quinta-feira, 9 de outubro de 2008

A fada dos dentes - Prólogo

Pois é, o consumismo tomou conta de tudo filho, qual crise qual carapuça, tudo é motivo para os pais largarem o pilim em prol das suas crias...

Então estava eu mal refeito do susto que foi imaginar-te com dentes fora do sítio e... oiço-te discursar,

"Sabes pai a não-sei-quantas quando lhe caiu um dente pediu uns bonecos e quando ela acordou a fada tinha deixado tudo aquilo que ela pediu."

"Ai foi filho, porreiro, olha eu acho que a fada dos dentes só deixa uma moeda debaixo da almofada" - isto de tentar manter as tradições, à imagem dos putos, soa a sovina...

O avô R. entrou na conversa entremeando as palavras com o riso,

"Olha o avô no tempo dele a fada deixava só uns rebuçados."

"Pois mas a não-sei-quantas recebeu muitos brinquedos!" - disseste tu a defender a "tua" fada e a ver a coisa a andar para trás.

Entretanto o padrinho J. não se quis ficar atrás e disse,

"Sabes isso deve haver muitos tipos de fadas, agora vais ter de esperar para ver qual é que vem amanhã!"

"Deve ser isso..." - concluíste tu.

Entretanto terminámos o jantar nos avós e fomos para casa, jogámos ao UNO, em que sem qualquer ajuda ganhaste dois jogos, e tratámos de rotinar o dormir.

Entretanto o tema FADA dos DENTES veio à tona de novo e a dada altura disseste, vou dizer aqui debaixo o que quero para tu não ouvires...

Como se não houvesse amanhã meteste a cabeça debaixo da almofada esperançado que de alguma forma debaixo da almofada estivesse a linha de comunicação com esse mundo mágico.

Será que conseguiste? ;-)

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