contigo e ontem tu manifestavas que estavas farto de dizer ao D.F. que não querias brincar com ele.

Eu e a mãe lá tentámos fazer-te pensar se fosse ao contrário tu também não gostarias, que também ficarias triste se fosses rejeitado e os teus amigos não quisessem brincar contigo.

Tu lá ias dizendo que tinhas brincado um bocado, mas não querias brincar sempre com ele e que ele não te largava.

Disseste que já te tinhas chateado com ele e lhe tinhas dito para ele te largar.

Insistimos na tese de o aceitares também e de tentarem brincar os três tu o D. e o D.F.

E então disseste:

"Vocês já imaginaram o que é andar um dia inteiro a ser perseguido por alguém?!?"

Foi a tua forma de dizer "I rest my case" ou em português "E mais não digo". :))

Ajuda externa

Quarta-feira fui surpreendido por uma ajuda externa na realização destes posts, mas a ajuda não é motivada senão pelo meu hábito de apontar as coisas para depois as escrever aqui. Explicando...

Quando tu dizes alguma coisa que mais tarde quero recordar escrevo-o num papel. Assim, não raras vezes, quando estamos em família tu dizes algo e eu arranco e vou escrever num papel. A mãe vê-me a escrever, mas nunca me perguntou porquê... e ainda bem.

Mas, este meu hábito fez com que a mãe no dia 05 tivesse registado uma conversa que tiveste com ela e me a tivesse exibido. Bom lido o assunto versado na conversa prespectivo uma forma de me chamar a atenção para a minha arrumação desarrumada, mas considerando-me bem mais organizado e arrumado do que a mãe, não retive a mensagem como uma crítica.

Então reza assim o que ela escreveu, textualmente:

"FRASE DO DIA.

Daniel para a mãe:

"Já viste que o pai é mesmo parecido comigo?"

(olhar inquiridor da mãe, ao que ele replica)

"Desarruma tudo!"

05/09/2007, 17:30 horas"

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Discussão astronómica...

Depois de jantar, nem sei porquê, lembraste-te dos gelados que havias comprado com a mãe e perguntaste se podias comer um.

"Depois da fruta podes" - respondemos em uníssono.

Lá fui buscar os perna de paus, um para ti outro para mim, sentei-me e entreguei-te os autocolantes que acompanhavam os gelados.

Pediste-me ajuda para abrir o gelado e os autocolantes, nem te esqueceste das palavras mágicas. Agarrei primeiro nos autocolantes e depois no gelado.

Nos autocolantes vinha um que tinha umas estrelas fluroscentes. A mãe de saída da sala apagou a luz para veres as ditas estrelas, mas mal se viam ao que te informei,

"Para veres as estrelas primeiro elas têm de apanhar luz do sol para concentrarem a energia e depois brilharem..."

"E não pode ser a luz do candeeiro?" - perguntaste-me tu.

"Acho que não! Acho que tem de ser a luz do sol e a luz do candeeiro não é igual à do sol." e continuei para dar mais alguns conhecimentos à tua pessoa, "O sol é como uma bola de fogo que tem imensa energia e que manda luz e calor para o espaço."

"Somos os que estamos mais próximos do Sol?"

"Não filho, o planeta mais próximo do sol é Mercúrio e se vivêssemos lá morreríamos porque é muito quente."

"Então quem vive lá morreu?"

"Não filho, porque nunca viveu lá ninguém. Aliás, a Terra é o único planeta onde conhecemos e sabemos que há vida... até pode existir num outro planeta muito longe de nós, mas como ficam todos muito longe é impossível saber se há, ou não, vida num outro planeta."

A mãe aqui entrou na conversa e falou na dificuldade de viajar no espaço e da necessidade de se viajar a muita velocidade para chegar a lugares longínquos... e eu aproveitei e disse,

"Olha filho, podes aproveitar e tentar inventar uma máquina que consiga viajar muito depressa no espaço porque ainda ninguém a inventou!"

Olhaste para mim com ar interessado e replicaste,

"Boa, vou inventar uma máquina dessas com o avô...!"

"Que avô?" - perguntei eu.

