terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Irrequieto

Ontem ao contrário do fim de semana, estavas irrequieto, brincalhão.

Começou quando chegámos a casa depois do jantar nos avós maternos.

Vinhamos os dois aflitos por fazer xixi, primeiro fizeste tu e eu coloquei-me em posição logo de seguida. Então começaste a empurrar-me as pernas para ver se eu falhava o alvo e fazia-lo enquanto simulavas que te vestias. Deu-me para rir. De tanto rir e de tanto me empurrares quase que não conseguia o almejado alívio para a bexiga.

Em seguida foste-me ajudar fazer os primeiros hamburgueres lá de casa, a picar a carne e teres carne nas mãos para lhe sentires a textura e, depois, perguntei-te se pensavas que os hamburgueres vinham directamente da vaca, ao que respondeste que sim. Desta forma passaste a saber que não.

Após desenvolvermos as artes culinárias, fui despir-te a roupa e vestir-te o pijama. Deu-te para lutar e pular em cima de mim, eu ria imenso e tu insistias na luta cheia de sons e movimentos perturbadores da minha liberdade.

E eu ria a bom rir.

Ontem fizeste-me sorrir imenso.

Mas não ficaste por aqui, agora tens saídas de lógica irrepreensível, como esta:

Quando foste fazer os hamburgueres estacionaste a nave da guerra das estrelas, a X-WING, no chão da cozinha. Depois de teres o pijama vestido passei pela cozinha e deparei-me com o cenário de nave no chão ao que te disse:

"De quem é esta nave que está aqui no chão? Vamos a arrumá-la!"

"A nave é do LUKE SKYWALKER." - respondeste-me tu.

Não me contive e lá voltei a rir, a bandeiras despregadas, o que ainda agora faço quando escrevo estas linhas.

Estás fresco estás... e eu adoro-te assim. Assim e de qualquer maneira, verdade seja dita.

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