quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Discussão astronómica...

Depois de jantar, nem sei porquê, lembraste-te dos gelados que havias comprado com a mãe e perguntaste se podias comer um.

"Depois da fruta podes" - respondemos em uníssono.

Lá fui buscar os perna de paus, um para ti outro para mim, sentei-me e entreguei-te os autocolantes que acompanhavam os gelados.

Pediste-me ajuda para abrir o gelado e os autocolantes, nem te esqueceste das palavras mágicas. Agarrei primeiro nos autocolantes e depois no gelado.

Nos autocolantes vinha um que tinha umas estrelas fluroscentes. A mãe de saída da sala apagou a luz para veres as ditas estrelas, mas mal se viam ao que te informei,

"Para veres as estrelas primeiro elas têm de apanhar luz do sol para concentrarem a energia e depois brilharem..."

"E não pode ser a luz do candeeiro?" - perguntaste-me tu.

"Acho que não! Acho que tem de ser a luz do sol e a luz do candeeiro não é igual à do sol." e continuei para dar mais alguns conhecimentos à tua pessoa, "O sol é como uma bola de fogo que tem imensa energia e que manda luz e calor para o espaço."

"Somos os que estamos mais próximos do Sol?"

"Não filho, o planeta mais próximo do sol é Mercúrio e se vivêssemos lá morreríamos porque é muito quente."

"Então quem vive lá morreu?"

"Não filho, porque nunca viveu lá ninguém. Aliás, a Terra é o único planeta onde conhecemos e sabemos que há vida... até pode existir num outro planeta muito longe de nós, mas como ficam todos muito longe é impossível saber se há, ou não, vida num outro planeta."

A mãe aqui entrou na conversa e falou na dificuldade de viajar no espaço e da necessidade de se viajar a muita velocidade para chegar a lugares longínquos... e eu aproveitei e disse,

"Olha filho, podes aproveitar e tentar inventar uma máquina que consiga viajar muito depressa no espaço porque ainda ninguém a inventou!"

Olhaste para mim com ar interessado e replicaste,

"Boa, vou inventar uma máquina dessas com o avô...!"

"Que avô?" - perguntei eu.

"O R." - o avô paterno.

"Porquê?"

"Olha" iniciaste a frase encolhendo os ombros e fazendo uma expressão de quem diz qualquer coisa mais do que sabida, "Porque ele sabe fazer tudo!"

1 comentário:

Gaivota disse...

Os avós são tesouros preciosos :) até nos levam às estrelas.