"O R." - o avô paterno.

"Porquê?"

"Olha" iniciaste a frase encolhendo os ombros e fazendo uma expressão de quem diz qualquer coisa mais do que sabida, "Porque ele sabe fazer tudo!"

terça-feira, 4 de setembro de 2007

Cansado

Andas tão cansado de sair de casa e de andar de um lado para o outro que ontem fizeste uma fita descomunal para ir jantar ao Avô Z.

Choraste imenso qual reclamção pujante de quem se sente injustiçado.

Depois... bom, depois lá venceu o argumento da força e não a força dos argumentos, porque nada te demoveu de manter a reclamação.

No fim terminou quando a meio da reclamação decidiste agir sobre o fecho do cinto de segurança da cadeira. Nesse momento o pai rugiu e disse-te que se tentasses retirar de novo o fecho do cinto, para além de muito zangado, iria retirar-te da cadeira e dar-te uma palmada, coisa que até ao momento não sabes o que é...

A reclamação foi substituída por um soluçar e por manifestações de descontrolo emocional com desejo que eu te abraçasse...

Apesar de não te abraçar lá te disse que, apesar de chateado com o comportamento, não deixava de gostar de ti, não deixava de te amar, mas tudo tinha um limite.

Se eu aceitava que continuasses a chorar o resto do dia (acredita que consigo suportar o choro típico da fita porque sei que não te dói nada, apenas estás a reclamar) não poderia aceitar que pusesses a tua segurança em risco.

Depois de chegados ao avô não te decidiste a parar, não!... Talvez porque te recebi cedo demais no meu colo decidiste continuar com o cenário.

Agora não querias comer.

Voltaste a falhar no campo ou no tipo de reclamação...

Se há coisa que não me custa mesmo nada é que não comas... custar-me-ia imenso se quisesses comer e eu não tivesse para te dar. Agora não quereres porque não queres... nunca me aborreceu. Então, como sempre nestas situações, lá te dissémos, "Não queres comer?! Tudo bem, não comas! Mas a seguir não há gelado de sobremesa, nem há, quando chegares a casa, nada para além do que é habitual para ir dormir... entendido?!"

E assim, decides mudar de estratégia. Comeste...

Depois, depois começaste a aligeirar o mau humor e voltaste a ser o filho que compreende que fazer fita é o caminho que deves traçar quando queres que alguma coisa não aconteça.

Por último lá reconheceste, uma vez mais, que afinal sair de casa não é assim tão mau..., bom ir ao parque às 22:30 horas também deve ter ajudado.

:)

Surpresa...

Quando chegaste a casa no sábado, regressado das férias, tinhas algumas alterações em casa, umas paredes com cores diferentes e apenas uma divisão da casa arrumada...

Manifestaste apreço pelas alterações e depois...disseste:

"Porque é que andam a ler o jornal assim?"

A pergunta resultou do facto de olhares para o chão e veres estendidos jornais para proteger o chão das pinturas que decorriam...

Depois de sorrirmos lá te explicámos o que faziam os jornais no chão.

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Identificação

Agora andas numa fase de identificação com o género masculino em geral e o pai em particular.

Ontem quando te levei à casa de banho para mandares uma mija, ou então se preferires, para mictares, depois de teres terminado aproveitei e também eu puxei do pénis para o fazer.

Olhavas para o meu pénis e a dada altura disseste:

"Pai já viste" enquanto aproximavas o dedo do meu pénis "temos veias iguais, aqui olha!" e enquanto o dizias ias passando o dedo por cima da dita veia.

"Pois é filho, todos temos veias aí".

"Pai... assim devagarinho posso mexer na tua pila,... não posso?"

"Podes filho, devagarinho podes." Risada minha...

"Porque é que te estás a rir?"

:-)

Será que agora percebes ou vais ter de ser pai para perceberes?!? :))

Regresso

Hoje retornaste ao colégio e à rotina escolar.

A diferença foi que não fui eu nem a mãe que te levámos. Foste com o padrinho J. no carro do leão.

sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Telefonema

- "Olá filho, estás bom?"

-"Quando é que me vens buscar?"

