terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Reencontro...

Entrei na casa dos meus pais, já depois da hora de jantar, ansioso por te ver, mas receoso pela reacção. No fundo eu estava a prevenir o meu ser para que, em vez de um abraço e um beijo, me recebesses aborrecido/zangado.

Quando entrei vi-te a manga do casado debaixo da mesa, os avós a rirem e a minha mãe disse-me, "O D. está na casa de banho."

Pensei, OK, queres brincadeira significa que não estás aborrecido.

Depois lá entrei na brincadeira até a dado momento dizer, "olha o D. está aqui debaixo".

Saíste debaixo da mesa e eu recebi-te de cócaras, abraçaste-me, agarraste-me, com força, com ansia, a mesma que eu tinha de te rever, querias subir-me para o colo e quase caía com o teu peso... que bom.

Apertei-te envolvendo-te com os meus braços entregando-te toda a minha energia positiva, todo o meu amor, disse-te o quanto tinha saudades de ti, disse-te também que te amava.

Depois, depois quiseste ficar no meu colo enquanto eu comia, quiseste ir atrás de mim até à cozinha, como tu dizias "não quero que vás embora outra vez".

Descansei-te, disse-te que não te preocupasses que mesmo que eu fosse embora lembrava-me sempre muito de ti, que te amava na mesma.

Depois disseste à mãe que um dia querias ir com o pai viajar.

E eu disse-te está bem, "um dia vamos os dois passear de avião, se a mãe deixar vamos só os dois, mas temos de ir pouco tempo para a mãe não ficar cheia de saudades".

"Não, quero ir muitos dias, muitos..." - replicaste tu.

"Depois vemos isso mais tarde" - respondeu a mãe."

Quase ao sair da casa dos avós, e enquanto estava de cócaras a pôr o fecho do casaco, disse-te:

"Vês filho foi ou não foi como o pai te escreveu, que iamos estar longe mas nos íamos lembrar um do outro, e que, quando eu chegasse, estaríamos na mesma e a continuar a gostarmos um do outro?"

A resposta veio em forma de um abraço apertado com a tua cabeça ao lado do meu ouvido a dizer:

"Sim pai, mas tinha saudades de falar assim ao pé um do outro!"

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