terça-feira, 6 de maio de 2008

Hoje - manhã

Acordar e não estares em casa, não haver quem acordar, quem dizer "bom dia", quem sentar em frente à TV a acordar, quem dar o pequeno almoço, quem acompanhar ao chi-chi, quem lavar os dentes, quem despir, quem vestir, quem abraçar, quem beijar, quem acariciar, quem pentear, quem nos diga adeus, quem sorria, quem se veja sair sabendo que logo, logo vê-mo-nos.

Como eu não posso, ninguém tem o meu nome e a minha cara, não posso, face às coisas agendadas, deixar de trabalhar.

Hoje de manhã fui a Lisboa, a dor que já esperava apareceu forte. O tempo estava nublado, mas as únicas gotas de chuva que sairam foram as dos meus olhos.

E houve alturas em que quase pensei que não me conteria e passaria a chorar compulsivamente, acho que ainda vou ter muito para chorar...

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