:-)

Bom, parece-me que o teu ser já pede para ser resgatado das férias.

Por essa razão, sim as imensas saudades que sinto não influenciam nada..., sem que o saibas vamos antecipar a chegada junto de ti.

Em vez de amanhã eu ir sozinho apanhar-te, porque a mãe amanhã trabalha, vamos hoje de noite e voltamos amanhã cedo, para a mãe poder ir trabalhar.

E se estás farto de férias nada como fazer um balanço:

3ª - brincar com o primo A.

4ª - Ida a Évora com os avós ver o Ratatui (pela terceira vez)

5ª - Ida ao Monte Selvagem com os avós e a prima J. que foi ter contigo acompanhada dos avós dela os tios J. e T.

6ª - brincar com o primo A.

Com tanta actividade ficas cansado, claro, diz a avó que hoje, depois do almoço, te viraste para ela e disseste:

"Avó tenho os olhos muito pesados a quererem fechar... vou dormir".

Neste momento mal vejo a hora de voltar a ver-te... sinto a falta do teu sorriso.

terça-feira, 28 de agosto de 2007

Tenho saudades tuas

Disseste-o ontem ao telefone.

Eu também.

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Férias

Neste momento estás de férias com os avós paternos no Alentejo.

Ontem, quando te fomos deixar, estiveste quase para não ficar.

Querias que eu e a mãe ficássemos contigo, mas não podemos porque ambos estamos a trabalhar, e então expressaste a tua tristeza chorando durante, seguramente, mais de cinco minutos... chegou à fase em que tive de rugir e mostrar que os pais também se zangam. Terminou o choro.

Disse-te depois que mesmo que quisesses ficar já não ficarias.

Deixaste-te de dormir, parte do choro/reclamação já era o sono a falar...

Quando acordaste estavas visivelmente mais bem disposto. Depois de jantarmos vieste ter comigo e calmamente pediste-me para ficar, disseste que era mesmo isso que querias e disseste que ias ficar bem.

Olhei-te e disse-te que ia pensar e que já falava contigo.

Depois sentei-me e coloquei-te no meu colo, para ter-mos uma daquelas conversas de olhos nos olhos e expliquei-te porque é que ia aceitar que ficasses e ia voltar atrás na minha decisão. Não faz sentido manter uma decisão porque sim, cegamente, e a forma calma como pediste e mostraste o teu desejo, ou seja sem fitas, foi mais do que suficiente para me convencer a mudar a decisão.

Depois disseste que me ias dar um abraço para eu sentir as saudades que tu ias ter de mim... abraçaste-me com imensa força, fiz o mesmo e ainda agora sinto os teus braços envolverem-me com a determinação de quem diz "amo-te".

E eu também te amo e sinto a tua ausência física.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

O chegar de uma morte anuciada...

Pois é, estás a crescer...

Com isso vão morrendo algumas coisas que não poderemos voltar a viver juntos.

Estou certo de que outras aparecerão, e dai tentar todos os dias viver o mais e melhor possível contigo mas, confesso, que dou maior relevância àquelas que sei poderem desaparecer a curto prazo.

Vem isto à laia de ter recebido um telefonema a avisar que ias mudar de classe na natação, passando a ires sozinho, sem mim! :(

Que tristeza... eu já tinha previsto isto e já tinha mesmo comentado algures em presença anterior..., mas sabê-lo agora como algo definitivo custou-me...

A felicidade de te ver crescer também tem estes momentos de tristeza, mas estou certo de que terei imenso prazer em despachar-te para ires para a natação, depois em tomar banho contigo (ok os outros pais não o fazem, s eu fá-lo-ei como forma de manter a proximidade) e, naturalmente, no meio ver-te a progredir na arte de nadar.

quinta-feira, 23 de agosto de 2007

Reencontro

Foi correndo para mim de braços abertos e com o teu lindo sorriso, que ontem nos reencontrámos depois do teu pequeno período de férias com os avós.

Creio que foi a primeira vez que entre mim e a mãe, decidiste correr na minha direcção. Foi bom...

Depois querias colo para me abraçares e como eram firmes os teus abraços.

