quinta-feira, 8 de novembro de 2007

Partiste a cabeça...

Dia 26 de Outubro.

Lá tiveste outra aterragem forçada.

Fomos os dois ter com a M. que estava em Portugal.

Fomos à Costa da Caparica e no paredão da Costa decidiste-te a andar nos molhos de pedra, qual animal de montanha ias saltando de pedra em pedra com mestria.

E eu em stress a querer agarrar-te a mão e tu a fugires da prisão que te impunha.

Enquanto tu te divertias a pular, e eu também gosto, eu ia pensando "Se cais tenho a noite estragada! Se cais ainda vais de boca contra as rochas! etc". O meu rabinho ía apertadinho...

Decidi acabar com o meu suplício e dizer-te que quando chegasses a uma das escadarias iamos para o passeio/estrada do paredão.

Chegaste lá e logo me disseste que querias mais. Disse-te que sim, quando voltássemos mas, só um pouco porque tinha receio que caísses e te magoasses, e terias de me dar a mão. Aceitaste.

Começámos a andar e pouco depois de pensar "já me safei, só espero que não se espalhe agora.", caíste!!

Recordo com um tremor na espinha o som da queda... percebi que as consequências não eram os habituais joelhos e mãos esfolados.

O som que ainda hoje me arrepia só de imaginar fizeram-me temer o que constatei naquele instante... cabeça partida.

Jorravas imenso sangue pela face e a única coisa que me apetecia dizer eram asneiras.

Agarrei-te a face e pus-te ao meu colo abraçando-te e sentindo uma dor que não era minha.

A M. passado um pouco deu-me um lenço de papel que me permitiu limpar a ferida e ver a gravidade da situação.

Felizmente apercebi-me que apesar do galo enorme a ferida aberta era "pequena" e possivelmente nem terias de levar pontos.

Fiz o caminho para o carro contigo ao colo, o mais rápido ossível com uma paragem num restaurante para recolher gelo e guardanapos...

Pelo caminho foste diminuindo a intensidade do choro e quando entraste no carro já estavas calmo. A M. acompanhou-te enquanto guiei para o Hospital Garcia da Horta.

Lá chegados mais descansado fiquei, o sangue já estancara a ferida parecia ser apta a não nesessitar de pontos.

Assim foi, não foste suturado e finda a aventura lá fomos para casa mostrar à mãe (que estava no curso) a proeza da noite...

Hoje já estás bem , a ferida sarou muito bem e a única coisa que continua a afectar é a lembrança do som da tua cabeça a bater no chão... iaic. Até me arrepia a espinha!

1 comentário:

P disse...

Ainda não tenho filhos. Mas quando tiver... Imagino o que não será a preocupação de os ver correr feitos doidos e a subir ao escorrega. Vou fechar os olhos. Ai pois vou.