Neste momento estás de férias com os avós paternos no Alentejo.
Ontem, quando te fomos deixar, estiveste quase para não ficar.
Querias que eu e a mãe ficássemos contigo, mas não podemos porque ambos estamos a trabalhar, e então expressaste a tua tristeza chorando durante, seguramente, mais de cinco minutos... chegou à fase em que tive de rugir e mostrar que os pais também se zangam. Terminou o choro.
Disse-te depois que mesmo que quisesses ficar já não ficarias.
Deixaste-te de dormir, parte do choro/reclamação já era o sono a falar...
Quando acordaste estavas visivelmente mais bem disposto. Depois de jantarmos vieste ter comigo e calmamente pediste-me para ficar, disseste que era mesmo isso que querias e disseste que ias ficar bem.
Olhei-te e disse-te que ia pensar e que já falava contigo.
Depois sentei-me e coloquei-te no meu colo, para ter-mos uma daquelas conversas de olhos nos olhos e expliquei-te porque é que ia aceitar que ficasses e ia voltar atrás na minha decisão. Não faz sentido manter uma decisão porque sim, cegamente, e a forma calma como pediste e mostraste o teu desejo, ou seja sem fitas, foi mais do que suficiente para me convencer a mudar a decisão.
Depois disseste que me ias dar um abraço para eu sentir as saudades que tu ias ter de mim... abraçaste-me com imensa força, fiz o mesmo e ainda agora sinto os teus braços envolverem-me com a determinação de quem diz "amo-te".
E eu também te amo e sinto a tua ausência física.
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