Chegado a casa quiseste, naturalmente, ver se tudo estava no sítio. Foste à sala e de seguida ao teu quarto onde te esperavam os lençóis do homem-aranha, como havias pedido num telefonema que pediras aos avós para fazer à mãe.

Brincámos os três primeiro, depois bricámos os dois com os bonecos (action-figures do homem-aranha) e depois li-te uma pequena estória, a grande ficou para a mãe que uma vez mais se deixou de dormir contigo.

Bem-vindo!

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Telefonema

"Pai queres vir dar um mergulho?"

"Gostava..., mas estou longe e a trabalhar por isso não posso."

"Pai estou aqui com o T." e depois de umas vozes do Tio A. "Pai estou aqui cheio de míudas."

Risos.

"Então tu ligas-me para me fazer inveja..."

"Tchau, tchau, beijinhos."

E este foi o teu telefonema de ontem directamente da praia, algures no Algarve, onde estavas com o tio A. e o irmão o T., bem como acompanhado pela prima do pai.

Ficaste com os avós paternos na casa do meu padrinho com o a prima S. e o namorado o Tio A., vens hoje para cima e já deves dormir em casa.

Apesar de saber bem estar um tempo só com a mãe, a realidade é que sentimos a tua falta e não raras vezes lembramo-nos de ti, mesmo naquelas coisas que pareceriam, à primeira vista, insignificantes...

segunda-feira, 20 de agosto de 2007

Marrocos


Este ano foi o nosso destino de férias.

Previamos que fosse cansativo porque iríamos fazer muitos kms de carro e a previsão foi acertada, ficaste farto de andar de carro.

No dia em que fomos para Marrocos apanhámos o início do mês de Agosto, os imensos emigrantes Marroquinos estavam desejando de regressar à terra natal... este era o aspecto...


A viagem começou no Algarve, às 09:00 horas da manhã, de onde saímos e chegámos ao destino, MOHAMMEDIA, depois das 03:00 horas do dia seguinte.

Estivémos em ALGECIRAS cerca de seis horas só para embarcar. Depois de almoçarmos fomos para dentro do carro e estivémos dentro dele, parados, gozando do conforto do A/C cerca de duas horas.

Depois de passarmos de barco para o continente Africano tivémos de suportar uma entrada em Marrocos complicada, primeiro porque existia muita gente a tentar entrar em Marrocos, depois havia uma qualquer festa em TÂNGER, com fogo de artifício e tudo, que fez com que a coisa fosse ainda mais complicada. Em jeito de brincadeira dissémos que o fogo foi em nossa honra.

O trânsito estava caótico. O meu seguro não era válido em Marrocos, facto que apenas soube quando cheguei a TÂNGER, mas isso não me impediu de seguir o brocardo "em Roma sê romano" e não tardou muito para que a mãe dissesse que eu era um autêntico marroquino ou pior do que eles, ao que ia respondendo "eu conduzo em Lisboa, estes tipos devem pensar que eu não estou habituado a isto"... e então lá passaste tu e a mãe a chamar-me de Marroquino o resto das férias.


Depois lá nos metemos na Auto-estrada a caminho do destino.

Quase a chegar ias a dormir, desataste a chorar, inconsolável, porque te doía o rabo... então decidimos quebrar a regra da segurança, a primeira vez, e passaste para o colo da mãe, única forma de te calar.

Apesar do cansaço das deslocações, creio que o balanço foi positivo, estiveste com outras crianças, umas mais velhas e outras mais novas, com quem interagiste perfeitamente; viste um país diferente; viste uma cultura diferente (algumas mulheres tomavam banho na praia totalmente vestidas, como o pai tentou convencer a mãe que teria de ir para a praia antes das férias); viste locais onde os Portugueses passaram há muitos anos.


Aqui tomávamos banho juntos, somos as cabecinhas que estão juntas próximo da espuma da onda,Aqui vías o pôr do sol com a mãe,



Apesar do balanço positivo, penso eu, sei que não o sentes no imediato, agora o que sentes é cansaço ao andar de carro, saturas-te com muito mais facilidade, mas estou certo de que um dia recordarás com prazer os momentos que passámos em Marrocos.