quinta-feira, 25 de janeiro de 2007

Tu e a morte...

Bem ou mal o certo é que cedo contactaste com a morte de um bisavô.

Quando morreu o meu avô materno e, consequentemente teu bisavô, soubeste do facto porquanto era uma figura que vias com muita frequência.

Na altura explicámos a coisa com a maior naturalidade possivel e com a preocupação de não referir idas para o céu ou para debaixo de terra, explicámos apenas que o avô morrera e que isso significava que não mais o poderíamos ver, apenas o poderíamos recordar.

Volvidos mais de um ano continuas a dizer que tens saudades do bisavô.

Ontem querias ver fotografias do meu outro avô, o paterno, teu bisavô que falecera dois anos antes de nasceres. Dizes,

"Gostava de conhecer o avô."

Esta coisa da morte e do desaparecer para sempre faz-te confusão...e por vezes, talvez também responsabilidade do "Rei Leão", apanho-te a falar para o céu como que a manter um diálogo com os bisavós, um com o qual conviveste diversas vezes e o outro que nem sequer conheces...

De tudo percebeste que as pessoas "que estão muito velhinhas" morrem então por vezes perguntas:

"Tu vais morrer?"

"Eu vou morrer?"

A resposta crua seria que sim, muitas vezes afastamos esta realidade, mas douramos a coisa dizendo que ainda somos muito jovens e que, portanto, não vamos morrer.

1 comentário:

paibabado disse...

E para a idade dele parece-me o melhor.