quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Legítima defesa

Foi das últimas expressões que aprendeste, dada pela mãe, e porquê?

Porque um dia destes chegados ao Colégio fomos informados pela Educadora que deras um pontapé na cara do I., colega do colégio (um rúfia de primeira que bate a toda a gente e só está bem a arranjar confusão) pontapé que deste aproveitando o facto de ele estar no chão.

Felizmente não houve consequências para o I.

Mas o I. andava a merecê-las a única coisa que fizeste mal foi dares sem ter apanhado.

Nós bem te dissémos, desde cedo, para retribuir sempre na mesma moeda, ou seja, para não te deixares comer por parvo, mas sempre como forma de reagir à agressão ou para a evitar.

Claro que isto é complicado de gerir para ti, mas mal ou bem sempre te foste safando e reagindo bem, até há dias.

Eu, por dentro, quando soube não deixei de me rir, mas não te o pude mostrar. Aqui posso dizê-lo e não posso deixar de dizer que até me senti orgulhoso por lhe teres chegado ao pêlo.

Mas, repeti o que a mãe já te dissera, se bateres em reacção ou para evitar apanhar, tens o nosso apoio, se fores tu a bater sem ser pelos motivos indicados os pais não te apoiam e ficam mesmo chateados.

Entrenato uns dias depois disseste-me:

"Pai o A. beliscou-me e empurrou-me e eu bati-lhe em legítima defesa".

Depois de esboçar um sorriso disse-te

"Ok, se foi em legítima defesa fizeste bem, amanhã depois pergunto à R. (a Educadora)!"

"Não, não pai,... não fales com a R. ..."

:-))

E foi assim que compreendi que o conceito apreendeste-o mas, os actos que praticaste ainda não estão adequados ao conceito. Lá te demos outra lavagem sobre quando podes arriar nos colegas do colégio.

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